«Na nossa opinião, o que a Câmara Municipal decidiu não foi isto, por isso, apelamos à câmara para repor a decisão que tomou no dia 18 de Novembro do ano passado», defendeu o deputado Rui Sá da CDU.
Na proposta, chumbada esta segunda-feira com 22 votos contra dos eleitos do movimento de Rui Moreira e do PSD e cinco abstenções de deputados sociais-democratas, os comunistas defendem que o pavilhão deveria designar-se Rosa Mota, nome ao qual se acrescentaria de seguida a marca comercial Super Bock Arena.
Também o deputado Pedro Lourenço, do BE, defendeu que a alteração da designação do pavilhão «não teve suporte legal» e que, nesse sentido, a Câmara Municipal do Porto deveria corrigir «um erro, que está a tempo de ser corrigido».
O eleito do PS Pedro Braga Carvalho afirmou que o acordo estabelecido «não tem validade jurídica própria», acrescentando que a «violação ficou finalmente cristalizada», enquanto Alberto Machado, deputado do PSD, afirmou ser «absolutamente indiferente» para o partido a designação do pavilhão, defendendo que a deliberação da alteração do nome cabe à Câmara e não à Assembleia Municipal.
Em causa está a introdução do nome Super Bock Arena antes da designação Pavilhão Rosa Mota que, segundo a atleta, resultou de uma decisão tomada à revelia do acordado com a Câmara do Porto, além de contrariar uma deliberação da autarquia, onde se lê que a marca Super Bock seria um suplemento.
O consórcio responsável pela reabilitação do pavilhão Rosa Mota no Porto assegurava em 2018 que não se tratava de uma alteração da designação formal, que se manteria Pavilhão Rosa Mota, mas apenas da «adopção suplementar do branding» prevista no caderno de encargos.
Entretanto, o Pavilhão Rosa Mota, agora intitulado «Super Bock Arena – Pavilhão Rosa Mota», foi inaugurado no dia 28 de Outubro sem a presença da atleta e dos vereadores do PS, PSD e CDU. Na cerimónia de reabertura, o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, passou praticamente ao lado da polémica, enfatizando que antes de haver um Porto conhecido pelo desporto e pela cultura, «já o era devido ao Vinho do Porto».
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