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Câmara do Porto chumba preservação de Noêda, em Campanhã 

Moradores e associações de Noêda estão preocupados com a intervenção prevista para receber o TGV, mas PS e PSD chumbaram estudo de alternativa. Segundo Rui Moreira, é sustentar o «urbanismo dos pobrezinhos».  

Créditos / CC BY-SA 3.0

A proposta foi levada a reunião de Câmara pela vereadora da CDU, Ilda Figueiredo, esta segunda-feira, dando voz aos moradores e associações locais, que propõem uma alternativa ao novo arruamento previsto, incluindo, designadamente, a alteração da subida por Noêda da nova Rua do Freixo e a necessária despoluição de todos os cursos de água nascidos ou a passar por Noêda. 

Considerando as características peculiares do sítio, com ruínas castrejas documentadas nos arquivos da autarquia portuense, um núcleo habitacional, escola, lavadouros e uma moagem, que produz farinha para uma boa parte da população portuguesa, a CDU propunha que os serviços municipais, em colaboração com a Infraestruturas de Portugal (IP), estudassem alternativas de preservação. De acordo com o estudo apresentado sobre o projecto do TGV, critica a CDU, Noêda é sujeita a uma passagem da nova Rua do Freixo, «sem ter em conta a importância da ruralidade urbana do local».

Além das expropriações, «terá de ser transportado um volume enorme de terra para solidificar o arruamento, não evitando o acentuado declive, o que produzirá, no futuro, mais poluição de ruído e de gases carbono das viaturas pesadas», denuncia, salientando que a população de Noêda não ficará melhor com as soluções de passagem da nova Rua do Freixo e «prevendo a construção de diversos empreendimentos imobiliários». 

A proposta sugeria, por outro lado, que as 30 famílias e as três associações locais (A Soalheira Associação Social de Cultural Ambiental, Associação Movimento Terra Solta e a Associação Recreativa Malmequeres de Noêda) fossem associadas ao projecto de conservação ambiental, cultural e patrimonial do sítio, criando inclusive um centro de estudos de ruralidades urbanas, em colaboração com universidades.

Noêda «tem o que resta de um núcleo agrícola onde são visíveis as eiras, as hortas, as levadas de água, as minas, os poços e os muros de pedra local revestidos com uma massa ancestral entre as pedras que as une ainda hoje. Quando se vai às hortas que restam das expropriações aquando da construção da VCI e Ponte do Freixo ainda se vê uma queda de água com pelo menos seis metros, única dentro da cidade do Porto», lê-se no documento.

Na reunião pública do executivo, Ilda Figueiredo alertou ainda para a possibilidade de ser realizada uma candidatura a fundos comunitários e/ou nacionais para preservar a ruralidade urbana existente e incluir este objectivo numa intervenção alternativa às propostas de projecto do traçado do TGV, mas a proposta acabou chumbada pelo grupo de Rui Moreira e pelo PSD, com a abstenção do eleito do BE, e votos a favor do PS e da CDU. O presidente da Câmara do Porto disse inclusive que a zona rural de Noêda «não tem futuro» e que preservá-la é «sustentar o urbanismo dos pobrezinhos». 

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