|Europa

Von der Leyen esconde informação sobre negócio milionário das vacinas da covid-19

Tribunal de Contas Europeu acusa Comissão de se recusar a divulgar pormenores sobre como foi negociado o maior contrato de vacinas da União Europeia.

Já não é a primeira vez que desaparecem mensagens comprometedoras à actual presidente da Comissão Europeia. 
CréditosCHRISTOPHE PETIT TESSON / EPA

A cada dia que passa, as negociações realizadas entre a Comissão Europeia e a Pfizer sobre o maior contrato de vacina covid-19 da União Europeia (UE) assemelham-se menos a um negócio normal e mais a uma história de contornos muito pouco claros.

O negócio parece ainda mais turvo após o Tribunal de Contas Europeu ter publicado, no dia 12 de Setembr, um relatório, acusando a Comissão de se recusar a revelar quaisquer detalhes do papel pessoal da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, nas conversações.

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600 mil pessoas morreram à espera das promessas do G7

Centenas de milhares de mortes podiam ter sido evitadas se os países do G7 não tivessem entregue apenas metade das milhões de doses da vacina contra a Covid-19 prometidas, denuncia a Oxfam.

Por ordem, da esquerda para a direita, os participantes na reunião de 26 a 28 de Junho de 2022 do G7: o primeiro-ministro italiano Mario Draghi, a presidente da Comissão Europeia Ursula von der Leyen, o presidente dos EUA, Joe Biden, o chancellor alemão Olaf Scholz, oa primeiros-ministros do Reino Unido, Canadá e Japão, Boris Johnson, Justin Trudeau e Fumio Kishida, respectivamente, o presidente francês Emmanuel Macron e o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.
CréditosThomas Lohnes / Getty Images Europe POOL

«Esperando, esperando, esperando/Esperando o sol/Esperando o trem/Esperando um filho p'ra esperar também». É agora a vez de milhões de pessoas, dependentes do apoio prometido pelos países mais ricos e industrializados (o G7) esperarem também pela 'solidária' contribuição «que já vem/que já vem/que já vem/que já vem (...)».

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Venezuela: «Ou nos dão as vacinas ou devolvem o dinheiro»

A COVAX, que promove o acesso equitativo à vacina contra o Covid-19 em todo o mundo, ainda não entregou as vacinas pagas pelo Estado Venezuelano. Organização não justificou o incumprimento.

Venezuelano recebe a primeira dose da vacina Abdala numa campanha de vacinação em massa na cidade de Caracas 
Créditos / PressTV

O programa surgiu de uma parceria entre a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Gavi, Aliança Global de Vacinas, tendo até hoje distribuído mais de 95 milhões de doses a países em desenvolvimento. A Venezuela tem procurado participar enquanto parceiro autofinanciador, pagando estas vacinas do seu próprio bolso.

As dificuldades não são de agora. O pagamento de 120 milhões de dólares referente à aquisição de 11 milhões de doses foi feito há alguns meses mas o bloqueio económico imposto pelos Estados Unidos da América (EUA) ao país latino-americano levou ao seu congelamento pelo banco Suíço UBS.

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A Venezuela é o «centro de interesses geopolíticos imperialistas»

Numa entrevista concedida à Prensa Latina o líder da diplomacia venezuelana, Jorge Arreaza, afirmou que o seu país é «o centro dos interesses geopolíticos do imperialismo», com os EUA à cabeça.

Mural «chavista» em Caracas
Créditos / greenleft.org.au

Entrevistado pela jornalista Yadira Cruz Valera, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Venezuela perspectivou as relações do governo bolivariano com a actual administração norte-americana, tendo afirmado que estas nem sequer dependem da elite dominante no país da América do Norte ou de quem ocupa a Casa Branca, porque «a essência é o imperialismo».

«É uma rede, uma engrenagem de interesses corporativos, militares, tecnológicos industriais, financeiros que actuam através de determinadas entidades políticas, como é o caso do governo norte-americano; pelo que, sabendo que o seu objectivo é controlar a Venezuela para satisfazer os seus próprios interesses, é pouco o que se pode esperar», sublinhou.

«as relações do governo bolivariano com a actual administração norte-americana [...] nem sequer dependem da elite dominante no país da América do Norte ou de quem ocupa a Casa Branca, porque "a essência é o imperialismo"»

Jorge Arreaza

«Para nós – disse –, que estamos já há 22 anos como Revolução no poder, é uma aprendizagem a relação e a interacção com a elite dominante de Washington, e podemos chegar facilmente à conclusão de que o imperialismo é um e nem sequer é apenas os Estados Unidos.»

No entanto, a Venezuela é «firme na sua política, na sua resistência», pelo que, defendeu, ao novo governo norte-americano «não deve ser útil» continuar com as agressões. «Nesse caso, estaremos sempre dispostos a dialogar, a ouvir, a cooperar tendo como base o respeito mútuo. Se os Estados Unidos quiserem, nós queremos, e, se não quiserem, venceremos da mesma forma», declarou.

Na entrevista à Prensa Latina, Jorge Arreaza destacou ainda a existência do interesse geopolítico e ideológico das grandes potências, uma vez que, durante muito tempo, os governos do país sul-americano foram servis perante esse interesse e permitiram que os grandes recursos fossem saqueados – alvo que viria a mudar com o triunfo da Revolução.

«Existem grandes lobbies cujo interesse imperial é derrubar a Revolução socialista e assumir o controlo político, económico e cultural do país, […] para ter nas suas mãos a jóia da coroa desta América do século XXI», disse.

Denúncia do bloqueio e das sanções será sempre um tema central

Neste sentido, sublinhou que «denunciar a ilegalidade do bloqueio dos EUA será sempre um dos temas principais da política externa do país e, tal como Cuba o fez ao longo de 60 anos, é necessário insistir uma e outra vez que se trata de uma agressão, de um dano ao povo venezuelano».

«Essas medidas coercivas, unilaterais e arbitrárias que geram os bloqueios estão à margem do direito internacional, são criminosas», frisou.

No entender do chefe da diplomacia venezuelana, cada vez mais os países ganham consciência do dano causado por essas acções punitivas e percebem a necessidade de as enfrentar e denunciar. Acrescentou que, se todos os governos dos países que sofrem as consequências dessa política agressiva e hostil por parte de Washington trabalharem em conjunto, «há esperança de que em breve os organismos internacionais as condenem».

«Essas medidas coercivas, unilaterais e arbitrárias que geram os bloqueios estão à margem do direito internacional, são criminosas»

Jorge Arreaza

No que respeita à queixa interposta pela Venezuela contra os Estados Unidos no Tribunal Penal Internacional (TPI), disse que se destina a acusar os funcionários do governo norte-americano que firmaram ordens executivas e de viva voz fizeram parte das agressões contra a Venezuela.

«O TPI actua sobre responsabilidades individuais, por isso apresentámos elementos probatórios de que essas medidas provocaram fome, morte, doença. Estamos a representar todos os países submetidos a essas sanções», explicou à jornalista.

Arreaza disse que, neste momento, o proceso apresentado a 13 de Fevereiro de 2020 está a ser avaliado pela Procuradoria da entidade judicial, que deverá pronunciar-se este ano e determinar se deve passar ao tribunal para que este responsabilize individualmente quem agrediu a Venezuela.

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As sanções começaram a ser aplicadas em 2015, mas têm aumentado exponencialmente ao longo dos últimos anos. Em 2019, os EUA anunciaram novas medidas que envolviam a apreensão de todos os bens do Estado Venezuelano depositados em contas internacionais, exacerbando as situações de carências e pobreza sentidas em alguns sectores.

Em declarações ao país no passado domingo, o presidente da república bolivariana exigiu a entrega imediata das vacinas ou, em alternativa, a devolução por inteiro dos muitos milhões pagos pelo povo venezuelano para prosseguir os seus esforços de vacinação.

Nicolás Maduro afirmou ainda que há mais de oito semanas que não havia, da parte da COVAX,  qualquer ponto de situação acerca das vacinas e do dinheiro congelado, deixando milhões de cidadãos venezuelanos vulneráveis à doença e à sua propagação no país exclusivamente por motivações políticas.

Foi assinado um protocolo de cooperação com Cuba que resultará na entrega de 12 milhões de doses da vacina Abdala, que já está a ser distribuída e utilizada na Venezuela. 

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Os países mais ricos acumularam milhões de doses das vacinas contra a Covid-19 de que não precisavam, permitindo que estas se estragassem em vez de as entregar a quem desesperadamente delas necessitava. Vários países ainda não receberam todas as doses que compraram a empresas como a Moderna ou a Pfizer, que dão preferência aos mercados ocidentais.

Só em Fevereiro de 2022, a União Europeia deixou estragar 55 milhões de doses das vacinas contra a Covid-19: «mais 25 milhões do que a totalidade das vacinas doadas ao continente africano» nos primeiros dois meses de 2022, alerta a People's Vaccine Alliance (PVA), um movimento que junta centenas de pessoas e organizações na luta pela gratuitidade da vacina.

À margem da reunião (realizada entre 26 e 28 de Junho) do G7, que junta os países mais industrializados do mundo (Alemanha, Canadá, EUA, França, Itália, Japão e Reino Unido), o Imperial College London divulgou um estudo que aponta para um total de 599 300 mortes que teriam sido evitadas, em 2021, se 40% da população de todos os países do mundo tivessem a vacinação completa.

O deprimente espectáculo da caridade

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Cuba enviou para o Vietname o primeiro lote de vacinas Abdala

O primeiro lote de doses da vacina Abdala, desenvolvida pelo Centro de Engenharia Genética e Biotecnologia (CIGB), seguiu de Cuba para o Vietname, informou esta sexta-feira a instituição científica.

O primeiro lote de doses da Abdala seguiu esta sexta-feira de Cuba para o Vietname, país que está a produzir com êxito no seu território a Sputnik V, desenvolvida pela Rússia  
Créditos / @CIGBCuba

Sem precisar a quantidade de doses que foram transportadas num avião da Vietnam Airlines, o GIGB afirmou na sua conta de Twitter que a plataforma produtiva do fármaco é utilizada noutros imunógenos, registados em mais de 30 países, e certificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

No passado dia 20, no contexto da visita que o presidente vietnamita, Nguyen Xuan Phuc, fez a Cuba, foi assinado um Contrato de Abastecimento e Distribuição de cinco milhões de doses da vacina Abdala, contra a Covid-19.

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Cuba pode ser o primeiro país a imunizar a sua população com vacinas próprias

Começou esta quarta-feira, em 4 municípios de Havana, o que foi designado como «intervenção sanitária em grupos e territórios de risco». A previsão é que 70% da população do país esteja vacinada em Agosto.

As autoridades sanitárias cubanas deram luz verde à primeira etapa de ensaios clínicos da vacina designada como «Soberana 01»
As autoridades sanitárias de Cuba estimam que, em Agosto, 70% da população da Ilha esteja imunizada contra a Covid-19 Créditos / andina.pe

De acordo com a informação divulgada pelas autoridades de Saúde cubanas, entre Maio e Junho irão receber as três doses da candidata a vacina Abdala voluntários dos municípios de San Miguel del Padrón, Habana del Este, Guanabacoa e Regla, abrangendo 396 382 habitantes.

Para a última semana de Maio, prevê-se o início do teste nos municípios de Boyeros, Cotorro e Arroyo Naranjo, com 382 016 pessoas, num processo que irá decorrer até Julho, segundo o Ministério da Saúde Pública (Minsap).

Entre os meses de Maio e Junho, receberão as doses da Abdala os trabalhadores e estudantes de saúde de todo o país que não foram vacinados nos estudos de intervenção desta candidata a vacina, abrangendo, no total, 474 676 pessoas, informa a Prensa Latina.

Recentemente, o ministro da Saúde, José Angel Portal, explicou que «esta intervenção sanitária com carácter temporário» se realizará até que o Centro para o Controlo Estatal de Medicamentos, Equipamentos e Dispositivos Médicos (Cecmed), a entidade reguladora em Cuba, autorize a utilização massiva da Abdala e da Soberana 02 – a outra candidata cubana que se encontra na Fase III dos testes clínicos.

O titular da pasta da Saúde afirmou que a investigação e o desenvolvimento de vacinas cubanas contra a Covid-19 têm resultados demonstrados nas suas diferentes etapas de estudo, pelo que foi tomada esta decisão de avançar com a imunização da população.

Candidatas seguras e com resposta imune

Participando há dias no programada de TV «Mesa Redonda», Olga Lidia Jacobo Casanueva, mestre em Ciências e directora do Cecmed, defendeu, de forma sustentada, que ambos os fármacos – Abdala e Soberana 02 – são seguros e desenvolvem uma resposta imune.

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Cuba mais próxima de alcançar uma vacina própria contra a Covid-19

Começa esta segunda-feira a aplicação da segunda dose, na 3.ª fase dos ensaios clínicos, da Soberana 02 e Abdala, candidatas cubanas a vacinas anti-Covid-19 cada vez mais próximas de mostrar a sua eficácia.

A terceira fase dos ensaios clínicos da Soberana 02 e da Abdala avança com a participação de mais de 92 mil voluntários 
Créditos / dw.com

O anúncio foi feito ontem pelo Grupo Empresarial das Indústrias Biotecnológica e Farmacêutica de Cuba (BioCubaFarma), através da sua conta no Twitter. Ambas as formulações integram uma lista de 24 vacinas de subunidades que estão a ser desenvolvidas no mundo e fazem parte do grupo de 16 que actualmente progridem na terceira etapa dos seus ensaios, informa a agência Prensa Latina.

A mesma fonte revela que esta fase tem como principal objectivo avaliar a eficácia, a segurança e a imunogenicidade da vacinação contra o SARS-CoV-2, que provoca a doença, e caracteriza-se por ser multicêntrica, adaptativa, em grupos paralelos, randomizada, controlada com placebo e com a aplicação do método duplo-cego.

A Soberana 02, do Instituto Finlay de Vacinas, foi a primeira candidata a iniciar o estudo, no passado dia 8 de Março, na capital cubana, com 44 010 voluntários entre os 19 e 80 anos. O seu esquema de imunização é de zero, 28 e 56 dias.

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Vacinas: Soberana 02 avança para a fase III e Abdala está lá quase

Cuba conta com cinco candidatas a vacinas contra a Covid-19. A Soberana 02 iniciou esta segunda-feira a terceira fase dos testes clínicos em vários municípios de Havana. O processo deve demorar três meses.

Um trabalhador da saúde prepara uma seringa com uma dose da vacina da Pfizer-BioNTech contra a Covid-19, no Hospital do Santo Espírito, em Roma, Itália, a 2 de Janeiro de 2021
A Soberana 02 é a primeira vacina desenvolvida na América Latina a chegar à terceira fase dos testes clínicos CréditosFabio Frustaci / EPA

O anúncio foi feito na conta oficial de Twitter do Instituto Finlay, que lidera o projecto e também informou que, nesta etapa, os estudantes da Universidade de Havana e da Universidade Tecnológica de Havana José Antonio Echeverría irão dar apoio no que toca ao processamento de dados.

Dagmar García, directora de investigações do Instituto Finlay, destacou recentemente que a entrada da Soberana 02 na terceira fase dos testes é algo de inédito na história das vacinações em Cuba, tendo em conta o elevado número de voluntários (mais de 44 mil) e os resultados positivos alcançados nas etapas clínicas anteriores.

O estudo, que tem nos seus objectivos a avaliação da eficácia do produto, abrange indivíduos com idades entre os 19 e os 80 anos, em oito municípios de Havana, para os quais já estão prontas as 320 mil doses necessárias.

María Eugenia Toledo, investigadora principal do teste clínico, explicou à Prensa Latina que os voluntários serão vigiados até completar os 28 dias entre uma dose e a seguinte.

Desta etapa estão excluídas, entre outras, as grávidas, mulheres em fase pós-parto e amamentação, pessoas com doenças cancerígenas ou com doenças crónicas que limitem a vacinação, pessoas com HIV cuja carga viral seja detectável, assim como pessoas com doenças febris ou infecciosas agudas nos sete dias anteriores à administração da vacina ou no momento da sua aplicação, refere a agência.

Duração prevista de 90 dias e a Abdala à espreita

Os cientistas do Instituto Finlay referiram que o estudo deverá ter uma duração de 90 dias a partir da última dose administrada. Numa entrevista ao portal peruano Exitosa Noticias, o director do instituto, Vicente Vérez, estimou que o processo esteja concluído em meados do ano e que a vacinação massiva com a Soberana 02 possa avançar em Julho.

No site constam ainda declarações do ministro da Saúde do Peru, Óscar Ugarte, que dão conta do interesse do país sul-americano pelo desenvolvimento das vacinas Soberana 02 e Abdala, as mais avançadas das cinco candidatas cubanas a vacinas contra o vírus SARS-COV-2.

A Soberana 02 entrou na terceira etapa de testes depois de receber luz verde do Centro para o Controlo Estatal de Medicamentos, Equipamentos e Dispositivos Médicos (Cecmed), a entidade reguladora do processo.

Ao abordar a questão no programa de TV «Mesa Redonda», o director de Ciência e Inovação do Grupo Empresarial BioCubaFarma, Rolando Pérez Rodríguez, qualificou o facto como «um marco», uma vez que o imunógeno referido é o primeiro desenvolvido na América Latina que chega a esta etapa, indica o diário Granma.

Disse ainda esperar que o Cecmed dê autorização para que a Abdala também inicie este mês a terceira etapa dos testes clínicos.

Mais de 300 candidatas a nível mundial

Segundo dados oficiais, referidos pelo Grama, a 1 de Março último havia 308 candidatas a vacinas contra a Covid-19, 81 das quais em fases de testes; destas, 16 estavam na terceira etapa, sem contar com a Soberana 02 e a Abdala, que vão fazer subir essa lista para 18.

No portal da Organização Mundial da Saúde (OMS), há 15 vacinas registadas ou com autorização para uso de emergência.

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Já a aplicação da primeira dose da Abdala, segunda candidata cubana a chegar a esta fase, desenvolvida pelo Centro de Engenharia Genética e Biotecnologia, teve início no passado dia 22 de Março.

O seu esquema de vacinações é mais curto (zero-14-28 dias), e a primeira dose foi aplicada em apenas dez dias a 48 mil voluntários nas províncias de Santiago de Cuba, Guantánamo e Granma, que têm tido grande incidência de contágios nos últimos tempos.

A este propósito, Francisco Hernández, doutor em Ciências, disse ao Granma que ter conseguido recrutar 48 mil voluntários em apenas dez dias e que todos tenham a primeira dose aplicada foi uma epopeia, fruto do trabalho integrado de muitas instituições e da participação e confiança da população.

María Eugenia Toledo Román, investigadora principal dos ensaios clínicos da Soberana 02, pronunciou-se no mesmo sentido, sublinhando que o êxito da etapa inicial se deveu, em grande medida, à disposição da população para participar nos estudos.

A administração da segunda dose da Soberana 02 e da Abdala, que agora se inicia, envolve mais de 92 mil pessoas. O objectivo da comunidade científica cubana é conseguir vacinar com uma vacina desenvolvida no país cerca de 70% da população da Ilha em Julho e Agosto.

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«Como entidade reguladora, podemos dizer que os dois candidatos a vacinas têm um perfil de segurança adequado. Relativamente à imunogenicidade, comprovámos o aparecimento de títulos de anticorpos e também a sua qualidade, o que garante o aumento da resposta imune», afirmou, citada pelo Granma.

A especialista definiu a tentativa de trabalhar com cinco candidatas a vacinas anti-Covid-19 como um grande desafio e elogiou o trabalho dos cientistas cubanos, únicos no mundo com esta quantidade de propostas em desenvolvimento.

As autoridades sanitárias cubanas estimam que, em Agosto, 70% da população do país esteja vacinada. Apesar do bloqueio económico, comercial e financeiro que lhe é imposto pelos EUA, Cuba pode ser o primeiro país a imunizar toda a sua população com vacinas próprias, investigadas e desenvolvidas pela comunidade científica da Ilha.

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A directora-geral do CIGB, Marta Ayala, afirmou que estas doses seriam aplicadas em Hanói, tanto em população adulta como infantil, indica a Prensa Latina.

O governo vietnamita decidiu comprar a Cuba dez milhões de doses deste imunógeno, depois de, no passado dia 17, o Ministério da Saúde ter aprovado a vacina Abdala para uso de emergência.

A Abdala é a oitava vacina contra a Covid-19 aprovada para uso de emergência no Vietname. As outras, informa a Vietnam News Agency, são a AstraZeneca, a Johnson & Johnson, a Moderna, a Pfizer-BioNTech, a Sputnik V, a Sinopharm e a Hayat-Vax.

Vietname produz com êxito primeiro lote da Sputnik V

A empresa vietnamita Vabiotech, do Ministério da Saúde, anunciou esta sexta-feira que produziu com êxito o primeiro lote da vacina Sputnik V contra o coronavírus, em colaboração com o Fundo Russo de Investimento Directo.

Antes, informa a Vietnam News Agency, o lote produzido pela empresa vietnamita tinha sido avaliado e aprovado pelo Centro Nacional de Investigação de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya, na Rússia.

Do Tuan Dat, presidente da Vabiotech, destacou que este êxito ajuda o país a aceder rapidamente a uma fonte de vacinas de qualidade, contribuindo para a prevenção e o controlo da Covid-19.

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Vietname doou 12 mil toneladas de arroz a Cuba

O diplomata Bruno Rodríguez agradeceu esta sexta-feira a doação feita no dia anterior pelo país asiático para ajudar Cuba a enfrentar as dificuldades alimentares derivadas do bloqueio dos EUA e da pandemia.

O Vietname continua a ajudar Cuba a enfrentar a dureza do bloqueio imposto por Washington e as dificuldades resultantes da pandemia 
Créditos / Prensa Latina

«O nosso sincero agradecimento ao povo e governo vietnamitas e às autoridades de Hanói pelo donativo de 12 mil toneladas de arroz ao nosso país, expressão das relações de irmandade histórica que nos unem», escreveu o titular da pasta dos Negócios Estrangeiros na sua conta de Twitter.

Na quinta-feira, durante uma recepção ao embaixador de Cuba em Hanói, Orlando Hernández, o primeiro-ministro do Vietname, Pham Minh Chinh, sublinhou os laços de fraternidade e amizade que ligam ambos os países, noticia a Vietnam News Agency (VNA).

Na ocasião, Chinh, destacando a importância da cooperação bilateral, disse ao embaixador Hernández que os dois países devem implementar orientações e medidas para reforçar as relações tradicionalmente abrangentes entre ambos.

Ao fazer a entrega simbólica do carregamento, o primeiro-ministro explicou que, do volume total, dez mil toneladas foram doadas pelo Partido Comunista (PCV), o Estado e o povo vietnamitas. As restantes 2000 toneladas são uma oferta do Comité do PCV de Hanói a Havana.

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Vietname doou a Cuba 5000 toneladas de arroz

A doação, oficializada a 17 de Abril último numa cerimónia em Hanói, foi concretizada esta semana em Haiphong, cidade portuária também no Norte do país asiático.

A doação que agora se concretizou foi oficializada em meados de Abril
Créditos / Cubadebate

O Partido Comunista, o Estado e o povo vietnamitas procederam à entrega das 5000 toneladas de arroz que tinham prometido a Cuba, para ajudar a Ilha a resolver as suas dificuldades alimentares em plena luta contra a Covid-19.

A entrega ocorreu na cidade portuária de Haiphong, a mesma onde, nos anos 60 e 70 do século passado, chegavam o acúçar e outros produtos cubanos em apoio a um povo que então combatia pela sua liberdade e independência, indica o portal Cubadebate.

Ao agradecer a doação, a embaixadora de Cuba, Lianys Torres, referiu que este gesto nobre e solidário é expressão das históricas relações de amizade especial e fraternidade entre os dois países.

A doação tornou-se oficial no passado dia 17 de Abril, numa cerimónia em Hanói em que a embaixadora recebeu uma carta do secretário-geral do Partido Comunista e presidente do Vietname, Nguyen Phu Trong, dirigida ao seu par cubano, Raúl Castro, e ao presidente da República de Cuba, Miguel Díaz-Canel.

Então, a diplomata cubana lembrou que, 59 anos antes, Cuba enfrentava a invasão da Baía dos Porcos e, em menos de 72 horas, derrotava-a. «Com esse mesmo espírito, o nosso povo está a enfrentar a Covid-19 e também a venceremos», afirmou Torres na altura, antecipando o que está a acontecer agora na Ilha.

Na mesma ocasião, o chefe do governo vietnamita, Nguyen Xuan Phuc, expressou o agradecimento do Vietname pelo permanente apoio e a solidariedade de Cuba para com o povo vietnamita, e disse que o seu país estará ao lado do país caribenho para o ajudar a aliviar a dureza do bloqueio e a enfrentar as dificuldades resultantes da pandemia.

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«Vamos acompanhar lado a lado o povo cubano, que nos momentos mais difíceis da nossa história esteve connosco e tornou válida a frase do seu líder, Fidel Castro: "Pelo Vietname Cuba está disposta a dar até o seu próprio sangue"», referiu, citado pela Prensa Latina.

Ao intervir, o embaixador cubano, Orlando Hernández Guillén, agradeceu este gesto ao PCV, ao Estado e ao povo vietnamitas, tendo destacado a confiança existente entre os governos dos dois países.

Durante a pandemia de Covid-19, o Vietname já tinha ajudado o país antilhano a enfrentar as consequências do bloqueio imposto pelos EUA, tendo feito chegar a Cuba 5000 toneladas de arroz e material médicos para enfrentar a situação de emergência sanitária.

Nos últimos dias, vários países, como a Rússia, o México e a Bolívia, enviaram para o país caribenho medicamentos, material hospitalar e alimentos, cuja entrega gratuita à população o Ministério do Comércio Interno cubano prepara.

Mais sanções dos EUA contra Cuba

Entretanto, os EUA decretaram esta sexta-feira mais sanções contra funcionários e entidades cubanos. De acordo com as autoridades da Ilha, tais medidas são irrelevantes do ponto de vista prático, mas têm implicações políticas, uma vez que fazem parte da escalada agressiva contra o país caribenho promovida por Washington.

«Os Estados Unidos não têm a menor autoridade legal, política ou moral para sancionar as pessoas pelo mundo fora», afirmou há dias Bruno Rodríguez, que lembrou o historial pouco abonatório dos EUA em matéria de repressão, de utilização das forças armadas em terceiros países, de vítimas chamadas colaterais e de acções de tortura.

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Por outro lado, revelou que a Vabiotech está a trabalhar com a parte russa com vista à produção, no futuro próximo, da vacina Sputnik Light, que requer apenas uma dose.

O Ministério vietnamita da Saúde autorizou a administração da Sputnik V para uso de emergência a 23 de Março deste ano; posteriormente, a 21 de Julho, a Vabiotech anunciou a produção do antídoto no país, em fase de ensaio.

O Vietname manteve números bastante baixos de infecções pelo vírus SARS-CoV-2 durante muito tempo, mas em Maio deste ano esse registo começou a aumentar, estando previsivelmente ligado à chamada variante Delta.

Ainda assim, num país que tem quase 100 milhões de habitantes, o número acumulado de casos de infecção é de 736 972, segundo dados divulgados ontem pelas autoridades sanitárias.

No que respeita à vacinação, a Vietnam News Agency refere que, a 23 de Setembro, tinham sido administradas 36,79 milhões de doses de vacinas anti-Covid no país asiático e que 7,25 milhões de pessoas tinham recebido duas doses.

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«As mil milhões de doses que os países do G7 não foram capazes de distribuir teriam sido suficientes para atingir esta meta», denuncia, em comunicado de imprensa, a Oxfam, uma das maiores organizações não-governamentais de luta contra a pobreza no mundo. Como não podia deixar de ser, praticamente todas estas mortes ocorreram em países de muito baixo rendimento.

Das 100 milhões de doses que o Reino Unido prometeu distribuir, apenas 39% chegou, até ao dias de hoje, ao seu destino. Sem um compromentimento muito substancial no segundo semestre deste ano, será impossível que o Reino Unido e o Canadá cumpram as metas estabelecidas até ao final de 2022. Só 30% das 50.7 milhões de doses prometidas pelo governo canadiano foram entregues.

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Parlamento sírio agradece doação de vacinas por Cuba

O país caribenho doou 240 mil doses de vacinas anti-Covid à Síria, que faz frente à guerra de agressão e ao terrorismo patrocinado pelo Ocidente, bem como às sanções e ao bloqueio imposto pelos EUA.

Reunião do Grupo de Amizade com Cuba na Assembleia Popular da Síria com o embaixador cubano no país levantino 
CréditosFady Marouf / Prensa Latina

O Grupo de Amizade com Cuba na Assembleia Popular da Síria manifestou, esta terça-feira, a sua gratidão à Ilha pela doação de 240 mil vacinas anti-Covid-19 ao país árabe.

«O nosso profundo agradecimento e apreço ao povo e ao governo cubanos por este gesto solidário e humanitário», afirmaram os 20 deputados que integram o grupo durante a reunião que mantiveram na sede parlamentar, em Damasco, com o embaixador cubano na Síria, Miguel Porto.

O deputado Mohammed Jary, chefe do grupo de amizade, qualificou a doação como uma ação de solidariedade com muito valor, na medida em que desafiou e rompeu o bloqueio imposto à Síria pelos Estados Unidos e seus aliados.

«O nosso sincero agradecimento e apreço aos cientistas cubanos pelas suas conquistas e contribuições à humanidade», disse Jary à Prensa Latina no final do encontro.

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Apoio a Cuba, Venezuela e Síria presente em encontro internacional

Mais de 600 delegados de 65 países participam na IV Conferência Internacional pelo Equilíbrio do Mundo, que esta quinta-feira termina em Havana, em defesa de um mundo mais justo, equilibrado e em paz.

A IV Conferência Internacional pelo Equilíbrio do Mundo, que decorre em Havana, conta com delegações de 65 países
Créditos / escambray.cu

O encontro, que este ano é dedicado à figura do poeta e revolucionário cubano José Martí (1853-1895) e está a decorrer no Palácio das Convenções da capital cubana, teve início esta segunda-feira, contando, na sessão inaugural, com a presença do presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, do ministro dos Negócios Estrangeiros, Bruno Rodríguez, além de embaixadores, chefes de missões diplomáticas, intelectuais e mais de 600 delegados de 65 países.

Na sessão de ontem, os participantes, em que se inclui Paula Frazão, da Associação de Amizade Portugal-Cuba, expressaram solidariedade ao governo e ao povo da Venezuela, que são alvo de uma ofensiva golpista liderada pelos Estados Unidos, com o apoio de países aliados na região e da União Europeia.

Adán Chávez, membro do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), interveio para explicar o panorama que se vive no país sul-americano, tendo afirmado que os Estados Unidos e os seus aliados utilizam desde 2016 a mesma estratégia que implementaram no Brasil, e que conduziu à saída forçada da presidente Dilma Rousseff do poder e ao encarceramento do ex-presidente Lula da Silva, indica a Prensa Latina.

Por seu lado, o presidente da Federação Mundial da Juventude Democrática (FMJD), Iacovos Tofari, disse que Cuba «continua a ser um exemplo que inspira os povos a lutar contra as correntes do imperialismo e do colonialismo». O dirigente cipriota da FMJD sublinhou que o «processo social cubano proporciona os argumentos para convencer os povos de que um mundo melhor é possível».

«Os inimigos da Síria fracassaram»

Também presente no encontro, o embaixador da Síria em Cuba, Idris Mayya, interveio na primeira sessão do evento, tendo-se centrado na «firmeza da Síria na luta antiterrorista» e no impacto da sua vitória «no reequilíbrio do mundo».

O diplomata declarou que «os inimigos da Síria fracassaram nos seus planos graças à lendária resistência do povo e do exército». Hoje, o país árabe «encontra-se à beira da vitória final e está-se a preparar para a etapa da reconstrução», disse, citado pela agência SANA.

Recebendo o apoio e a solidariedade dos participantes na conferência, Mayya referiu-se às tentativas dos Estados Unidos e dos seus aliados para, através da aplicação de sanções económicas e medidas coercivas unilaterais, evitar a reconstrução do que foi destruído pelos grupos terroristas.

Quatro dias de debate por um mundo mais justo e equilibrado

Organizado pelo Projecto José Martí de Solidariedade Internacional, patrocinado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), em coordenação com o Gabinete do Programa Martiano de Cuba, o encontro promove o estudo, o conhecimento e a divulgação da vida e da obra daquele que é conhecido como o «Apóstolo» cubano.

Nesta edição da Conferência estiveram e estão ainda em debate questões como a democracia na América Latina; o combate às desigualdades e paz no mundo; a arte ao serviço da humanidade; o papel dos novos movimentos sociais; a necessidade de fazer frente ao terrorismo; a luta contra todas as formas de discriminação; o papel da juventude, dos estudantes e das suas organizações nos processos de mudança; o papel do movimento sindical nas lutas por um mundo melhor, refere a Prensa Latina.

No âmbito do encontro, o intelectual cubano Roberto Fernández Retamar, presidente há quatro décadas da Casa das Américas, recebeu o Prémio Internacional José Martí 2019, atribuído pela UNESCO.

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As autoridades de saúde sírias destacaram a eficácia das vacinas cubanas, num momento em que o bloqueio ocidental impede a chegada ao país de alimentos e medicamentos à população, acrescentou.

Ahmad Bousel, deputado do Partido Comunista Unido da Síria, expressou-se de forma semelhante, tendo qualificado o gesto cubano como uma acção internacionalista que reflecte a política solidária de Cuba e a excelente amizade que mantém com o país árabe.

Por seu lado, o diplomata cubano apresentou uma explicação detalhada sobre os avanços do sistema de saúde em Cuba, as suas conquistas na área das vacinas e dos medicamentos biotecnológicos, tendo-se referido ainda às altas taxas de vacinação entre a população, indica a Prensa Latina.

Síria e Cuba estabeleceram relações diplomáticas em 11 de Agosto de 1965, que têm sido marcadas pelo apoio mútuo às causas de ambos os países em todos os palcos internacionais.

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Os restantes países do G7 não se comportaram melhor. Longe dos holofotes, os solidários apoios prometidos pelos Estados Unidos da América ficaram muito aquém do anunciado: 46% de 1.2 mil milhões de doses. Por outro lado, França, Itália e a Alemanha, colectivamente, entregaram apenas 56% das 700 milhões de doses prometidas até meados de 2022, uma promessa que já caducou.

A liderar a tabela, mas nem por isso mais cumpridor, o Japão distribuiu 64% das 60 milhões de doses anunciadas. Nos dias que correm, a solidariedade ocidental parece estar centrada noutras paragens.

Os valores ocidentais: Total inacção face à morte de centenas de milhares de pessoas; Acção directa na defesa dos lucros das farmacêuticas

Enquanto os países mais ricos do mundo continuavam a acumular doses, sem qualquer capacidade para as utilizar, nos países mais pobres continuavam a morrer milhares de pessoas, vítimas da Covid-19 e da ganância alheia.

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Esqueçam a humanidade, a opção da Pfizer é o lucro

Cento e dois mil milhões de dólares: as projecções da farmacêutica são ambiciosas, mas não impossíveis. Como atingir este valor? Basta excluir os pobres da equação, focando todo o negócio nos mais ricos.

CréditosJeff Pachoud / AFP via Getty Images

Os dados anunciados ontem terão certamente entusiasmado os accionistas. No último trimeste de 2021, a receita da Pfizer duplicou face às expectativas e as perspectivas para 2022 são ainda melhores: a empresa prevê arrecadar 54 mil milhões de dólares de receita através da venda da vacina contra a Covid-19, a que se juntam 22 mil milhões de dólares do novo anti-viral produzido pela empresa.

Estes resultados obscenos contrastam com o total abandono a que foram votadas, no acesso à vacina, as populações dos países mais pobres. Num comunicado à imprensa, Robbie Silverman, da Oxfam, organização não-governamental de luta contra a pobreza, denunciou o total desinteresse das farmacêuticas no apoio às pessoas mais fragilizadas.

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Nova variante da Covid-19 põe a nu as desigualdades na vacinação

A variante «nu» é considerada a mais perigosa de sempre e os cientistas põem a hipótese de não ser combatida pelas vacinas. A multiplicação de variantes resulta de apenas os países mais ricos estarem a vacinar as suas populações.

Sem vacinas, o combate à pandemia é mais difícil em África.
Créditos / ONU

Estão disponíveis treze vacinas para combater a Covid-19, mas a taxa de cobertura é muito desigual nas várias zona do planeta. Em África, as taxas de vacinação são ainda muito baixas. Nos Camarões, apenas 0,6% da população está totalmente vacinada, no Egipto 8%. Mas noutros continentes, mesmo tendo desenvolvido vacinas antes dos outros, não é sinónimo de adesão da população ou da eficácia da campanha de vacinação, como se pode ver na Rússia, em que apenas 32% da população está totalmente vacinada, e nos Estados Unidos, com os seus 58%.

Enquanto se verifica esta desigualdade que permite a multiplicação da doença e o aparecimento de novas variantes do vírus, o Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (CEPCD) recomendou uma terceira dose para toda a população adulta, com especial incidência nas pessoas com 40 anos ou mais, seis meses após a segunda injecção.

A última das variantes até à próxima

Os cientistas detectaram uma nova variante da Covid-19 classificada B.1.1.529, com origem na África do Sul. Existem até agora pouco mais de uma centena de casos, desta variante, confirmados na África do Sul, Hong Kong e Botswana. De acordo com o sistema de nomenclatura utilizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), a variante será identificada como «nu».

A variante B.1.1.529 tem uma combinação preocupante de mutações que os cientistas dizem poder tornar o vírus mais contagioso e ajudá-lo a fugir à resposta imunitária do corpo. Qualquer nova variante capaz de escapar à protecção vacinal ou de se espalhar mais rapidamente do que a actualmente predominante variante delta poderia ameaçar seriamente a saída global da pandemia.

A Organização Mundial da Saúde está reunida esta sexta-feira para avaliar esta nova variante. Determinará se se trata de uma variante de «preocupação» ou «interesse», relata o The Guardian. Decidirá também a designação oficial utilizando o alfabeto grego, tal como fez com as variantes anteriores. A próxima carta disponível é nu.

As primeiras indicações dos laboratórios de diagnóstico sugerem que a variante aumentou rapidamente na província de Gauteng, na África do Sul, e pode já estar presente nas outras oito províncias do país.

No seu relatório diário de casos confirmados a nível nacional, o Instituto Nacional de Doenças Transmissíveis da África do Sul (NICD, acrónimo em inglês) relatou 2465 novas infecções de Covid-19, quase o dobro do número do dia anterior. O NICD não atribuiu o aumento dos casos à nova variante, embora alguns dos principais cientistas locais suspeitem que é a causa.

A África do Sul confirmou cerca de 100 casos com a variante B.1.1.529, mas também foi encontrada no Botswana e em Hong Kong (na cidade asiática, a portadora é uma pessoa que chega da África do Sul). Os cientistas acreditam que até 90% dos novos casos em Gauteng podem ser causados pela variante B.1.1.529. Pelo menos um caso de infecção com esta variante também foi detectado em Israel.

Uma variante que pode escapar às vacinas

Os cientistas consultados descrevem nu como a pior variante desde o início da pandemia. Tem 32 mutações na proteína spicule, que por sua vez é a parte do vírus utilizada pela maioria das vacinas para treinar o sistema imunitário contra a Covid-19. Este número de mutações é cerca do dobro do número associado com a variante delta. As mutações nesta proteína podem afectar a capacidade do vírus de infectar as células e de se espalhar, mas também tornar mais difícil para as células imunitárias atacarem o agente patogénico.

A variante delta foi detectada pela primeira vez na Índia no final da década de 2020 e, desde então, espalhou-se por todo o mundo, levando a um aumento das taxas de infecção e de casos fatais. Outras variantes do coronavírus incluem alfa (detectada em Kent, Reino Unido), beta (primeiro detectada na África do Sul) e gama (detectada no Brasil). Após o declínio dos casos no Japão, foi sugerido que as variantes podem «sofrer uma mutação para fora da existência».

Europa suspende voos com África

A Comissão Europeia recomendou a suspensão dos voos para a África do Sul e outros destinos na região. Vários países europeus já suspenderam todas as ligações, incluindo a Alemanha e a Itália.

O Reino Unido também colocou a África do Sul, Namíbia, Lesoto, Botswana, Eswatini e Zimbabwe na sua lista vermelha de restrições de viagem, o que significa que os viajantes provenientes destas áreas serão proibidos, com poucas excepções, e quaisquer passageiros que cheguem ao Reino Unido terão de ser estritamente colocados em quarentena num hotel vigiado.

A Itália e a Alemanha vão proibir a entrada nos seus territórios de viajantes da África Austral devido à nova variante da Covid-19 detetada na África do Sul, anunciaram esta quinta-feira os ministros da saúde alemão e italiano.

E pelo menos quatro países – Áustria, Itália, Israel e Singapura – proibiram esta sexta-feira a entrada de viajantes provenientes de Moçambique, a par de outros países da África Austral, como medida de precaução devido à nova variante do coronavírus detetada na África do Sul.

Israel anunciou também que proibirá os seus cidadãos de viajar para a África Austral, uma restrição que afecta os mesmos seis países da lista vermelha do Reino Unido, mais Moçambique.

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«Os resultados divulgados pela Pfizer demonstram como a empresa fez uso do seu monopólio para enriquecer os seus accionistas à custa de quase metade da população mundial, que continua sem acesso às vacinas». 

É particularmente grotesco que empresas como a Pfizer dêem «prioridade aos lucros em vez de salvar vidas», isto enquanto milhares de pessoas em África morrem, todos os dias, de Covid-19. Como ficou patente no caso português, a maior parte destas mortes seria facilmente evitável, e para isso bastava a empresa querer, distribuíndo as vacinas. Têm a faca (os meios de distribuição) e o queijo (as vacinas) na mão.

Continuámos a permitir, à medida que a pandemia se foi agravando, que as farmacêuticas fossem pondo o lucro acima da nossa humanidade: «nenhuma corporação empresarial deve ter o direito a decidir quem vive e quem morre», afirmou Silverman.

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Em simultâneo com o não cumprimento das suas promessas, os países mais ricos, com o Reino Unido e a União Europeia à cabeça, forçaram a aprovação de um texto na Organização Mundial do Comércio que «impediu o levantamento das patentes das vacinas, tratamentos e tecnologias que teriam permitido aos países em desenvolvimento produzir as suas próprias vacinas», alertou a Oxfam. 

Os verdadeiros objectivos dos países da G7 foram cumpridos: o documento «introduz ainda mais obstáculos para proteger os altamente rentáveis monopólios da Pfizer/BioNTech e da Moderna». 

«Os países mais ricos já estão a acumular a nova geração de vacinas contra a Omicron, enquanto os mais pobres terão de continuar a enfrentar novas variantes com vacinas cada vez mais inefecientes», acusa Max Lawson, responsável pela área da desigualdade na Oxfam e co-presidente da PVA. «A única maneira de resolver este impasse é garantindo a todos os países o direito a fabricar a sua própria vacina, para que não tenham de depender da caridade dos países ricos, que lhes enviam, tarde demais, doses de vacinas de que já não necessitam».

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A instituição guardiã das contas da UE descobriu que a presidente da Comissão «deitou fora» o manual de regras em vigor, abrindo caminho para um contrato de até 1,8 mil milhões de doses de vacina contra o coronavírus a assinar em Maio de 2021.

Como nota o site Politico, para todos os outros acordos de vacinas firmados pela UE entre 2020 e 2021, uma equipa conjunta composta por funcionários da Comissão e representantes de sete países membros conduziu conversações exploratórias. O resultado foi então levado a um Comité Director da Vacina, composto por representantes de todos os 27 estados membros da UE, que o ratificou.

Mas este procedimento estabelecido não foi seguido no caso do maior contrato da UE, diz o Tribunal de Contas. Em vez disso, a própria von der Leyen conduziu as negociações preliminares para o contrato em Março, e apresentou os resultados ao Comité Director em Abril. Entretanto, uma reunião planeada de consultores científicos, organizada para discutir a estratégia de vacinas da UE para 2022, nunca teve lugar, escreve o tribunal.

Ao contrário das outras negociações contratuais, a Comissão recusou-se a fornecer registos das discussões com a Pfizer, quer sob a forma de actas, nomes de peritos consultados, termos acordados, ou outras provas. «Pedimos à Comissão que nos fornecesse informações sobre as negociações preliminares para este acordo», escrevem os autores do relatório. «No entanto, nenhuma foi apresentada».

Um auditor superior que ajudou a conduzir a investigação disse ao Politico que a recusa da Comissão em divulgar informações era altamente invulgar. «Isto quase nunca se verificou. Não é uma situação que nós no tribunal normalmente enfrentamos», disse o auditor, que pediu anonimato.

O relatório de auditoria levanta mais preocupações sobre as acções de von der Leyen. Já em Abril de 2021, o New York Times noticiou que o líder da UE tinha trocado mensagens de texto com Albert Bourla, o chefe executivo da Pfizer, no período que antecedeu o acordo. A relação aparentemente cúmplice entre dois dos principais decisores no negócio pareceu pouco normal na altura.

E, como o relatório assinala, a investigação do Provedor de Justiça Europeu sobre o assunto deparou-se com um muro de silêncio. Na altura, a Comissão afirmou que já não tinha as mensagens de texto registadas. Em resposta, o Provedor de Justiça, Emily O'Reilly, determinou que tinha havido má administração.

Um historial de negócios obscuros

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«As sete melhores acções para investir enquanto a crise na Ucrânia aquece»

É difícil saber em quantos graus de farsa já vamos. A invasão militar russa abriu um novo mundo de oportunidades aos investidores da desgraça, apostados na eminente corrida ao armamento.

Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia desde 1 de Dezembro de 2019, foi ministra da Defesa alemã de 2013 a 2019, responsável pela venda de armamento a países como a Turquia e a Arábia Saudita. 
Créditos / Yahoo!

O mundo pode ter sido apanhado de surpresa pela invasão militar russa da Ucrânia, mas os especuladores cheiram uma oportunidade à distância. No dia 26 de Janeiro, quase um mês antes da intervenção, a secção de investimento do motor de busca Yahoo!, anunciava as sete melhores acções da área da defesa (vulgo, armamento) para investir neste período de conflito.

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Exército europeu em marcha

A perspectiva da realização de exercícios militares no âmbito da União Europeia (UE), a partir de 2023, consolida o nebuloso caminho da constituição de um exército europeu.

Tanques de guerra Leclerc durante o exercício militar Strong Europe Tank Challenge, em Grafenwoehr, Alemanha
CréditosCHRISTIAN BRUNA / EPA-EFE

A reunião conjunta dos ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa da UE, que decorreu no início desta semana, aponta para a organização de exercícios militares regulares, a partir de 2023, no sentido de aumentar a capacidade de intervenção militar e de projecção de forças da União, «quando e onde for necessário».

Intenções que, segundo José Goulão em «União Europeia, aparelho de guerra», «cabem na “bússola estratégica”, um plano sobre as ambições de “defesa e segurança” da União Europeia para os próximos cinco a dez anos e que deverá ser aprovado durante o mês de Novembro». Acrescenta o autor que, na sua reunião de Setembro, «os ministros da Defesa dos Estados da União Europeia concluíram existir uma necessidade de criar unidades de guerra europeias com activos de milhares de militares que poderão ser utilizadas em “missões específicas”».

A criação do exército europeu, de que alguns não querem falar e outros se mantêm em negação, visa, por um lado, aumentar a capacidade de a UE agir com autonomia, enquanto braço armado da NATO e, por outro, dar alguma resposta às crescentes exigências de Washington de um maior esforço económico-militar europeu na Aliança Atlântica.

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O impacto ambiental de sectores militares europeus

Um estudo sobre o impacto ambiental dos sectores militares europeus aponta para uma pegada de carbono anual equivalente às emissões de pelo menos 14 milhões de carros.

Comboio militar de tropas dos EUA circula nas estradas da Alta Francónia, no centro da Alemanha, para participar no exercício Defender Europe 2020
CréditosPavel Nemecek / picture alliance

Promovido pelo Grupo Confederal da Esquerda no Parlamento Europeu e de autoria conjunta do Observatório de Conflitos e Meio Ambiente e Cientistas pela Responsabilidade Global, o estudo conclui que o chamado Pacto Verde Europeu «completa e propositadamente» ignorou tudo o que tem a ver com o impacto climático da militarização.

A realização deste estudo, que estima o impacto ambiental dos sectores militares europeus, aponta para uma pegada de carbono anual equivalente às emissões de pelo menos 14 milhões de carros e revela ainda grandes lacunas nos relatórios de emissões militares.

A Europa acolhe oito das 30 maiores corporações do mundo em vendas militares. O exército francês é identificado como contribuinte de um terço da pegada de carbono total dos sectores militares da União Europeia (UE) e a indústria de tecnologia militar da Polónia tem as maiores emissões de gases de efeito estufa.

Entretanto, o estudo não aborda o impacto das acções militares na biodiversidade dos países atacados nem as consequências a longo prazo, que tanto as suas populações como os seus ecossistemas têm de suportar.

Outro aspecto não abordado no estudo, tem a ver com as «instalações militares abandonadas». Em Portugal, na antiga base militar dos EUA nas Lages e seis anos depois da saída dos americanos, continua por efectuar a descontaminação do solo e da água. Aliás, esta foi uma das questões levantadas pela eurodeputada Sandra Pereira durante a apresentação deste estudo.

A deputada comunista no Parlamento Europeu quis também saber, por um lado, se «a melhoria do desempenho ambiental das máquinas de guerra é suficiente para realmente reduzir o impacto das operações militares no meio ambiente». Por outro, considerando os investimentos em armas cada vez mais modernas e com efeitos letais massivos, se «não é irónico que a União Europeia faça políticas amigas do ambiente», enquanto investe, cada vez mais, numa «indústria que só destrói».

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Também a Multinews, que cita o El Pais, dá nota de que a organização dos exercícios militares seriam da responsabilidade das unidades nacionais, passando em 2025 para a égide da «unidade do Estado-Maior da UE», que foi criada em 2017 com o objectivo de se tornar num quartel-general.

O Estado-Maior da União Europeia, comandado por um general de três estrelas, funciona no âmbito do Comité Militar, um órgão de aconselhamento político-militar da UE que reúne os responsáveis militares dos respectivos Estados: no caso português o Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas (CEMGFA). Aliás, um quadro que tem muito a ver com as recentes alterações às leis de Defesa Nacional (LDN) e de Organização das Forças Armadas (LOBOFA), aprovadas por PS e PSD, demonstrando uma sólida convergência naquilo que é estruturante, nomeadamente no cumprimento dos objectivos militaristas da União Europeia e da Aliança Atlântica.

Alterações, cujo objectivo passou por concentrar no CEMGFA poderes que estavam atribuídos aos chefes dos três ramos das Forças Armadas, permitindo-lhe uma maior autonomia de decisão face aos restantes chefes militares, no âmbito da sua participação nestes fóruns internacionais.

Recorde-se que em 2018, nove países europeus (Alemanha, Bélgica, Dinamarca, Espanha, Estónia, França, Holanda, Portugal e Reino Unido) assinaram uma carta de intenções para a criação da chamada Iniciativa Europeia de Intervenção que, segundo o presidente Macron, deverá ser «encarregada de enviar rapidamente tropas para cenários de crise perto das fronteiras da Europa».

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É fascinante a previdência do capital especulador. O inferno para o qual foram atirados os povos da Ucrânia (e no qual já viviam as populações do Donbass), não deixa de constituir a oportunidade de um bom negócio. O lucro habita num outro plano, alheio a moralidades ou a qualquer decência humana, retirando dividendos até da morte, sem misericórdia.

Lamentavelmente, o capital confirmou o seu poder de previsão e mais não fez do que antecipar o inevitável comportamento dos estados. Olaf Scholz, chanceler alemão, eleito pelo Partido Social-Democrata (SPD), anunciou ontem um reforço de 100 mil milhões no orçamento de defesa da Alemanha, um caminho que os restantes países europeus se preparam para reproduzir, como já o confirmou João Gomes Cravinho, ministro da Defesa Nacional.

«Admito que todos os países europeus tenham de repensar um pouco a sua abordagem em relação ao investimento militar, vão ter de reforçar», assumiu o ministro, em declarações à RTP.

A corrida ao armamento parece já ser uma inevitabilidade: os estados-membros da União Europeia começarão a enviar armas, munições e mísseis para a Ucrânia (António Costa anunciou granadas, munições e espingardas G3) ao passo que um referendo na Bielorrússia, realizado no domingo, determinou que o País rasgaria o compromisso de ser uma nação livre das armas nucleares.

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Venda de armas aos sauditas é sinal «preocupante» do arrastar da guerra no Iémen

O Departamento de Estado dos EUA aprovou o primeiro grande negócio de venda de armas aos sauditas na administração de Biden, algo que pode revelar a intenção de Riade de prolongar a agressão ao Iémen.

Edifícios destruídos e danificados após um bombardeamento saudita no Iémen; a agressão da coligação liderada pelos sauditas começou em Março de 2015 
Créditos / PressTV

Num comunicado emitido quinta-feira passada, o Pentágono deu conta da aprovação, pelo Departamento de Estado norte-americano, da venda de 280 mísseis ar-ar à Arábia Saudita, no valor de 650 milhões de dólares, para que Riade pudesse fazer frente a ameaças actuais e futuras.

Para o académico norte-americano Richard Falk, especialista em direito internacional e relações internacionais, o primeiro grande negócio de vendas de armas da era Biden aos sauditas, «os chamados mísseis defensivos ar-ar», constitui «um sinal preocupante das intenções sauditas de prosseguimento das suas políticas cruéis de devastação do Iémen».

Numa entrevista à PressTV, Falk, que foi professor na Universidade de Princeton durante mais de três décadas, afirmou que «a posse de uma defesa anti-mísseis mais segura permite aos sauditas continuarem a sua intervenção armada no Iémen, e possivelmente noutros locais, com menor temor de ataques de retaliação».

Richard Falk destacou as «relações especiais» entre Washington e Riade, afirmando que os EUA procuram defender os interesses sauditas e desviar as críticas que são dirigidas a Riade nas Nações Unidas.

EUA usam a sua influência para proteger a Arábia Saudita

«Os Estados Unidos estão a usar a sua influência geopolítica para proteger a Arábia Saudita da crítica na ONU e noutros lugares, gozando novamente com os compromissos colectivos de segurança e com a proibição incondicional da Carta das Nações Unidas do uso de força não defensiva. Estas relações especiais deixam claro que as relações internacionais continuam a ser moldadas pela primazia da geopolítica e não pelas normas internacionais», disse o académico.

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EUA são o maior exportador de armas e a Arábia Saudita o maior importador

Um relatório recente revelou que os EUA foram responsáveis por mais de um terço da venda de armamento a nível mundial nos últimos cinco anos, enquanto os sauditas foram os que mais importaram.

Donald Trump, president dos EUA, num encontro na Casa Branca com Mohammed bin Salman, príncipe herdeiro da Arábia Saudita, em Washington, Março de 2018
Créditos / CGTN

As exportações de armas que tiveram como origem os EUA, entre 2016 e 2020, representaram 37% de todos os negócios registados pelo Instituto Internacional de Estudos para a Paz de Estocolmo (SIPRI, na sigla em inglês).

Metade das exportações norte-americanas de armamento teve como destino o Médio Oriente, e a Arábia Saudita foi de longe o principal parceiro de negócio no período referido, representando quase um quarto de todas as vendas dos EUA (24%).

O instituto sediado em Estocolmo afirma que, entre 2016 e 2020, as exportações de armas dos EUA aumentaram 15% em comparação com o período 2011-2015.

A Rússia foi o segundo maior exportador de armas a nível global, representando um quinto do total de exportações registadas (com menos 22% de vendas que no período 2011-2015).

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Empresas francesas continuam a treinar tropas sauditas para matar no Iémen

Várias empresas francesas especializadas em treino militar participam na formação de oficiais sauditas e nunca deixaram de o fazer desde o início da guerra de agressão ao Iémen, revela uma reportagem.

Quartel da Polícia destruído após o bombardeamento da aviação saudita
A guerra de agressão ao Iémen tem dado lucros de milhares de milhões às empresas de armamento Créditos / mintpressnews.com

A notícia foi divulgada esta segunda-feira no portal da cadeia iemenita al-Masirah, que cita uma reportagem realizada conjuntamente pelos órgãos Lighthouse Reports, Arte e Mediapart, em parceria com o EUobserver.

De acordo com a investigação, o DCI Groupe, detido maioritariamente pelo Estado francês, está a dar treino de artilharia a membros da Guarda Nacional da Arábia Saudita numa escola militar em Draguignan, no Sudeste de França.

As mesmas fontes revelam que a multinacional francesa Thales Group e a filial francesa da RUAG, com sede na Suíça, estão envolvidas no treino de tropas sauditas, facultando-lhes o equipamento de simulação necessário à operação do sistema de artilharia Caesar, desenvolvido pela França, e que pode atingir quase meio milhão de iemenitas.

A al-Masirah refere ainda uma reportagem do meio de comunicação Disclose, de acordo com a qual um cargueiro deverá carregar munições para o sistema Caesar. O mesmo órgão revelou que a França irá entregar mais de cem caesars à Arábia Saudita até 2023.

Este sistema de artilharia é produzido pela Nexter Systems, uma empresa estatal francesa de fabrico de armamento. No final de 2018, 48 destes sistemas móveis estavam posicionados na fronteira da Arábia Saudita com o Iémen.

A reportagem refere que um documento interno filtrado pela agência militar francesa de inteligência – DRM – já então alertava para os riscos que os Caesars representavam para a população civil no Iémen. «A população abrangida por potencial fogo de artilharia: 436 370 pessoas», referiu o documento, datado de 25 de Setembro de 2018.

O mesmo documento dizia que os Caesars também desempenham um papel no apoio às «tropas lealistas e Forças Armadas sauditas no seu avanço em território iemenita».

Se não fosse o negócio das armas...

No ano seguinte, o fogo da artilharia das forças da coligação liderada pelos sauditas atingiu um mercado iemenita perto da fronteira, provocando a morte a 89 civis. Em Setembro, o Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas, debruçando-se sobre o Iémen, sublinhou que a venda de armamento apenas serve para perpetuar o conflito.


«Se não fosse o negócio das armas, a guerra não se prolongaria como está a acontecer, a guerra não continuaria a destruir o povo do Iémen como o tem feito», disse Ardi Imseis, um dos autores da reportagem.

A comunicação social britânica já tinha revelado informações semelhantes sobre a ampla participação de empresas do Reino Unido na monitorização dos ataques aéreos e na preparação de aviões, armas e munições da coligação invasora, refere a al-Masirah, notando que o mesmo é válido para os EUA, cujo envolvimento se tornou público e documentado.

Para a cadeia iemenita, esta reportagem vem confirmar que a «coligação» liderada pelos sauditas foi desde o início uma fachada para as potências ocidentais, que dirigem as operações que atingem o Iémen.

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A França, com 8% das vendas, é o terceiro maior exportador. Seguem-se a Alemanha (5,5%) e a China (5,2%), para fechar a lista dos cinco países que mais armas venderam entre 2016 e 2020. Na parte inferior do «top dez» situam-se Reino Unido, Espanha, Israel, Coreia do Sul e Itália.

O SIPRI nota que, por comparação com 2011-2015, os últimos cinco anos registaram um pequeno decréscimo no volume de vendas de armamento (menos 0,5%), pondo fim a mais de uma década de aumentos sucessivos.

Foi a primeira vez desde o período 2001-2005 que o volume de trocas de armas entre países – um indicador da procura – não registou um aumento por comparação com o período anterior de cinco anos.

Arábia Saudita, o maior importador

Os países do Médio Oriente registaram o maior aumento de importações de armas a nível mundial entre 2016 e 2020, importando mais 25% que nos cinco anos anteriores. Arábia Saudita (61%), Egipto (136%) e Catar (361%) registam os maiores aumentos.

Quatro dos dez maiores importadores de armas são desta região, que representa 33% das importações a nível global: aos três países referidos juntam-se os Emirados Árabes Unidos. Só a Arábia Saudita representa 11% de todo o volume de armas importadas mundialmente nestes cinco anos.

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Sauditas usaram mais de 3000 bombas de fragmentação no Iémen

A coligação liderada pelos sauditas recorreu a bombas de fragmentação de fabrico diverso ao longo da guerra de agressão contra o Iémen, desde 2015, provocando centenas de vítimas civis.

Crianças numa zona bombardeada no Iémen
Créditos / Sputnik News

«As informações e os dados que temos mostram que foram utilizados oito tipos de bombas de fragmentação, de fabrico norte-americano, britânico e brasileiro, durante a guerra no Iémen», revelou Ali Sofra, director-geral do Centro Executivo de Desminagem do Iémen, informaram este domingo os canais de notícias al-Maloumeh e al-Masirah.

O responsável precisou que a Arábia Saudita e os seus aliados lançaram 3179 bombas de fragmentação no Iémen desde o início da campanha de agressão, em Março de 2015, e que as vítimas civis, na sua maioria mulheres e crianças, são mais de mil. Muitas delas perderam a vida quando se encontravam em campos agrícolas e áreas de pasto.

«A monarquia árabe utilizou esse armamento, cujos efeitos são intrinsecamente indiscriminados, nos ataques aéreos que levou a cabo nas províncias de Saada, Saná, Hajjah, Hudayda, Jawf, Amran, Taizz, Dhamar e Mahwit», disse ainda Sofra, citado pela HispanTV.

Em Junho do ano passado, o Ministério iemenita dos Direitos Humanos alertou para os riscos que este tipo de armamento colocava à população civil, uma vez que é pouco preciso, abrange extensas áreas e constitui um perigo mortal para os civis mesmo depois de terminado o conflito. O Ministério acusou então a coligação liderada pela Arábia saudita de ter usado milhares de bombas de fragmentação em áreas residenciais, provocando inúmeras vítimas mortais.


A Organização das Nações Unidas (ONU) condenou a utilização destas munições no Iémen, considerando que se trata de «um crime de guerra». Em 2010 entrou em vigor a Convenção contra as Bombas de Fragmentação, que havia sido assinada dois anos antes por mais de uma centena de países.

Num tweet publicado esta segunda-feira, Ali Sofra criticou as organizações internacionais e de direitos humanos por evitarem falar sobre a existência de ataques aéreos e a utilização de bombas de fragmentação no Iémen. «Quaisquer vítimas de bombas de fragmentação no Iémen não são referidas nos seus relatórios anuais humanitários e de direitos humanos», escreveu, citado pela PressTV.

EUA «congelam» venda e Itália deixa de vender armamento aos sauditas

Joe Biden, o presidente recentemente empossado dos EUA, um dos grandes fornecedores de armamento à coligação liderada pelos sauditas e um dos principais envolvidos no Ocidente, juntamente com o Reino Unido, na guerra de agressão ao Iémen, anunciou na quarta-feira da semana passada o congelamento da venda de armas à Arábia Saudita e aos Emirados Árabes Unidos, cujo volume de negócio tinha incrementado fortemente sob os auspícios de Donald Trump.

Na sexta-feira, a Itália – um de vários países ocidentais envolvidos na venda de armas à Arábia Saudita e que muito lucram com a guerra de agressão ao Iémen – anunciou o fim da exportação de armamento à Arábia Saudita e e aos Emirados Árabes Unidos.

Luigi Di Maio afirmou que se tratava de um «acto necessário», de uma «clara mensagem de paz do nosso país» e que, para a Itália, o «respeito pelos direitos humanos é um compromisso inquebrável». Se for para valer, mais vale tarde que nunca. A guerra e o martírio do povo iemenita começaram há seis anos.

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Os EUA foram responsáveis por mais de metade das armas exportadas para a região (52%), seguindo-se a Rússia (13%) e a França (12%).

A região do mundo que mais armas importou foi a Ásia e Oceânia (42%). Índia, Austrália, China, Coreia do Sul e Paquistão foram os países que mais armas importaram na região.

O SIPRI afirma que é cedo para dizer se uma recessão associada à pandemia de Covid-19 pode fazer abrandar os negócios de armas. «O impacto económico da Covid-19 podia levar alguns países a diminuir as importações de armas nos próximos anos. No entanto, ao mesmo tempo, mesmo no auge da pandemia, em 2020, vários países assinaram grandes contratos de armamento», releva o SIPRI.

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Questionado sobre se este negócio «é consistente com a promessa do governo dos EUA de liderar a diplomacia com vista a pôr fim ao conflito no Iémen», Falk respondeu que não, rejeitando a declaração como uma alegação «falsa».

«Esta é uma afirmação claramente falsa», acusou, acrescentando que os mísseis ar-ar protegem o espaço político nacional saudita, dando ao reino a liberdade de fazer a guerra fora de seu território com expectativas substancialmente reduzidas de ver o seu país atacado. «Por outras palavras, o objectivo do armamento defensivo é muitas vezes isolar a guerra ofensiva da retaliação e, dado o historial saudita, esse parece ser o caso», frisou Richard Falk.

Não há «incentivo para a via diplomática»

«Tal militarismo parece fazer aumentar a capacidade de combate da Arábia Saudita e não apresenta nenhum incentivo para acabar com o conflito no Iémen pela via diplomática. Se a intenção fosse uma mudança no sentido da diplomacia, poderia ter sido sinalizada oferecendo às forças opositoras iemenitas capacidades militares equivalentes ou condicionando a venda dos mísseis a um esforço de boa-fé para resolver o conflito através de negociações. Não houve nenhum esforço tangível ou credível nessa direcção», acrescentou.

O académico norte-americano criticou a incapacidade da ONU para pôr fim ao conflito no Iémen, afirmando que «estamos a assistir a mais um caso em que a ONU e a segurança internacional são incapazes face aos alinhamentos geopolíticos que se dedicam a encontrar soluções militares para conflitos políticos».

«Nesta perspectiva, não há um ponto final à vista para o conflito e o sofrimento humano no Iémen, e é provável que não surja nenhum, a não ser que a Arábia Saudita se sinta ameaçada por outras fontes ou enfrente pressões internas significativas. A morte dos iemenitas, infelizmente, não faz parte dos cálculos políticos realizados pelos cínicos criadores dos objectivos da política externa de Riade», sublinhou.

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Sopram ventos adversos. EUA, União Europeia e Rússia continuam a recusar-se a assinar o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares: cada passo, cada conflito, será (mais ainda) determinado pelo poder da bala, pela distância do míssil, a ameaça da morte. Era indispensável, neste momento, retomar o caminho definido pela constituição da república portuguesa: acabar com os blocos político-militares, recuperar o caminho do desarmamento, defender o direito à autodeterminação de todos os povos.

De parte a parte, o caminho continuará a ser determinado pelos interesses das elites e dos grandes grupos económicos, doa a quem doer, sofram os povos da Ucrânia, do Iémen, da Palestina... A escalada armamentícia será sempre a solução para quem tem tudo a ganhar, já o prejuízo, caberá aos povos do mundo. Que caminho tão longo...

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Não é primeira vez que a presidente da Comissão se tem metido em problemas por causa de mensagens de texto «desaparecidas». Durante o seu tempo como ministra da Defesa alemã, um inquérito parlamentar sobre negócios bem pagos com consultores externos ouviu dizer que uma subordinada tinha apagado acidentalmente mensagens de texto do seu telefone oficial e que von der Leyen, por uma enorme coincidência, tinha ela própria apagado mensagens do seu próprio aparelho.

Também graças a isso, von der Leyen foi exonerada em 2020 pelo relatório final do inquérito, que constatou que oficiais militares superiores e funcionários do governo tinham cometido violações. No seu próprio testemunho para o inquérito, ela admitiu deficiências no tratamento dos acordos de consultoria por parte do Ministério, mas disse que as tinha abordado.

Aqui está em causa um negócio de 35 mil milhões de euros. A controvérsia gira em torno do terceiro contrato da Comissão para a vacina mRNA da BioNTech/Pfizer. Os dois contratos anteriores tinham garantido um total de até 600 milhões de doses. Mas este previa ir até às 1,8 mil milhões de doses, de longe o maior de todos os contratos assinados por Bruxelas. Previa a compra antecipada de 900 milhões de doses, com a opção de encomendar mais 900 milhões, para entrega em 2022 e 2023.

O contrato era significativo, tanto em termos de volume como de preço. De acordo com os detalhes vazados, as doses custaram 15,50 euros cada, no início, com o preço a subir, posteriormente, para 19,50 euros de acordo com o Financial Times, o que significa que o contrato teria um valor de cerca de 35 mil milhões de euros se fosse totalmente exercido. «É o maior contrato de vacinas da covid-19 assinado pela Comissão e dominará a carteira de vacinas da UE até ao final de 2023», observa o tribunal.

Apesar deste relatório, o tribunal não pode obrigar a Comissão a divulgar as informações em falta. Mas o Parlamento Europeu, através da sua comissão orçamental, pode expressar o seu descontentamento sobre o assunto.

No próximo mês, a Pfizer's Bourla está agendada para comparecer perante o painel sobre covid-19 do Parlamento Europeu. A presidente da comissão, a deputada socialista belga Kathleen van Brempt, disse, ao Politico, que também tenciona pedir ao tribunal que apresente as suas conclusões.

A falta de transparência, além disso, acrescenta mais combustível à percepção de que a UE está distante e no bolso das multinacionais.

«Basta olhar para a imagem: Tem um presidente da Comissão que faz pessoalmente um acordo com um CEO da Big Pharma e que mais tarde se recusa a divulgar os textos que conduzem a essa negociação», disse van Brempt, citada pelo site Politico.

Uma questão que se coloca aos eurodeputados, que têm vindo a clamar por uma maior transparência em torno das negociações de vacinas, é se os fabricantes de vacinas exerceram alguma pressão sobre os políticos para bloquear os apelos no sentido de alargar o acesso à propriedade intelectual necessária para fazer vacinas aos países mais pobres.

É uma questão importante para o Parlamento Europeu, que votou a favor de uma renúncia aos direitos de propriedade intelectual, enquanto a Comissão se manteve contrária à medida.

Investigações pagas pelos contribuintes, lucros milionários para os privados

Os Estados e a União Europeia estão a usar um duplo discurso. Na realidade, a realpolitik prevaleceu, em benefício das multinacionais dos medicamentos. Apesar da grande opacidade que envolve os «acordos de compra antecipada» de vacinas, os elementos desse negócios foram sendo conhecidos, apesar de políticos e empresários tudo terem feito para isso não acontecer.

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Esqueçam a humanidade, a opção da Pfizer é o lucro

Cento e dois mil milhões de dólares: as projecções da farmacêutica são ambiciosas, mas não impossíveis. Como atingir este valor? Basta excluir os pobres da equação, focando todo o negócio nos mais ricos.

CréditosJeff Pachoud / AFP via Getty Images

Os dados anunciados ontem terão certamente entusiasmado os accionistas. No último trimeste de 2021, a receita da Pfizer duplicou face às expectativas e as perspectivas para 2022 são ainda melhores: a empresa prevê arrecadar 54 mil milhões de dólares de receita através da venda da vacina contra a Covid-19, a que se juntam 22 mil milhões de dólares do novo anti-viral produzido pela empresa.

Estes resultados obscenos contrastam com o total abandono a que foram votadas, no acesso à vacina, as populações dos países mais pobres. Num comunicado à imprensa, Robbie Silverman, da Oxfam, organização não-governamental de luta contra a pobreza, denunciou o total desinteresse das farmacêuticas no apoio às pessoas mais fragilizadas.

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Nova variante da Covid-19 põe a nu as desigualdades na vacinação

A variante «nu» é considerada a mais perigosa de sempre e os cientistas põem a hipótese de não ser combatida pelas vacinas. A multiplicação de variantes resulta de apenas os países mais ricos estarem a vacinar as suas populações.

Sem vacinas, o combate à pandemia é mais difícil em África.
Créditos / ONU

Estão disponíveis treze vacinas para combater a Covid-19, mas a taxa de cobertura é muito desigual nas várias zona do planeta. Em África, as taxas de vacinação são ainda muito baixas. Nos Camarões, apenas 0,6% da população está totalmente vacinada, no Egipto 8%. Mas noutros continentes, mesmo tendo desenvolvido vacinas antes dos outros, não é sinónimo de adesão da população ou da eficácia da campanha de vacinação, como se pode ver na Rússia, em que apenas 32% da população está totalmente vacinada, e nos Estados Unidos, com os seus 58%.

Enquanto se verifica esta desigualdade que permite a multiplicação da doença e o aparecimento de novas variantes do vírus, o Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (CEPCD) recomendou uma terceira dose para toda a população adulta, com especial incidência nas pessoas com 40 anos ou mais, seis meses após a segunda injecção.

A última das variantes até à próxima

Os cientistas detectaram uma nova variante da Covid-19 classificada B.1.1.529, com origem na África do Sul. Existem até agora pouco mais de uma centena de casos, desta variante, confirmados na África do Sul, Hong Kong e Botswana. De acordo com o sistema de nomenclatura utilizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), a variante será identificada como «nu».

A variante B.1.1.529 tem uma combinação preocupante de mutações que os cientistas dizem poder tornar o vírus mais contagioso e ajudá-lo a fugir à resposta imunitária do corpo. Qualquer nova variante capaz de escapar à protecção vacinal ou de se espalhar mais rapidamente do que a actualmente predominante variante delta poderia ameaçar seriamente a saída global da pandemia.

A Organização Mundial da Saúde está reunida esta sexta-feira para avaliar esta nova variante. Determinará se se trata de uma variante de «preocupação» ou «interesse», relata o The Guardian. Decidirá também a designação oficial utilizando o alfabeto grego, tal como fez com as variantes anteriores. A próxima carta disponível é nu.

As primeiras indicações dos laboratórios de diagnóstico sugerem que a variante aumentou rapidamente na província de Gauteng, na África do Sul, e pode já estar presente nas outras oito províncias do país.

No seu relatório diário de casos confirmados a nível nacional, o Instituto Nacional de Doenças Transmissíveis da África do Sul (NICD, acrónimo em inglês) relatou 2465 novas infecções de Covid-19, quase o dobro do número do dia anterior. O NICD não atribuiu o aumento dos casos à nova variante, embora alguns dos principais cientistas locais suspeitem que é a causa.

A África do Sul confirmou cerca de 100 casos com a variante B.1.1.529, mas também foi encontrada no Botswana e em Hong Kong (na cidade asiática, a portadora é uma pessoa que chega da África do Sul). Os cientistas acreditam que até 90% dos novos casos em Gauteng podem ser causados pela variante B.1.1.529. Pelo menos um caso de infecção com esta variante também foi detectado em Israel.

Uma variante que pode escapar às vacinas

Os cientistas consultados descrevem nu como a pior variante desde o início da pandemia. Tem 32 mutações na proteína spicule, que por sua vez é a parte do vírus utilizada pela maioria das vacinas para treinar o sistema imunitário contra a Covid-19. Este número de mutações é cerca do dobro do número associado com a variante delta. As mutações nesta proteína podem afectar a capacidade do vírus de infectar as células e de se espalhar, mas também tornar mais difícil para as células imunitárias atacarem o agente patogénico.

A variante delta foi detectada pela primeira vez na Índia no final da década de 2020 e, desde então, espalhou-se por todo o mundo, levando a um aumento das taxas de infecção e de casos fatais. Outras variantes do coronavírus incluem alfa (detectada em Kent, Reino Unido), beta (primeiro detectada na África do Sul) e gama (detectada no Brasil). Após o declínio dos casos no Japão, foi sugerido que as variantes podem «sofrer uma mutação para fora da existência».

Europa suspende voos com África

A Comissão Europeia recomendou a suspensão dos voos para a África do Sul e outros destinos na região. Vários países europeus já suspenderam todas as ligações, incluindo a Alemanha e a Itália.

O Reino Unido também colocou a África do Sul, Namíbia, Lesoto, Botswana, Eswatini e Zimbabwe na sua lista vermelha de restrições de viagem, o que significa que os viajantes provenientes destas áreas serão proibidos, com poucas excepções, e quaisquer passageiros que cheguem ao Reino Unido terão de ser estritamente colocados em quarentena num hotel vigiado.

A Itália e a Alemanha vão proibir a entrada nos seus territórios de viajantes da África Austral devido à nova variante da Covid-19 detetada na África do Sul, anunciaram esta quinta-feira os ministros da saúde alemão e italiano.

E pelo menos quatro países – Áustria, Itália, Israel e Singapura – proibiram esta sexta-feira a entrada de viajantes provenientes de Moçambique, a par de outros países da África Austral, como medida de precaução devido à nova variante do coronavírus detetada na África do Sul.

Israel anunciou também que proibirá os seus cidadãos de viajar para a África Austral, uma restrição que afecta os mesmos seis países da lista vermelha do Reino Unido, mais Moçambique.

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«Os resultados divulgados pela Pfizer demonstram como a empresa fez uso do seu monopólio para enriquecer os seus accionistas à custa de quase metade da população mundial, que continua sem acesso às vacinas». 

É particularmente grotesco que empresas como a Pfizer dêem «prioridade aos lucros em vez de salvar vidas», isto enquanto milhares de pessoas em África morrem, todos os dias, de Covid-19. Como ficou patente no caso português, a maior parte destas mortes seria facilmente evitável, e para isso bastava a empresa querer, distribuíndo as vacinas. Têm a faca (os meios de distribuição) e o queijo (as vacinas) na mão.

Continuámos a permitir, à medida que a pandemia se foi agravando, que as farmacêuticas fossem pondo o lucro acima da nossa humanidade: «nenhuma corporação empresarial deve ter o direito a decidir quem vive e quem morre», afirmou Silverman.

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Mais uma vez, aplica-se a lei de ferro do capitalismo neoliberal: a socialização das perdas e a privatização dos lucros. Os laboratórios foram subsidiados em milhares de milhões de euros pelos Estados e pela Comissão Europeia - que pagaram mais de dois mil milhões durante o desenvolvimento das vacinas - para investigação e desenvolvimento e depois para a produção em massa das doses, limitando assim os riscos das empresas. No entanto, estes últimos mantêm o controlo sobre as patentes, negociam duramente os preços com os Estados.

Apesar da investigação ter sido em grande parte paga pelos governos, as grandes empresas privadas aumentaram o preço das vacinas a seu belo prazer. A Pfizer aumentou o preço da sua vacina covid-19 em mais de um quarto e a Moderna em mais de um décimo nos últimos contratos de fornecimento da UE, enquanto a Europa lutava contra as rupturas de fornecimento e as preocupações sobre os efeitos secundários dos produtos rivais.

Os grupos deverão gerar dezenas de milhares de milhões de dólares em receitas só no primeiro ano, à medida que assinam novos acordos com países ansiosos por garantir o fornecimento de potenciais vacinas contra a propagação das variantes altamente infecciosas do coronavírus.

Os termos dos acordos, celebrados num total de até 2,1 mil milhões de doses até 2023, foram renegociados após dados da fase experimental 3 terem demonstrado que as suas vacinas de ácido ribonucleico mensageiro tinham taxas de eficácia mais elevadas do que as doses mais baratas desenvolvidas por Oxford/AstraZeneca e Johnson & Johnson.

O novo preço de uma vacina Pfizer era de 19,50 euros, contra os 15,50 euros de anteriormente, de acordo com partes dos contratos vistos pelo Financial Times.

O preço de um jab Moderna era de 25,50 dólares por dose, os contratos aparecem, acima do que as pessoas familiarizadas com o assunto disseram ser cerca de 19 euros (22,60 dólares) no primeiro contrato de compra, mas inferior aos 28,50 dólares previamente acordados, porque a encomenda tinha crescido, de acordo com um funcionário próximo das negociações.

O funcionário disse, ao Financial Times, que as empresas tinham capitalizado no seu poder de mercado e implantado a «retórica farmacêutica habitual ... As vacinas funcionam, pelo que aumentaram o 'valor'».

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