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|indústria farmacêutica

Esqueçam a humanidade, a opção da Pfizer é o lucro

Cento e dois mil milhões de dólares: as projecções da farmacêutica são ambiciosas, mas não impossíveis. Como atingir este valor? Basta excluir os pobres da equação, focando todo o negócio nos mais ricos.

CréditosJeff Pachoud / AFP via Getty Images

Os dados anunciados ontem terão certamente entusiasmado os accionistas. No último trimeste de 2021, a receita da Pfizer duplicou face às expectativas e as perspectivas para 2022 são ainda melhores: a empresa prevê arrecadar 54 mil milhões de dólares de receita através da venda da vacina contra a Covid-19, a que se juntam 22 mil milhões de dólares do novo anti-viral produzido pela empresa.

Estes resultados obscenos contrastam com o total abandono a que foram votadas, no acesso à vacina, as populações dos países mais pobres. Num comunicado à imprensa, Robbie Silverman, da Oxfam, organização não-governamental de luta contra a pobreza, denunciou o total desinteresse das farmacêuticas no apoio às pessoas mais fragilizadas.

«Os resultados divulgados pela Pfizer demonstram como a empresa fez uso do seu monopólio para enriquecer os seus accionistas à custa de quase metade da população mundial, que continua sem acesso às vacinas». 

É particularmente grotesco que empresas como a Pfizer dêem «prioridade aos lucros em vez de salvar vidas», isto enquanto milhares de pessoas em África morrem, todos os dias, de Covid-19. Como ficou patente no caso português, a maior parte destas mortes seria facilmente evitável, e para isso bastava a empresa querer, distribuíndo as vacinas. Têm a faca (os meios de distribuição) e o queijo (as vacinas) na mão.

Continuámos a permitir, à medida que a pandemia se foi agravando, que as farmacêuticas fossem pondo o lucro acima da nossa humanidade: «nenhuma corporação empresarial deve ter o direito a decidir quem vive e quem morre», afirmou Silverman.

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