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Vietname defende diálogo sem ingerências na Venezuela

A presidente da Assembleia Nacional, Nguyen Thi Kim Ngan, defendeu o diálogo entre venezuelanos, tendo como base a Constituição e sem ingerências externas, como via para solucionar a situação no país.

A presidente da Assembleia Nacional do Vietname, Kim Ngan, lembrou, ao receber Diosdado Cabello, que o seu país também sofreu um forte bloqueio e conseguiu superá-lo, com mais produção
Créditos / noticias24.com

«Apoiamos o processo constituinte democrático na Venezuela, sob a liderança do presidente Nicolás Maduro, em prol de um desenvolvimento próspero», disse Kim Ngan esta segunda-feira, ao receber Diosdado Cabello, primeiro vice-presidente do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) e presidente da Assembleia Nacional Constituinte.

Em nome do Partido Comunista e do Estado, a líder do Parlamento vietnamita expressou o desejo de que as forças políticas do país sul-americano dialoguem e encontrem soluções de longo prazo, tendo como base a Constituição, informa a Prensa Latina.

A também dirigente do Partido Comunista do Vietname (PCV) manifestou ainda a disposição do seu país para partilhar com Caracas experiências ao nível do desenvolvimento socioeconómico, especialmente na área da produção agrícola.

Por seu lado, Diosdado Cabello expôs os desafios que a Venezuela enfrenta no meio das campanhas crescentes da oposição, com a ajuda externa, para estrangular a economia e isolar politicamente e derrubar o governo legítimo de Maduro, contra a vontade da maioria do povo.

Avançar para nova etapa das relações bilaterais

O dirigente do PSUV elogiou os avanços da economia e da sociedade vietnamitas, e deixou clara a vontade do seu país em reforçar os laços de amizade com o país asiático, avançando para uma nova etapa das relações bilaterais de cooperação económica e de solidariedade, quando se aproxima o 30.º aniversário das relações diplomáticas Vietname-Venezuela.

Kim Ngan, que saudou a presença no Vietname de Cabello e dos demais elementos que integram a delegação venezuelana, recordou «com prazer o comandante Hugo Chávez e a denominada Operação Van Troi, executada há décadas por movimentos de esquerda do país bolivariano», refere a VTV.

Disse ainda: «Nós também estivemos no vosso lugar; depois da guerra, sofremos um forte bloqueio, e isso obrigou-nos a melhorar a produção, ao ponto de hoje podermos dizer que somos um dos grandes exportadores de arroz. Assim, tenho a certeza de vocês também conseguirão [vencer].»

Durante a sua permanência no Vietname, a delegação liderada por Cabello manteve encontros com diversos representantes vietnamitas, nomeadamente no Ministério dos Negócios Estrangeiros, na Academia Nacional de Política Ho Chi Minh e na União de Organizações de Amizade do Vietname.

Também visitou o Instituto de Investigação de Cultivos e Zonas de Desenvolvimento Agrícola, na província nortenha de Hai Duong.

Visita também à República Popular Democrática da Coreia

A chegada da delegação venezuelana ao Vietname, no sábado passado, foi precedida por uma visita «com sucesso» à Coreia do Norte, para também ali «reforçar os laços políticos e diplomáticos», indica a TeleSur.

Em Piongyang, Diosdado Cabello entregou ao líder norte-coreano, Kim Jong-un, uma carta enviada pelo presidente da República Bolivariana da Venezuela, Nicolás Maduro, tendo sido ainda recebido por Pak Thae Song, presidente da Assembleia Popular, e mantido encontros com várias outras personalidades.

No Grande Monumento Mansudae, também na capital norte-coreana, o presidente da ANC prestou tributo aos antigos líderes Kim Il Sung e Kim Jong-Il, tendo depositado flores junto às estátuas que a ambos representam.

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