O programa surgiu de uma parceria entre a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Gavi, Aliança Global de Vacinas, tendo até hoje distribuído mais de 95 milhões de doses a países em desenvolvimento. A Venezuela tem procurado participar enquanto parceiro autofinanciador, pagando estas vacinas do seu próprio bolso.
As dificuldades não são de agora. O pagamento de 120 milhões de dólares referente à aquisição de 11 milhões de doses foi feito há alguns meses mas o bloqueio económico imposto pelos Estados Unidos da América (EUA) ao país latino-americano levou ao seu congelamento pelo banco Suíço UBS.
As sanções começaram a ser aplicadas em 2015, mas têm aumentado exponencialmente ao longo dos últimos anos. Em 2019, os EUA anunciaram novas medidas que envolviam a apreensão de todos os bens do Estado Venezuelano depositados em contas internacionais, exacerbando as situações de carências e pobreza sentidas em alguns sectores.
Em declarações ao país no passado domingo, o presidente da república bolivariana exigiu a entrega imediata das vacinas ou, em alternativa, a devolução por inteiro dos muitos milhões pagos pelo povo venezuelano para prosseguir os seus esforços de vacinação.
Nicolás Maduro afirmou ainda que há mais de oito semanas que não havia, da parte da COVAX, qualquer ponto de situação acerca das vacinas e do dinheiro congelado, deixando milhões de cidadãos venezuelanos vulneráveis à doença e à sua propagação no país exclusivamente por motivações políticas.
Foi assinado um protocolo de cooperação com Cuba que resultará na entrega de 12 milhões de doses da vacina Abdala, que já está a ser distribuída e utilizada na Venezuela.
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