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Cientista italiano passou a ser docente convidado em Havana e agradeceu a Cuba

Fabrizio Chiodo, doutor em Ciências, foi distinguido com a categoria de professor convidado da Universidade de Havana por participar no desenvolvimento de vacinas anti-Covid do Instituto Finlay.

O cientista italiano Fabrizio Chiodo e a reitora da Universidade de Havana, Miriam Nicado 
CréditosEmilio Herrera / Prensa Latina

Numa cerimónia realizada na Aula Magna esta quinta-feira, Miriam Nicado, reitora da Universidade de Havana, leu a resolução que aprovou o reconhecimento ao investigador italiano, que, juntamente com cientistas do Instituto Finlay de Vacinas (IFV) e especialistas da universidade, desenvolveu o projecto das vacinas contra a Covid-19.

«A aliança com o doutor Vicente Verez Bencomo (director do IFV) e a sua equipa de trabalho dinamizou projectos conjuntos orientados para o desenvolvimento de vacinas e estudos imunológicos de tipo conjugados», refere o texto, citado pela Prensa Latina.

Por seu lado, Verez Bencomo destacou Chiodo como um defensor da ciência cubana em cenários internacionais, bem como o sentimento de solidariedade que partilham e a premissa de colocar a biotecnologia ao serviço do povo – valores formados numa casa comunista, disse.

Bencomo recordou que no início da pandemia, no ano passado, o cientista italiano viajou até à Ilha para dar o seu contributo para as investigações das candidatas Soberana 01, Soberana 02 e Soberana Plus, e com o firme propósito de se imunizar com uma delas e não com outro fármaco de produção internacional.

«Pela minha parte, obrigado», disse Chiodo a Cuba

Fabrizio Chiodo, que, além de ser cientista, dá aulas na Faculdade de Química da Universidade de Havana, agradeceu a categoria docente que lhe foi atribuída e reafirmou o seu compromisso com a ciência cubana, que, em seu entender, é a melhor do mundo.

«Pela minha parte, obrigado; digo-lhes sempre em todos estes anos de trabalho», declarou Chiodo depois de ser distinguido.

Fabrizio Chiodo agradeceu a Cuba no discurso que proferiu na Aula Magna / Emilio Herrera / Prensa Latina  

Lembrou a sua incompreensão, desde criança, pela diferença de classes sociais, pela razão de uns terem casa e outros não, ou como um país como Cuba, bloqueado pelo governo dos Estados Unidos durante mais de 60 anos, se distingue internacionalmente por conceber, desenvolver e produzir vacinas sintéticas para proteger a população.

«Cuba neste ano, um país bloqueado, foi capaz de conceber, desenvolver e produzir vacinas como as do IFV (Soberana 01, Soberana 02 e Soberana Plus)», disse, destacando o nível profissional e humano dos cientistas cubanos, ao recapitular a sua trajectória por sete laboratórios em quatro países, e o engano do capitalismo como sistema, por não ter em conta os mais humildes do mundo.

«É excepcional o nível que têm, e por isso são capazes de criar vacinas como estas, e isso é o que me motiva a continuar a participar noutros projectos», frisou, acrescentando que o impacto social destas investigações vai mais além de publicações científicas e de estatísticas; daí o seu empenho em defender a ciência cubana em qualquer lugar.

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