A greve no sector e as mobilizações que ontem tiveram lugar no Uruguai estiveram agendadas para o passado dia 2, mas foram adiadas pela Confederação dos Sindicatos Industriais (CSI) em virtude do alerta de mau tempo.
Seja como for, as reivindicações chegaram intactas a esta terça-feira, com centenas de trabalhadores uruguaios nas ruas a dizerem «não» à fome e à precariedade, a defender o emprego de qualidade e os salários, a negociação colectiva e as empresas públicas, noticia a TeleSur.
Marcelo Abdala, secretário-geral do Plenário Intersindical dos Trabalhadores – Convenção Nacional dos Trabalhadores (PIT-CNT), sublinhou a necessidade da organização dos trabalhadores para se defenderem, bem como a filiação dos diversos sindicatos do sector da indústria na CSI, porque, defendeu, unidos têm mais força e impacto.
Abdala disse ainda que o governo de Luis Lacalle Pou está a promover novos cortes salariais no âmbito de uma ofensiva contra os trabalhadores, os sindicatos e as empresas públicas.
O sector industrial, denunciaram os trabalhadores, é um dos mais atingidos pela actual crise e tem sido prejudicado nos últimos anos por falta de políticas que o defendam.
A paralisação desta terça-feira e a manifestação na capital uruguaia incluem-se nas acções de luta que antecedem a greve geral convocada pela central sindical PIT-CNT para dia 15 deste mês, que conta já com uma grande adesão de sindicatos.
O objectivo é realizar uma «jornada histórica» contra a política neoliberal de Lacalle Pou. Em causa estão a defesa do trabalho e dos salários, dos direitos à habitação, à saúde e à educação pública.
Contra a fome e a precarização do trabalho, o PIT-CNT aposta na defesa das empresas públicas e denuncia a alienação do património do Estado.