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Pobreza no México com o nível mais baixo em 40 anos, destaca Sheinbaum

Dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística e Geografia (Inegi) indicam que, entre 2018 e 2024, 13,4 milhões de pessoas saíram da pobreza no México. Sheinbaum qualificou o facto como uma «façanha».

Claudia Sheinbaum na inauguração da Unidade de Medicina Familiar 93, em Ecatepec, a 17 de Agosto de 2025 Créditos / La Jornada

A presidente do México, Claudia Sheinbaum, referiu-se aos dados sobre a pobreza apontados pelo Inegi como uma «façanha», tendo afirmado que o nível de pobreza no país é o mais baixo em 40 anos graças ao modelo de desenvolvimento da Quarta Transformação – que começou a ser implementado durante a administração de Andrés Manuel López Obrador.

De acordo com o Inegi, em 2024 havia no México 38,5 milhões de pessoas em situação de pobreza, quando, em 2018, eram 51,9 milhões. O organismo informou que, para aferir a «pobreza multidimensional» no país norte-americano, utilizou como base não apenas os rendimentos económicos, mas também indicadores de acesso a direitos sociais (como habitação, educação e cuidados de saúde) ou a alimentação.

Sheinbaum abordou o tema este domingo, em Ecatepec, um dos municípios com maiores carências no estado do México, onde foi inaugurar a Unidade de Medicina Familiar 93 Cerro Gordo, indica o La Jornada.

«Há quem não esteja de acordo com a Quarta Transformação [4T] e não queira reconhecer este resultado», disse a presidente em jeito de crítica, sublinhando que esta conquista resulta da transformação do modelo de desenvolvimento nacional, centrado na redistribuição da riqueza e no direccionamento dos recursos públicos para as camadas mais necessitadas.

Na presença de pessoal médico e administrativo, de funcionários federais e locais, Sheinbaum reiterou que o facto de, entre 2018 e 2024, terem saído da pobreza 13,4 milhões de pessoas no México é «uma façanha da 4T».

Também destacou o facto de, no mesmo período, ter diminuído significativamente a desigualdade económica, com a diferença entre os rendimentos mais elevados e os mais baixos a passar de 38 vezes para 14, de acordo com o Inquérito Nacional de Rendimento e Despesa das Famílias.

Depois da vaga privatizadora neoliberal, recuperar os direitos para o povo mexicano

«Durante 40 anos, a pobreza no nosso país não havia realmente diminuído; pelo contrário, aumentou. Hoje, a percentagem da população em situação de pobreza é a mais baixa em quatro décadas, o que significa que as pessoas vivem com mais bem-estar», afirmou.

Sheinbaum atribuiu estas mudanças ao novo modelo de desenvolvimento promovido pela Quarta Transformação, iniciado com o governo de Andrés Manuel López Obrador e a que a sua administração deu sequência.

Estes avanços foram possíveis – destacou – graças ao aumento «histórico» do salário mínimo, à criação e consolidação de programas universais de bem-estar, e ao crescimento do investimento público e privado, do qual resultou a criação de um recorde de emprego estável no país.

A presidente mexicana lembrou que, durante mais de três décadas, o México seguiu «um modelo neoliberal», vigente de 1982 a 2018, que afirmava a superioridade de tudo o que fosse privado, e que promoveu a entrega ao sector privado da saúde, da educação e da segurança social.

Em contraste com a perspectiva neoliberal, Sheinbaum destacou que a educação e a saúde são direitos fundamentais dos mexicanos, consagrados na Constituição.

«Estamos empenhados em recuperar esse acesso aos direitos do povo do México», afirmou.

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