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Com Israel dentro, Espanha, Irlanda e Países Baixos saem do Eurovisão 2026

A medida, ameaçada em Setembro, concretizou-se após os membros da União Europeia de Radiodifusão terem decidido pela participação de um país promotor de genocídio. 

A emissora espanhola RTVE, a irlandesa RTÉ e neerlandesa Avrotros anunciaram a não participação dos seus países na competição do próximo ano. Em causa está a falta de transparência e de neutralidade na aplicação de sanções, já que a invasão à Ucrânia em 2022 retirou de imediato a Rússia do festival e os mais de dois anos de genocídio na Palestina não deram nenhuma penalização a Israel. 

A possibilidade da saída da Espanha do Festival Eurovisão da Canção já havia sido anunciada em Setembro, juntamente com outros sete países, devido a objecções à participação israelita. Mas a confirmação só ocorreu esta quinta-feira, após a União Europeia de Radiodifusão (UER) confirmar, em assembleia-geral, a permanência de Israel no concurso, ignorando os apelos daqueles países.

No discurso proferido na assembleia-geral da UER, o secretário-geral da RTVE, Afonso Morales, afirmou reconhecer e valorizar as medidas já adoptadas pela UER, no entanto, disse, «consideramos que estas medidas são insuficientes». As medidas referidas são um conjunto de alterações, que serão aplicadas na próxima edição do evento, sobre os mecanismos de votação do concurso, sem nunca discutirem a saída de Israel.

Em 2026, as estações públicas de Espanha, Irlanda e Países Baixos não vão transmitir o festival da Eurovisão, que acontecerá em Viena, na Áustria.

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