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Síria exige retirada das tropas turcas do seu território

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Síria enviou duas cartas às Nações Unidas nas quais condena os «crimes e ataques» da Turquia contra o povo sírio, bem como a violação da soberania e integridade territorial da Síria.

Tropas e tanques turcos em Karkamis (província de Gaziantep), junto à fronteira com a Síria, quando do início da operação Escudo do Eufrantes
Tropas e tanques turcos em Karkamis (província de Gaziantep), junto à fronteira com a Síria, quando do início da operação Escudo do EufrantesCréditosUmit Bektas / RT

Nas missivas, enviadas ao secretário-geral da ONU e ao actual presidente do Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU), as autoridades sírias manifestam o seu descontentamento com as acções da Turquia no seu território e solicitam ao CSNU que exerça a sua influência junto de Ancara por forma a acabar com os «crimes e ataques contra o povo sírio e as violações da integridade e unidade do território da Síria».

Neste sentido, o Ministério dos Negócios Estrangeiros sírio pede ao CSNU que assuma as suas responsabilidades, mantendo a paz e a segurança a nível internacional, informa a agência SANA.

As autoridades de Damasco afirmam que a «agressão» da Turquia «contra a Síria» se prolonga há cinco anos e que nela se inclui «o fornecimento de vários tipos de apoio militar, material e logístico às organizações terroristas», bem como «a autorização à passagem de militantes estrangeiros» para a Síria.

Ataque turco em Al-Bab

Esta denúncia surge depois de, ontem, a SANA ter dado conta de que 24 pessoas, incluindo 11 crianças com menos de seis anos e oito mulheres, foram mortas na sequência de ataques aéreos e da artilharia turca a bairros residenciais da cidade de Al-Bab (Nordeste da província de Alepo).

Na mesma nota, a agência noticiosa refere que este é o mais recente de vários ataques perpetrados pelas forças militares turcas na zona de Al-Bab, precisando que, a 11 de Janeiro, nove pessoas foram mortas e 57 ficaram feridas após ataques das forças turcas às cidades de Al-Bab, Baza'a e Tadef; a 23 de Dezembro, outros dois ataques a Al-Bab terão provocado a morte a pelo menos 88 civis.

Por seu lado, os militares turcos disseram hoje que estão à beira de conquistar Al-Bab, em poder de militantes do Estado Islâmico (EI), refere a RT. No entanto, de acordo com a Reuters, os terroristas ainda mantêm 90% da cidade sob controlo.

Esta ofensiva sobre Al-Bab integra-se na operação Escudo do Eufrates, que a Turquia iniciou a 24 de Agosto do ano passado, no Norte da Síria.

Conversações com a Turquia «impossíveis»

Bashar Ja'afari, representante permanente da Síria junto das Nações Unidas e chefe da delegação do Governo sírio nas conversações de paz que têm estado a decorrer em Astana, capital do Cazaquistão, disse à agência russa Interfax que seria «impossível» haver conversações directas entre Ancara e Damasco, tanto em Astana como em Genebra (onde também vão decorrer negociações de paz), a não ser que a Turquia retire as suas forças do território sírio e ponha fim à ocupação.

Nas conversações sobre o cessar-fogo, em Astana, Ja'afari já tinha criticado de forma veemente o comportamento da Turquia, acusando-a de ser «incendiário» e «bombeiro» ao mesmo tempo, e instando-a a tomar «medidas decididas» com vista ao encerramento da sua fronteira com a Síria, para parar «o influxo de terroristas», informa a RT.

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