«Cerca das 5h desta segunda-feira, o inimigo israelita lançou uma agressão a partir do Sul de Beirute, disparando mísseis contra diversas posições nos arredores de Damasco», informou o Ministério sírio da Defesa em comunicado.
O texto, citado pela SANA, refere que as baterias da defesa anti-aérea entraram em acção e derrubaram a maioria dos mísseis. No entanto, o impacto de outros provocou a morte de dois civis e danos materiais.
Trata-se do sexto ataque israelita levado a cabo por Israel contra território sírio em 2022. O anterior ocorreu a 24 de Fevereiro, tendo provocado três baixas entre militares do Exército Árabe Sírio, também nas imediações da capital.
O governo sírio tem condenado estas acções, que encara como forma de desestabilizar o país e de apoiar o terrorismo (também económico), e tem denunciado o silêncio das Nações Unidas, sublinhando o seu direito a defender a integridade territorial e soberania nacional face ao «inimigo israelita» por todos os meios.
Ataque do Daesh contra autocarro militar perto de Palmira
Pelo menos 13 soldados sírios perderam a vida e outros 18 ficaram feridos na sequência de um «ataque terrorista com vários tipos de armas», perpetrado este domingo, cerca das 13h30, informou a agência SANA, com base em fontes militares.
O ataque ocorreu a leste do complexo da Terceira Estação Petrolífera, no município de Palmira, na região desértica da província de Homs, e foi levado a cabo por células do Daesh. Num ataque semelhante, em Janeiro, pelo menos cinco soldados foram mortos e duas dezenas ficaram feridos.
Um desertor capturado admitiu ter sido treinado e pago pelos EUA, e que os «militantes» foram enviados para o Eufrates para realizar acções de sabotagem. Quem quer ganhar mais vai para Hasaka ou Idlib. As tropas de ocupação norte-americanas, que controlam uma área de 55 quilómetros em redor da base ilegal de al-Tanf, no Sul da Síria, têm sido reiteradamente acusadas por Damasco e Moscovo de impedir a saída dos refugiados daquela região, em particular do campo de Rukban. Além disso, os russos chegaram a chamar à zona estratégica que circunda al-Tanf – onde se juntam as fronteiras da Síria, da Jordânia e do Iraque – um «grande buraco negro», uma zona controlada pela coligação liderada pelos norte-americanos, onde, acusa Moscovo, operam e são treinados combatentes terroristas. As informações agora veiculadas pela imprensa – agências Sputnik, TASS e Prensa Latina e os portais Fort Russ e News Front, entre outros –, com base no depoimento de um desertor capturado em Fevereiro, vêm confirmar as acusações russas. Sultan Aid Abdella Souda, preso como desertor pelos serviços secretos do Exército Árabe Sírio (EAS) ao tentar regressar a território controlado pelo governo, afirmou que, em 2016, se juntou ao grupo jihadista Maghawir al-Thawra, tendo sido treinado por instrutores norte-americanos em «actividades subversivas». No depoimento – gravado em vídeo pelos militares sírios, que o puseram à disposição da imprensa russa e síria –, Souda revelou que eram os «americanos» que planeavam as operações e que pagavam aos «militantes» um salário mensal de 500 dólares. Quanto às armas, «não havia problemas: eram-nos fornecidas pelos próprios militares norte-americanos. Foram importadas através da Arábia Saudita e da Jordânia», disse o desertor do EAS, precisando que eram de fabrico chinês ou de países da NATO. «Depois de treinados pelos instrutores norte-americanos, eles [os terroristas] eram enviados para o Leste, para o Eufrates, para levar a cabo acções de sabotagem, sobretudo em instalações petrolíferas e infra-estruturas controladas pelo governo, para intimidar as pessoas e causar danos», revelou Souda, citado pelo portal fort-russ.com. Souda afirmou não saber o que se passou, mas, a dada altura, os norte-americanos «reduziram os fundos» e disseram aos jihadistas que, «se queriam ganhar mais, tinham de realizar operações fora da zona de 55 quilómetros» em redor da base ilegal de al-Tanf. «Alguns militantes foram enviados para a província de Hasaka, outros para a de Idlib», acrescentou o antigo coronel agora detido pelas forças de segurança sírias, deixando assim claro o envolvimento dos EUA com as forças terroristas que o EAS e seus aliados combatem, com vista à libertação do país levantino. De acordo com a Sputnik, Souda desertou em 2013 na sequência de ameaças contra a sua família por parte do Daesh e, em 2016, começou a colaborar com os militares dos EUA, tornando-se um comandante de um ponto de apoio em al-Tanf. Em Dezembro de 2019, foi preso, por um período de 58 dias, por usar o telemóvel no território da base militar ilegal norte-americana, que decidiu abandonar posteriormente, com a sua família, revela a mesma fonte. Preso pelos serviços secretos militares sírios, facultou informação sobre grupos armados ilegais, a quantidade de pessoal e armas na base norte-americana, e a localização de algumas instalações importantes. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.Internacional|
Síria: desertor revela mais detalhes do envolvimento dos EUA com terroristas
Terroristas treinados e pagos pelos EUA
De al-Tanf para Hasaka e Idlib
Contribui para uma boa ideia
Há muito que Damasco e Moscovo acusam as forças norte-americanas ilegalmente presentes na região de al-Tanf, junto à fronteira com o Iraque e a Jordânia, de treinarem, protegerem, darem apoio logístico e informações aos terroristas para atacar o Exército Árabe Sírio e os seus aliados, bem como comunidades civis que vivem na extensa região desértica do país.
Por diversas vezes, terroristas capturados pelo Exército confirmaram que são treinados na zona de estratégica de al-Tanf – a que os russos chegaram a chamar um «grande buraco negro» –, sendo as suas células activadas nas províncias de Deir ez-Zor e Homs.
Desde que o Daesh foi derrotado na Síria e perdeu força no terreno – também no Iraque –, existem também múltiplos registos de transporte de terroristas de umas zonas para outras e de entrega de armamento por parte dos EUA.
Envio de mercenários para a Ucrânia a partir de zonas controladas pela Turquia
No sábado, a Prensa Latina noticiou que grupos extremistas apoiados pelo governo turco tinham começado a recrutar, no Norte da província de Alepo, «irregulares» que queiram ir para a Ucrânia lutar contra as tropas russas.
O correspondente da mesma agência na Síria, Fady Marouf, revelou, este domingo, que se confirma o envolvimento de vários serviços secretos no recrutamento de terroristas na Síria para o combate às tropas russas na Ucrânia.
Pelo menos 60 terroristas, membros do Daesh, foram transportados este domingo pelas forças norte-americanas para a base de al-Shadadi, informaram a TV nacional e a agência SANA. Os terroristas foram levados para a base ilegal que os Estados Unidos detêm a sul da cidade de al-Shadadi, na província de Hasaka, em dois helicópteros de transporte de soldados. Na base, os extremistas são treinados para depois levarem a cabo acções que respondem aos planos e interesses de Washington, segundo refere a TV síria – a que a Prensa Latina faz referência. As fontes, incluindo a agência SANA, acrescentam que o grupo foi retirado da prisão de Nafkar (na cidade de Qamishli), que é controlada pelas chamadas Forças Democráticas Síria (FDS), anti-Damasco e apoiadas por Washington. Cerca de 48 horas após um ataque aéreo, os EUA fizeram entrar nova caravana de abastecimento na Síria, onde reorganizam a presença do Daesh. Israel voltou a lançar novo ataque com mísseis sobre Damasco. Depois do ataque decretado por Joe Biden e perpetrado na quinta-feira à noite contra elementos das Unidades de Mobilização Popular iraquianas – força da resistência anti-imperialista e antiterrorista – junto à localidade de al-Bukamal (província síria de Deir ez-Zor), as forças militares norte-americanas transportaram este domingo uma dezena de membros do Daesh da base ilegal de al-Shadadi (província de Hasaka) para a região desértica de al-Badia, em Deir ez-Zor, noticiou a agência SANA. A mesma fonte refere que os terroristas foram retirados no passado dia 26 de uma prisão em Hasaka à guarda das chamadas Forças Democráticas Sírias (FDS), maioritariamente curdas e aliadas dos EUA no controlo dos campos petrolíferos e de gás no Norte e Nordeste do país árabe. A chamada coligação internacional, liderada pelos EUA, encontra-se na Síria, alegadamente para lutar contra o Daesh, desde Setembro de 2014, sem autorização do governo sírio ou um mandato das Nações Unidas. As notícias sobre o apoio directo e indirecto de Washington a grupos terrorristas na Síria têm-se sucedido ao longo dos anos, assim como as denúncias de Damasco e Moscovo, sustentadas também por depoimentos de desertores. Ainda este domingo, as forças de ocupação norte-americanas fizeram entrar a partir do Iraque uma nova caravana na Síria, através da passagem fronteiriça ilegal de al-Walid. De acordo com a agência SANA, era composta por 23 viaturas, carregadas com equipamento e material logístico, que se destina às bases militares ilegais que os EUA possuem na província de Hasaka, rica em recursos petrolíferos. As baterias da defesa anti-aérea do Exército Árabe Sírio entraram novamente em acção, ontem à noite, para fazer frente a mais um ataque israelita com mísseis, desta vez contra o Sudeste de Damasco, indica a SANA. Fontes militares revelaram que a agressão do «inimigo israelita» teve início às 22h16 (hora local), com mísseis disparados a partir dos Montes Golã ocupados. O ataque durou cerca de dez minutos e a maioria dos projécteis foi derrubada. As agressões sionistas contra território sírio são frequentes. Recentemente, a imprensa síria destacou que estão a ocorrer num momento em que as forças militares sírias, apoiadas por unidades populares e forças de países aliados, lançaram uma ofensiva no deserto contra elementos do Daesh. O governo sírio condenou o silêncio das Nações Unidas perante estas acções – mais de 50 só em 2020 –, tendo sublinhado que Israel e os Estados Unidos apoiam directamente os grupos terroristas no país, em particular o Daesh, para desestabilizar as regiões que foram libertadas. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. A maioria do grupo agora transportado para a base de al-Shadadi tem nacionalidade iraquiana, saudita e tunisina, e entre eles figuram os líderes da organização responsáveis pela doutrinação, as prisões e ainda pela «Polícia» em Deir ez-Zor, refere a SANA. Os militares norte-americanos transportaram de helicóptero nos últimos meses centenas de extremistas para as suas bases no Nordeste da Síria, que, denuncia o governo de Damasco, têm como missão desestabilizar as zonas controladas pelas autoridades, atacando unidades do Exército, civis, além de infra-estruturas ligadas ao petróleo e ao gás. O Ministério sírio do Petróleo e das Riquezas Minerais anunciou a conclusão das obras de reparação do Gasoduto Árabe, que na sexta-feira foi alvo de um atentado com explosivos reivindicado pelo Daesh. O ministério referiu que as equipas técnicas conseguiram reparar as tubagens em menos de 24 horas, restabelecendo o abastecimento de gás às centrais eléctricas no Sul do país, informou a SANA. O Daesh ou Estado Islâmico reivindicou a acção de sabotagem, que fez explodir o gasoduto entre as centrais eléctricas de Tishreen e Deir Ali, além de dois duas torres de alta tensão, na região de Harran al-Awamid, a sudeste de Damasco. As infra-estruturas sírias ligadas ao gás, ao petróleo e à electricidade foram alvo de múltiplos atentados, por parte de forças terroristas, desde o início da guerra de agressão, em 2011, O governo sírio atribui os ataques recentes a potências hostis, que dessa forma pretendem impedir a recuperação do país. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.Internacional|
EUA transportam dezenas de elementos do Daesh para base ilegal na Síria
Internacional|
EUA aumentam presença no Nordeste da Síria
Defesa anti-aérea síria intercepta mísseis israelitas perto de Damasco
Contribui para uma boa ideia
Autoridades anunciam conclusão da reparação de gasoduto sabotado por terroristas
Contribui para uma boa ideia
O recrutamento está a ser feito também na província de Idlib, envolvendo diversos grupos terroristas, como a Junta para a Libertação do Levante, afirma a fonte, que confirma que 370 jihadistas turcomenos, uigures e bengalis passaram a fronteira para a Turquia, tendo sido daí transportados para a Ucrânia.
Também refere que mais 400 combatentes apoiados pela Turquia «se preparam actualmente para viajar para a Roménia ou a Polónia e, dali, para regiões ucranianas». Na sua maioria, estes já têm experiência como mercenários nas guerras da Líbia e na região de Nagorno-Karabakh, disputada entre Arménia e Azerbaijão.
Vários grupos extremistas que operam no Norte da Síria celebraram contratos mensais para combater que oscilam entre os 250 e os 400 dólares, refere o jornalista, acrescentando que, entre mercenários leais a Washington e a Ancara, o número de terroristas transferidos da Síria para a Ucrânia pode chegar a 10 mil nas próximas semanas.
Contribui para uma boa ideia
Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.
O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.
Contribui aqui