«A Síria tem o direito a recorrer a todos os meios para eliminar o terrorismo e recuperar os seus territórios ocupados, em particular os Montes Golã ocupados», lê-se na declaração final do Gabinete Permanente da União de Advogados Árabes, que encerrou este sábado as reuniões recentemente realizadas em Damasco.
No documento aprovado, os participantes condenam a ocupação de qualquer parte do território sírio pelas potências coloniais, bem como o seu apoio aos grupos terroristas, e pedem à comunidade internacional que pressione os países ocupantes e force a sua retirada da Síria, noticia a agência SANA.
Os participantes nos encontros condenaram ainda o corte de água na região de Hasaka, de há um ano para cá, por parte do ocupante turco, que afecta mais de um milhão de sírios – situação que qualificaram como um crime contra a humanidade e uma violação do direito internacional.
Também exigiram o levantamento do bloqueio «injusto» imposto à Síria pelos Estados Unidos e seus aliados, e fizeram um apelo aos governos árabes para que rejeitem a política de sanções, tendo solicitado à Liga Árabe que devolva à Síria o seu lugar natural no organismo.
A este propósito, a declaração aprovada afirma que «o caminho correcto à frente na nação árabe assenta na acção conjunta, no desenvolvimento de relações árabe-árabe e no trabalho com vista a uma integração económica, política e militar».
Sobre o que foi alcançado no país levantino até agora, os advogados árabes afirmam que «o triunfo da Síria sobre a agressão se concretizou graças à união entre povo, Exército e líderes sírios, e constitui um capítulo da luta árabe contra o colonialismo e os seus partidários».
A declaração final afirmou que a causa da Palestina é a questão «principal e central» dos árabes, sublinhando que os «crimes» perpetrados pelos «bandos sionistas contra o povo palestiniano sob a ocupação visam liquidar a causa e vergar a sua vontade».
Participaram nos encontros representantes da União de Advogados Árabes de Líbano, Iraque, Jordânia, Palestina, Sudão, Marrocos, Tunísia e Egipto.
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