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Senado brasileiro leva Dilma a julgamento

O Senado brasileiro deu mais um passo, na madrugada desta quarta-feira, em direcção à destituição da presidente eleita Dilma Rousseff, aprovando, por 59 votos contra 21, o parecer favorável à continuidade do processo.

Numa longa sessão plenária, o Senado brasileiro aprovou o parecer do relator Antonio Anastasia, levando assim a presidente eleita a julgamento
Numa longa sessão plenária, o Senado brasileiro aprovou o parecer do relator Antonio Anastasia, levando assim a presidente eleita a julgamentoCréditosPressTV

Na sessão, que se prolongou por mais de 16 horas, a maioria dos senadores brasileiros decidiu levar a julgamento a presidente Dilma Rousseff, que tem o mandato suspenso desde 12 de Maio.

Enquanto várias cidades brasileiras eram palco de grandes manifestações contra o presidente interino, que os manifestantes acusam de golpista, e as políticas sociais e económicas que tem vindo a implementar, no Senado a maioria votou a favor do parecer do relator Antonio Anastasia, do Partido Social Democrata Brasileiro (PSDB), que é favorável à continuidade do processo contra Dilma Rousseff e cujo relatório já fora aprovado pela Comissão Especial do Impeachment no dia 4 de Agosto.

No relatório, Dilma Rousseff é acusada de ter cometido o crime de responsabilidade, por alegada prática de manobras fiscais com o propósito de melhorar as contas públicas e por autorizar despesas que não estavam previstas no orçamento.

José Eduardo Cardozo, advogado de Rousseff, sublinhou que os peritos já disseram que a presidente não cometeu o crime de responsabilidade e que se trata de «um julgamento técnico, na medida em que não há provas». Em seu entender, o «relator agiu como na Inquisição, agiu como Torquemada, criando provas que não existiram», informa a Telesur.

Por seu lado, o vice-presidente do Senado, Tião Viana, do Partido dos Trabalhadores (PT), afirmou que «o processo está viciado», na medida em que foi criado, em Dezembro, por Eduardo Cunha, o braço direito de Temer e que na altura era presidente da Câmara dos Deputados.

O senador Roberto Requião, do PMDB (partido de Michel Temer), defendeu o regresso de Dilma, tendo afirmado que 35 dos 81 senadores não deviam votar, pois fazem parte da lista da Odebrecht. Esta inclui pessoas que alegadamente receberam financiamento ilegal em campanhas ou subornos, da parte da maior empresa de engenharia do país, cujo herdeiro está preso e negoceia com as autoridades um acordo de delação em troca de uma redução de pena.

Depois da votação de ontem, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, deverá marcar o julgamento para o final deste mês. Para que a destituição de Dilma ocorra, é necessário que dois terços dos senadores (54) a considerem culpada e a condenem. Nesse caso, perderá o direito a ocupar cargos públicos electivos durante oito anos.

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