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|Um outro Mundial

O dia dos encontros de queridos inimigos

No grupo A, três equipas lutam pela possibilidade de apuramento, enquanto no grupo B todos têm aspirações. Momento para fazer as contas e olhar para quem tem estado em melhor forma neste Mundial.

Foi a primeira presença da seleção do País de Gales numa fase final do Mundial em 64 anos. Nas celebrações da qualificação, os futebolistas agradeceram o apoio através de uma cartaz em língua galesa, onde se lia <em>Diolch i'r Wal Goch</em> (Obrigado pela parede vermelha), preparando uma possível alteração do nome da seleção, após o Mundial, para <em>Cymru</em> (País de Gales, em língua galesa). 
Foi a primeira presença da seleção do País de Gales numa fase final do Mundial em 64 anos. Nas celebrações da qualificação, os futebolistas agradeceram o apoio através de uma cartaz em língua galesa, onde se lia Diolch i'r Wal Goch (Obrigado pela parede vermelha), preparando uma possível alteração do nome da seleção, após o Mundial, para Cymru (País de Gales, em língua galesa). CréditosDavid Davies / PA

O Grupo B encerra as suas contas com encontros de caras-metade. A Inglaterra já marcou golos suficientes para quase ter como garantido o apuramento. O País de Gales, por sua vez, jogará por um milagre. A afirmação das nacionalidades no seio do Reino Unido tem sido feita a diferentes velocidades. No caso do País de Gales, anexado a Inglaterra no século XVI, a sua escassa população nunca terá permitido o crescimento de uma simbologia local ao nível da dos escoceses.

Mas os galeses projetam, em breve, serem reconhecidos, a nível internacional, por Cymru, a forma como se identificam na sua própria língua. O desporto terá, aí, uma papel importante, mesmo que a generalidade dos seus jogadores tenham raízes partilhadas com as restantes nacionalidades do Reino Unido. Nunca o País de Gales venceu a Inglaterra num jogo organizado pela UEFA. Daí que o encontro de irmãos pareça ser encarado como uma mera formalidade para os ingleses.

Irão e Estados Unidos são estimados inimigos. Em 1998 encontraram-se as duas seleções no Mundial disputado em França e a vitória dos iranianos foi encarada, localmente, como uma prova de superioridade dos árabes. 2022 oferece-nos um retrato diferente. Desde logo, quem vencer terá garantida a qualificação para a fase seguinte do Mundial. Será um jogo a doer, pelo que acontece dentro e pelo que acontece fora de campo.

Os Estados Unidos vivem este Mundial como uma preparação para a competição que vão co-organizar em 2026. O Irão vive num momento de enorme conflito social no seu território. O futebol permite-se, assim, interferir na história e transformar-se como um momento de diálogo e de superação. Venda-se aquilo que se vender no final do encontro, é de um grande jogo que aqui falamos. Para fazer contas sobre quem merecerá seguir em frente. 

Merecer ou desmerecer

Quando começa a derradeira jornada da fase de grupos do Mundial 2022, começamos a viver a possibilidade de ver equipas interessantes a ficar pelo caminho. É o que parece mais provável no confronto entre o Senegal e o Equador. Os senegaleses deram mostras daquilo que valem para além de Sadio Mané. Um dos grandes ausentes desta competição fez falta a uma equipa bem organizada e competitiva, mas o Senegal de Aliou Cissé demonstrou poder merecer chegar mais longe. Pela frente, no entanto, terá uma das equipas mais entusiasmantes deste Mundial.

O Equador chegava com alguma promessa, depois da qualificação na América do Sul. O jogo de abertura perante o Catar deixou no ar a sua qualidade. Mas foi o enorme encontro perante os Países Baixos, a intensidade ofensiva demonstrada em toda a partida, que melhor revelou um conjunto que pode sonhar em marcar a sua história. 

Os Países Baixos começaram este Mundial bem devagar. Mas não se podem queixar da sorte. Somaram três pontos num jogo perante o Senegal onde não terão feito o suficiente para vencer. Somaram mais um ponto num jogo frente ao Equador onde parecia certo que mereciam perder. Fizeram aquilo que as equipas que chegam longe costumam fazer. Sobreviveram aos dias maus.

Falta, no entanto, perceber onde os neerlandeses vão encontrar o seu melhor dia. Louis Van Gaal já experimentou uma frente de ataque mais explosiva, bem como já tentou ter Klaassen a ditar a forma de atacar. Em ambos os casos, a equipa ficou aquém. O Catar, que já está eliminado, ainda não será o teste definitivo a esta equipa. Mas costuma ser preciso mostrar mais para se ser considerado um favorito. 


O autor escreve ao abrigo do Acordo Ortográfico de 1990 (AO90)

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