Convocada pelo Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) sob o lema «Ganhemos a paz, defendamos a vida! Basta de ameaças criminosas!», a mobilização desta segunda-feira à tarde, na capital do país, contou com milhares de pessoas nas ruas, a vincar o repúdio pelas ameaças de agressão crescentes dos EUA e a declarar o apoio ao presidente venezuelano, Nicolás Maduro.
«Marchamos pela soberania, a paz do povo e dos nossos filhos; continuamos unidos como um só povo ao lado de Maduro; a Venezuela quer viver em paz», disse uma manifestante à imprensa. Por seu lado, Israel Castillo, um jovem participante, afirmou: «Aqui estamos, livremente, para defender a paz.»
Movimentos políticos e sociais, organizações comunitárias, frentes populares e instituições responderam afirmativamente ao apelo de mobilização, com os manifestantes a exibirem cartazes e a gritarem palavras de ordem contra as ingerências e pressões externas, e reivindicando o direito a viver sem essas ameaças, indica a TeleSur.
Expressão de um povo empenhado na defesa da paz e da vida
«Paz, paz, não queremos guerra, queremos paz», gritaram milhares de vozes junto à sede da ONU em Caracas, onde uma multidão encheu as ruas e onde se via uma enorme faixa em inglês e castelhano.
Ali presente, o vice-presidente de Mobilização e Eventos do PSUV, Nahum Fernández, sublinhou a resposta dada pelo povo venezuelano nas ruas.
«O povo está cansado de tantas mentiras e calúnias; queremos que acabe o ataque criminoso à Venezuela, que quer paz e defende a vida», disse, citado pela Prensa Latina, acrescentando que «esta mobilização é expressão de amor e compromisso de um povo que não quer a guerra».
Já o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros para a América Latina, Rander Peña, declarou que os manifestantes estavam ali para «reclamar à ONU aquilo que tem de fazer, que contribua para preservar e garantir a paz».
«A paz não se entende em meios termos; ou se defende ou não se defende, e o povo venezuelano defende-a até com a própria vida», frisou.
Estamos todos dispostos a defender a pátria
A marcha teve um claro cunho anti-imperialista, com destaque dado à denúncia das acções hostis e operações de falsa bandeira promovidas por Washington, ao protesto contra a escalada militar norte-americana na região, vincando a defesa da soberania e também a solidariedade com as causas justas da região e do mundo, como a Palestina.
O governo bolivariano denunciou que a Casa Branca enviou para as Caraíbas oito navios de guerra, 1200 mísseis e um submarino nuclear – medidas que Nicolás Maduro classificou como «ameaça máxima» para a América Latina, visando impor uma «governo de fantoches» no seu país.
Na mobilização, Cecilia Requelme, representante dos movimentos populares revolucionários, disse que «os homens, as mulheres, os jovens estão na rua para exigir a nossa soberania, que jamais será maculada por um império».
Por seu lado, a presidente do Município de Caracas, Carmen Meléndez, sublinhou que o povo vai continuar nas ruas e que ninguém o vai parar. «Aqui não temos medo, aqui amamos a pátria e estamos todos dispostos todos a defendê-la», declarou.
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