Sob o lema «A Venezuela não é uma ameaça, a Venezuela é uma esperança», milhares de pessoas ergueram a voz, este sábado, para repudiar as mais recentes acções da administração norte-americana, incluindo o envio de navios militares para o Mar das Caraíbas.
A denúncia do intervencionismo e das ameaças militares dos EUA foram comuns às múltiplas iniciativas (concentrações, encontros, debates, expressões artísticas e declarações) que se desenrolaram pelo mundo com a participação activa de movimentos sociais, organizações populares, partidos políticos e plataformas solidárias, indica a Al Mayadeen.
Em África, houve acções em países como Burkina Faso, Congo, Mali, Angola, Guiné Equatorial, África do Sul e Namíbia. Neste último país, refere a TeleSur, jovens participantes na mobilização fizeram um apelo à unidade do Sul Global, sublinhando a resistência venezuelana face às pressões externas.
A denúncia das sanções e da guerra híbrida contra Caracas foi igualmente denunciada em Bilbau – cidade basca que foi palco de uma iniciativa solidária com o povo venezuelano.
Por seu lado, em Madrid, também no Estado Espanhol, dezenas de organizações sociais mobilizaram-se para repudiar a presença militar norte-americana nas Caraíbas e exigir o fim imediato das sanções impostas ao país sul-americano.
Pelo fim das sanções, defesa da autodeterminação dos povos e da paz
No continente europeu, há registo de mobilizações em países como Roménia, Áustria, Reino Unido, Sérvia e Itália, com partidos comunistas e movimentos progressistas a reafirmarem o seu apoio à Revolução Bolivariana. Em Roma, indica a fonte, um grupo de manifestantes juntou-se nas imediações do Coliseu exibindo cartazes a defender a autodeterminação e a paz.
Pelo mundo fora, em mobilizações que tiveram lugar no Azerbaijão, na Austrália, na Coreia do Sul ou na Malásia, deu-se expressão ao apoio à Venezuela e ao repúdio contra o intervencionismo imperialista.
Na América Latina e Caraíbas, a jornada em que se declarou que «a Venezuela não é uma ameaça» plasmou-se em países como México, Colômbia, Argentina, Brasil, Cuba, Guatemala, República Dominicana, Santa Lúcia, Venezuela, entre outros.
Em diferentes tipos de iniciativas, repetiram-se palavras de ordem em defesa da soberania dos povos, a afirmar que «a luta da Venezuela é a nossa», a destacar o papel da Venezuela bolivariana na integração regional, a reafirmar que «Nicolás Maduro é o presidente legítimo», a apelar à defesa das Caraíbas como zona de paz e a condenar qualquer tentativa de intervenção militar dos EUA.
«O mundo ergueu a voz em solidariedade com a Venezuela»
Em declarações à VTV, Rander Peña, secretário executivo da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América – Tratado de Comércio dos Povos (ALBA-TCP), disse que mais de dez mil pessoas em 105 cidades de 80 países se mobilizaram, este sábado, contra a agressão imperialista norte-americana à Venezuela.
Num programa de TV, Peña mostrou-se muito satisfeito com «o apoio mundial à Venezuela, à paz na América Latina», sublinhando que o movimento solidário internacional se mantém disposto a mobilizar-se e a fazer parte do processo histórico que a região vive.
O representante da ALBA-TCP identificou as dimensões política, jurídica e comunicacional do conflito que os EUA querem impor e alertou para a narrativa que pretende justificar uma acção militar no Mar das Caraíbas com o argumento do combate ao «narcotráfico», quando a própria ONU refere que «a rota da droga não passa pelas Caraíbas». «Segue pelo Pacífico e pela Colômbia, não por território venezuelano», defendeu.
Peña alertou para as tentativas de manipular a opinião pública internacional e sublinhou que os EUA violam os tratados que declaram a América Latina e Caraíbas como zona livre de armas nucleares e que proclamam a região como zona de paz.
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