Rander Peña informou, esta quarta-feira, que os países-membros da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América – Tratado de Comércio dos Povos (ALBA-TCP) estão a trabalhar para preservar a declaração da América Latina e Caraíbas como Zona de Paz, formulada em Havana, em 2014.
Nesse sentido, vão promover a realização de uma Grande Conferência de Paz de alto nível, disse Peña à VTV, sublinhando que a aliança bolivariana se mantém alerta face ao destacamento de meios militares dos EUA na região caribenha.
A ALBA está a avaliar diversas iniciativas, sendo uma delas «promover uma Grande Conferência pela Paz, que deve ser do mais alto nível, na América Latina», disse o responsável.
Em Nova Iorque, onde se encontra mandatado pelos chefes de Estado dos países da ALBA-TCP para participar na 80.ª Assembleia Geral da ONU, Peña adiantou que, nas Nações Unidas, os chefes da diplomacia sul-americana e caribenha participaram em reuniões virtuais e presenciais, «para pôr em evidência a hipocrisia do governo norte-americano» na questão da «suposta luta contra o narcotráfico».
Rander Peña reafirmou ainda a denúncia relativa à violação do Tratado de Tlatelolco (México, 1967), frisando que a presença de navios com armas nucleares em territórios declarados como desnuclearizados representa «uma grave agressão ao equilíbrio regional e ao direito internacional».
Fachada de mentiras para uma mudança de regime
O secretário executivo da ALBA-TCP afirmou que existe uma verdade inegável perante a «fachada» que as potências ocidentais apresentam para justificar o envio da sua artilharia militar e nuclear para a região.
«Estão a usar tudo isto como uma grande fachada, algo para que temos vindo a chamar a atenção constantemente, para gerar uma mudança de regime na Venezuela», disse.
Peña classificou esta narrativa como «uma grande mentira», que pretende encobrir acções de natureza intervencionista e desestabilizadora por parte dos EUA, ao violar princípios fundamentais do direito internacional e pôr em risco a paz na América Latina e Caraíbas.
«Nenhuma potência, por mais autoritária que seja a sua projecção internacional, tem direito a tentar impor a sua visão supremacista sobre povos que decidiram ser livres e soberanos», sublinhou.
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