Em comunicado, a tutela revelou que Saeed Asaad Abideen, com um mês de idade, tinha falecido em Khan Younis, no Sul da Faixa de Gaza, como resultado da queda acentuada das temperaturas.
A mesma fonte, citada pela Anadolu, refere que o número de mortes confirmadas pelos hospitais no contexto da chuva forte e da vaga de frio recentes subiu para 13.
Por seu lado, a Protecção Civil no enclave indicou que pelo menos 17 pessoas perderam a vida em Dezembro devido ao mau tempo, que tem fustigado as tendas de pessoas deslocadas e provocado o desmoronamento de paredes e casas que haviam sido atingidas por ataques israelitas.
Mahmoud Bassal, porta-voz da Protecção Civil, afirmou em comunicado que «as temperaturas descem significativamente durante a noite», alertando que «o frio intenso ameaça as vidas crianças pequenas na falta de abrigo e aquecimento».
«O que estamos a viver agora em Gaza é uma verdadeira catástrofe humanitária. Salvem as crianças de Gaza antes que o frio as mate», acrescentou, citado pela PressTV.
Ainda de acordo com a Protecção Civil, cerca de 90% das tendas precárias para os deslocados foram inundadas pela água da chuva, num contexto em que Israel continua a não cumprir os termos do acordo de cessar-fogo implementado a 10 de Outubro último.
Entre as obrigações, conta-se a do respeito pelo protocolo humanitário – nomeadamente a autorização à entrada de materiais para abrigo e de 300 mil tendas e casas móveis destinadas aos deslocados.
ONU: cerca de 55 mil famílias afectadas pelas chuvas recentes
Numa conferência de imprensa em Nova Iorque, esta quarta-feira, Farhan Haq, porta-voz adjunto do secretário-geral da ONU, disse que o Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (Unocha) estima cerca de 55 mil famílias tenham sido afectadas até ao momento, na Faixa de Gaza, pelas chuvas recentes.
Acrescentou que «os seus bens e abrigos foram danificados ou destruídos pela tempestade», e que as actividades de apoio a cerca de 30 mil crianças foram afectadas.
O responsável sublinhou ainda que as restrições impostas pela ocupação continuam a dificultar os esforços de ajuda das organizações humanitárias no terreno.
As chuvas e o frio intenso dos últimos dias tornaram mais difíceis as terríveis condições de vida que milhares de pessoas enfrentam no enclave palestiniano, devastado pelos bombardeamentos israelitas – também depois do cessar-fogo.
De acordo com fontes médicas, a guerra sionista de extermínio na Faixa de Gaza provocou pelo menos 70 669 mortos e 171 165 feridos, desde Outubro de 2023 – havendo um número indeterminado de falecidos sob os escombros, indica a Wafa.
Desde o começo do mais recente cessar-fogo, os ataques israelitas provocaram pelo menos 395 mortos e 1088 feridos.
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