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Organização para a Cooperação de Xangai reforça cooperação em vários sectores

Os líderes dos países da organização regional aprovaram esta segunda-feira, em Tianjin, 24 documentos que reforçam a cooperação nas áreas da segurança, economia, trocas culturais e desenvolvimento institucional.

Conselho dos Chefes de Estado da Cimeira da OCX, em Tianjin (China), a 1 de Setembro de 2025 Créditos / Xinhua

No âmbito da Cimeira da Organização para a Cooperação de Xangai (OCX), os chefes de Estado e de governo dos países-membros traçaram esta segunda-feira um roteiro para a próxima década, com uma estratégia de desenvolvimento para 2026-2035, refere o Global Times.

Também assinaram uma declaração conjunta de apoio ao sistema multilateral de comércio, para reafirmar o compromisso com normas abertas, transparentes e inclusivas, ao abrigo da Organização Mundial do Comércio.

Os líderes dos países-membros assistiram ainda à inauguração oficial de quatro centros regionais de cooperação: o Centro Integral de Resposta a Ameaças de Segurança, o Centro de Luta contra o Crime Organizado Transnacional, o Centro de Segurança Informática e o Centro Antidrogas.

Além disso, indica a Prensa Latina, foi emitida uma declaração comemorativa do 80.º aniversário da vitória na Segunda Guerra Mundial e da criação da Organização das Nações Unidas.

A Cimeira da OCX em Tianjin (Norte da China), celebrada a 31 de Agosto e 1 de Setembro, é a maior desde a fundação deste mecanismo de cooperação euroasiático, há 24 anos, com a participação de mais de 20 líderes mundiais e representantes de uma dezena de organizações internacionais.

Xi destaca capacidade transformadora da OCX

Esta segunda-feira, ao presidir ao Conselho de Chefes de Estado, o presidente chinês, Xi Jinping, destacou a capacidade transformadora, de influência e de convocação do organismo, que conta actualmente com 26 países participantes, coopera em mais de 50 áreas e detém um produto económico conjunto a rondar os 30 mil milhões de dólares.

O chefe de Estado sublinhou também o compromisso da OCX com os princípios de governação mundial assentes na consulta, na construção conjunta e nos benefícios partilhados.

Xi recordou que, no seio da organização, foi estabelecido um mecanismo de confiança militar nas zonas fronteiriças visando transformá-las em laços de amizade e cooperação, e liderar acções multilaterais contra aquilo que designou como as «três forças do mal»: o terrorismo, o separatismo e o extremismo.

Na sua intervenção, o presidente chinês destacou igualmente a cooperação que Pequim e os demais estados-membros dinamizaram no quadro da iniciativa Cinturão e Rota, tendo afirmado que já foi superada a meta dos 2,3 mil milhões de dólares de volume comercial acumulado entre a China e os outros países da OCX.

Durante o seu discurso, Xi defendeu o reforço da cooperação e do diálogo, respeitando as diferenças.

«Pessoas com ideias semelhantes são forças e vantagens, e procurar pontos em comum enquanto se respeitam as diferenças é um sinal de plena consciência e sabedoria», disse.

A Cimeira da Organização para a Cooperação de Xangai, que decorre num contexto internacional marcado pelas medidas tarifárias adoptadas pelos EUA, começou no sábado, com a celebração de reuniões bilaterais e encontros paralelos.

Integram a OCX, como países-membros, Bielorrússia, Cazaquistão, China, Índia, Irão, Paquistão, Quirguistão, Rússia, Tajiquistão e Uzbequistão. Outros 16 países detêm o estatuto de observadores ou parceiros de diálogo.

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