Num editorial intitulado «Mucho ojo con acciones y declaraciones de EEUU sobre la región» (muito cuidado com as acções e declarações dos EUA sobre a região), publicado no sábado, destaca-se que, nas últimas semanas, se registaram episódios e declarações da parte de entidades oficiais dos EUA sobre a América Latina e as Caraíbas que «não devem ser ignorados e merecem especial atenção».
O texto refere-se às «advertências» do chefe do Comando Sul, Alvin Holsey, relativas ao «uso do Estreito de Magalhães», à «desculpa do "combate" ao crime organizado para colocar tropas no território de outros países» e à «"recompensa" para ajudar "à captura" do presidente da Venezuela».
Aponta também a subida das taxas alfandegárias aplicadas a países latino-americanos, o aumento das medidas unilaterais contra Cuba e o assédio contra o México como «factos e anúncios que marcam a agenda do governo» norte-americano na região.
«Uma agenda claramente intervencionista, bélica, ameaçadora e desestabilizadora», denuncia El Siglo, destacando «a insegurança, o conflito e a tensão» que geram estas «orientações» emitidas pela Casa Branca, o Pentágono, o Departamento de Estado e outras instituições norte-americanas — «ao contrário do que os seus representantes alegam».
«Ou seja, torna-se mais uma vez evidente que as políticas dos EUA em relação ao continente são ameaçadoras, prejudiciais, interventivas e desestabilizadoras», denuncia o editorial, no qual se acusa Washington de não contribuir para «a paz, a segurança, a estabilidade ou o desenvolvimento da região».
Tal comportamento – alerta o periódico chileno – «pode ter consequências graves para a América Latina e as Caraíbas e, nas últimas semanas, tem vindo a gerar uma situação de grande tensão e preocupação».
Assim, El Siglo considera que governos, Forças Armadas, forças democráticas e movimentos sociais da região devem estar atentos a estas acções e posicionamentos dos Estados Unidos, «para não caírem em atitudes ingénuas, passivas e dóceis».
«É necessário assumir posições de repúdio e confronto face ao que os Estados Unidos estão a fazer contra a região», defende o periódico.
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