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Historiador uruguaio aponta responsabilidades dos EUA no genocídio em Gaza

Numa conferência dada na sede da central sindical PIT-CNT, Gerardo Leibner defendeu que os EUA «são os únicos que podem pôr um travão» à «guerra genocida» contra o povo palestiniano.

Zona bombardeada na Faixa de Gaza Créditos / Wafa

Na sede da central PIT-CNT (Plenário Intersindical dos Trabalhadores – Convenção Nacional dos Trabalhadores), em Montevideu, o historiador uruguaio Gerardo Leibner, defensor da paz e actualmente radicado em Israel, sublinhou esta terça-feira que Washington é o principal fornecedor de armas ao Estado israelita.

«A mobilização internacional, pressionando e acusando também o governo dos Estados Unidos pela sua cumplicidade, pode virar a balança num sentido positivo», disse, acrescentando que «um travão no envio de armas e munições para Israel» poderia permitir um cessar-fogo em Gaza.

Leibner alertou para a ameaça de que a «esta guerra genocida, agora centrada na Faixa de Gaza, se torne uma guerra regional de resultados imprevisíveis, desastrosa para a vida dos povos da região».

Considerando que o enclave palestiniano vive um «dos momentos mais dramáticos da sua história», defendeu que «o mais urgente neste momento é obter algo muito simples, que é anterior às soluções políticas: um cessar-fogo e a entrada imediata de ajuda humanitária em Gaza, que permita salvar a vida de centenas de milhares que correm grave perigo».

Leibner insistiu que «a actual situação é desesperante e perigosa como nunca», com «centenas de milhares de pessoas à beira da morte», frisando que só as pressões externas «podem travar isso».

A libertação de prisioneiros de todo o tipo, de ambos os lados, e o regresso a suas casas de centenas de milhares de habitantes de Gaza e a reconstrução das suas casas e vidas foram também defendidas por Gerardo Leibner.

A abrir a conferência, intitulada «Gaza, as raízes e as perspectivas da crise actual», o historiador uruguaio avisou que «não era portador de boas notícias», mas insistiu na importância de enfrentar a verdade que amarga, indica o La Diaria.

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