As forças de segurança palestinianas identificaram a mulher como Aisha Muhammad Talal al-Rabi, de 47 anos, tendo referido que ela e o marido, que também seguia na viatura, são da aldeia de Bidya, localizada perto de Salfit, no Norte da Margem Ocidental ocupada.
De acordo com a agência Ma'an, um grupo de colonos israelitas atacou à pedrada o carro em que o casal viajava, tendo atingido Aisha na cabeça. A mulher, mãe de oito, foi transferida para o Hospital de Nablus, onde foi dada como morta, enquanto o marido sobreviveu, com ferimentos ligeiros.
O ataque ocorreu a poucos metros do posto de controlo militar israelita de Zaatara, tendo os colonos apedrejado o carro quando este se aproximava do checkpoint a uma velocidade reduzida, refere o Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM).
Ontem, milhares de palestinianos participaram no funeral de Aisha, que teve lugar na aldeia de Bidya, onde residia.
Ataques de colonos repetem-se
De acordo com a agência Wafa, nos últimos dias colonos judeus atiraram pedras contra carros palestinianos que passavam na estrada onde Aisha foi atacada, sem que o Exército israelita, que intensificou a sua presença na região, tenha feito algo para os deter.
O assassinato de Aisha al-Rabi ocorre dois dias depois de um grupo de colonos israelitas do colonato de Yitzhar ter invadido a escola da aldeia palestiniana de Urif, também na região de Nablus, onde atiraram pedras contra os alunos que se encontravam nas salas de aula. O ataque provocou dezenas de feridos e estragos materiais, indica a PressTV.
A mesma fonte refere que, poucos minutos depois, forças israelitas entraram na escola para proteger os colonos e lhes garantir uma saída segura do local. Em simultâneo, os militares disparam balas de borracha e granadas de gás lacrimogéneo contra os estudantes palestinianos.
Cerca de 600 mil israelitas vivem em colonatos – considerados ilegais à luz do direito internacional – na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental ocupadas, indica a Ma'an.
A Autoridade Palestiniana não tem jurisdição sobre os israelitas que vivem na Margem Ocidental ocupada, sendo frequentes os ataques perpetrados por colonos israelitas na presença de forças militares israelitas, que, afirma a Ma'an, raramente fazem alguma coisa para proteger os palestinianos.
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