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Greve na Amazon de Trapagaran continua a ser um «êxito»

Depois das paralisações a 17 e 18 de Dezembro contra a falta de avanços nas negociações, os trabalhadores do centro logístico biscainho da Amazon estão a cumprir outros três dias de greve.

Trabalhadores da Amazon em greve manifestam-se junto ao centro logístico de Trapagaran, a 4 de Janeiro de 2024 
Trabalhadores da Amazon em greve manifestam-se junto ao centro logístico de Trapagaran, a 4 de Janeiro de 2024 Créditos / @LEzkerraldea

Na quarta-feira, o centro logístico da Amazon esteve encerrado devido à queda de parte da cobertura do edifício no dia anterior, pelo que a actividade de distribuição esteve parada na Biscaia e em boa parte de Álava, Guipúscoa (País Basco), Burgos (Castela e Leão) e La Rioja.

Como isto coincidiu com o primeiro dos três dias de greve convocados pelos sindicatos LAB e ELA, os piquetes mantiveram-se activos, vigiando o cumprimento das medidas de segurança dos trabalhadores das empresas subcontratadas que estiveram a efectuar os trabalhos de reparação no telhado, refere o LAB.

Esta quinta-feira, a empresa quis retomar a actividade no centro logístico, o que, segundo denuncia a organização sindical, não só pôs em risco a segurança dos trabalhadores, como violou o direito à greve.

Em nota divulgada, o LAB afirma que, de acordo com o relatório do engenheiro externo contratado pela Amazon, o trabalho da empresa para reparar o telhado em caso de fortes rajadas de vento seria inteiramente insuficiente.

«A reparação foi efectuada com lonas de plástico, tábuas de madeira e sacos de areia. Assim, além de exigir à empresa uma reparação digna e segura, pusemo-nos em contacto com a Inspecção do Trabalho e o Osalan – Instituto Basco de Segurança e Saúde Laborais para garantir a saúde dos trabalhadores», lê-se na nota.

O sindicato reitera a acusação de violação do direito à greve por parte da Amazon, lembrando que os trabalhadores subcontratados às empresas de trabalho temporário (ETT) tiveram de se apresentar, ontem, nas instalações de Trapagaran.

Em todo o caso, refere o LAB, o impacto da greve «continua a ser evidente», sendo que apenas foram distribuídas 12 mil das 30 mil embalagens que costumam sair do centro nesta época do ano.

Na véspera do último dia de greve agendado, os trabalhadores em greve manifestaram-se junto ao centro logístico, afirmando que novas medidas de luta serão determinadas pela resposta da empresa às reivindicações colocadas.

«A força da Amazon é alimentada pela precariedade»

«A força da Amazon é alimentada pela precariedade laboral, longas jornadas de trabalho, recurso excessivo a horas extra, ritmos de trabalho muito elevados, controlo constante por parte das APP que afecta a saúde física e/ou psicológica dos funcionários, bem como grande instabilidade devido a contratos de trabalho temporários», denunciaram os sindicatos ao convocar a greve.

Piquete de greve junto às instalações do centro da Amazon em Trapagaran, a 4 de Janeiro de 2024 / @LEzkerraldea 

«A Amazon continua a ter uma saúde financeira muito boa às custas da precariedade. No primeiro trimestre de 2023, reportou lucros líquidos de 3,2 mil milhões de dólares em todo o mundo. No segundo trimestre de 2023, a receita da Amazon cresceu 11%», lembraram, ao denunciarem o facto de a empresa não dar resposta à reivindicação de melhores condições por parte dos 125 trabalhadores que laboram em Trapagaran.

Os funcionários do armazém biscainho exigem aumentos salariais; o pagamento do trabalho efectuado aos sábados, domingos e feriados com um acréscimo de 75% sobre o salário real; o reconhecimento do descanso como tempo efectivo de trabalho.

Também o aumento em 10% dos salários dos trabalhadores com contratos a tempo parcial; o fim dos contrários precários e a vinculação; o gozo, no mínimo, de 22 dias úteis de férias por ano e o pagamento das despesas com transportes, entre outras questões.

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