As paralisações convocadas para ontem e hoje na Amazon biscainha seguem-se às que foram realizadas em meados de Dezembro e no início de Janeiro, e têm lugar porque a empresa continua a não responder às exigências dos trabalhadores, refere o sindicato.
Considerando a jornada de luta um «êxito» – até porque os trabalhadores subcontratados à ETT Manpower aderiram à greve –, o LAB volta a denunciar a falta de vontade de negociação da multinacional.
«Mais uma vez, a Amazon não ofereceu nada aos seus trabalhadores. A única proposta da Amazon foi enviar três cartas de sanção a três colegas na última quarta-feira», lamenta o sindicato.
«Isto é o que a Amazon entende por negociação, querem baseá-la no medo e nas ameaças, mas os trabalhadores estão mais unidos do que nunca e não pensam ceder à chantagem», acrescenta numa nota publicada no seu portal.
No fundamental, a luta dos trabalhadores do armazém biscainho continua a ser contra a precariedade, pela negociação e pela segurança no trabalho.
Em causa estão aumentos salariais, o pagamento extra do trabalho efectuado aos sábados, domingos e feriados, e questões diversas como férias, antiguidade, vinculação ou pagamento das despesas com transportes.
Na sua conta de Twitter, a secção do LAB de Ezkerraldea (Margem Esquerda) afirma que, entre outros aspectos, os trabalhadores denunciam a precariedade e a subcontratação, os castigos e as coacções, um modelo e um ritmo de trabalho que os leva a viver com ansiedade e depressão.
«Em Euskal Herria, conhecemos de sobra o modelo da Amazon, enriquecer à custa da exploração e da precariedade», afirma a organização sindical. «Por isso, para nós é claro: a organização e a luta são o único caminho. Amanhã, voltamos a fazer greve.»
Para já, são mais dois dias de greve num centro logístico responsável pela distribuição da multinacional no País Basco e no Norte do Estado espanhol, mas o LAB avisa que, ao ver a «atitude imobilista» da Amazon, esta não deve ser a última jornada de luta pela melhoria das condições de trabalho.
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