A paralisação, convocada para esta terça-feira, abrange os 95 trabalhadores do centro logístico na província de Pontevedra, que reclamam melhores condições de trabalho e o fim da sobrecarga a que estão sujeitos actualmente.
Com a paralisação agendada – que inclui uma concentração frente às instalações da empresa – as organizações sindicais «pretendem chamar a atenção para as condições em que os trabalhadores têm de desenvolver o seu trabalho», refere no seu portal a Confederação Intersindical Galega (CIG), que detém quatro dos cinco representantes que integram o comité de empresa.
Entre outros aspectos, referem-se a ritmos laborais excessivos com impacto na saúde dos trabalhadores, decorrentes da falta de pessoal, bem como a incumprimentos da empresa na área da segurança e saúde no trabalho.
O comité denuncia também a precariedade existente, o abuso da subcontratação a empresas de trabalho temporário (ETT) e o trabalho aos domingos não remunerado como tal, e reclama que os contratos sejam a tempo inteiro.
Estas questões já foram colocadas à administração, «que anda há meses sem responder às nossas reivindicações e sem apresentar soluções», denunciam os representantes dos trabalhadores, que exortam a Amazon a responder às «justas reivindicações» dos trabalhadores e se mostram dispostos a lutar «até que cada uma delas seja atendida».
Neste sentido, lamentam que a empresa, que obtém «milhões em lucros» ano após ano, seja um «claro exemplo de precariedade e exploração laboral». «O seu modelo de negócio está precisamente ligado a condições de trabalho indignas, na lógica perversa de quanto o maior o roubo, maior o lucro», afirmam.
Em Navarra, paralisações de três horas
O sindicato ELA decidiu convocar paralisações parciais nos dois dias antes do Natal (ontem e hoje) na empresa subcontratada pela Amazon para realizar a distribuição de embalagens, tendo em conta que os cerca de 70 trabalhadores denunciam uma situação de «precariedade estrutural».
O sindicato basco, com cinco delegados na empresa, alerta também para uma «carga de trabalho crescente» e para «exigências físicas e mentais cada vez mais difíceis de suportar, decorrentes do modelo de entrega imposto pela Amazon».
Com as greves parciais, denunciam igualmente o bloqueio imposto à negociação e exigem um acordo colectivo semelhante ao que foi concretizado na Comunidade Autónoma Basca, que melhore de forma substancial as suas condições de trabalho, tal como o vêm fazendo há seis meses, refere a organização sindical no seu portal.
O ELA afirma que as paralisações parciais em plena campanha de Natal respondem ao facto de Amazon se recusar a retomar as negociações que ela própria interrompeu quando o processo de negociação estava praticamente concluído, e avisa que avançará com mais mobilizações e outras medidas caso a situação não se desbloqueie.
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