Acompanhada pelo ministro da Energia, Erick Tejada, e outros membros do governo, a presidente hondurenha participou, esta quarta-feira, na inauguração da subestação eléctrica Juticalpa II, de 20 megawatts, no departamento de Olancho.
O objectivo é fazer frente às necessidades de energia nesse departamento, refere El Heraldo, num contexto complexo, marcado por apagões em diversas cidades.
A este propósito, Castro disse que a raiz do problema está em decisões tomadas no passado e que é «proibido esquecer o obscurantismo dos governos neoliberais que levaram o país ao atraso, à pobreza e à corrupção».
«Proibido esquecer o descuido e o abandono na saúde, na educação, nos caminhos, na produção do nosso país», afirmou a chefe de Estado, acrescentando que «hoje estamos a mudar e a refundar uma nova pátria».
Ao referir-se a projectos na área da educação, disse que, das 12 700 escolas abandonadas, 5000 serão deixadas este ano «com condições dignas» para as crianças hondurenhas.
No mesmo âmbito, referiu-se aos avanços recentes no sector, como a matrícula gratuita e o lanche escolar, «investimentos que deixaram de se fazer durante 12 anos».
No que respeita à energia, Castro lembrou acções levadas a cabo durante o governo de Manuel Zelaya, quando «se alterou a matriz energética» do país e houve uma «visão clara daquilo de que precisávamos».
Com o golpe de Estado de 2009 contra Zelaya, foram truncados os esforços feitos até então no sector. «Veio a implementação de forma descomunal da privatização desenfreada [, que] não resolveu os problemas no país», disse, sublinhando que aquilo que a privatização fez «foi criar mais desigualdades, porque a energia se tornou um negócio».
«Assumimos um compromisso de recuperar as empresas estatais como um bem público e como segurança nacional para as Honduras e não descansámos nesse esforço», afirmou Xiomara Castro, dando como exemplos a Lei da Energia, «na qual se estabelece que a energia é um direito humano, económico e social», bem como a renegociação dos «contratos leoninos que tornaram a energia das Honduras a mais cara da América Central», refere El Heraldo.
Castro disse ter noção de que os problemas não vão ser resolvidos da noite para o dia, mas sublinhando que, agora, está a ser feito no sector energético aquilo que não foi nos últimos 12 anos.
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