O governo hondurenho continua a apostar na recuperação das infra-estruturas energéticas, no âmbito daquilo que designou como «refundação» do país centro-americano, procurando assegurar transformações num sector que foi alvo de «uma privatização desenfreada» e garantir um abastecimento mais fiável ao povo.
Depois da inauguração de subestações nos departamentos de La Ceiba e Olancho, que já estão a funcionar em pleno, Xiomara Castro inaugurou esta quinta-feira uma nova subestação, desta vez no município de Danlí (departamento de El Paraíso).
Segundo revelou o gabinete de imprensa do executivo hondurenho, a nova infra-estrutura, de dez megawatts, irá servir sete municípios da região e beneficiar aproximadamente 90 mil pessoas.
A mesma fonte indicou que este projecto faz parte de «um investimento histórico de mais de 14,5 mil milhões de lempiras [536,5 milhões de euros] no sector energético».
O ministro hondurenho da Energia, Erick Tejada, destacou a importância do projecto para El Paraíso, bem como o facto de essa e outras regiões do país terem sido «esquecidas» em termos de infra-estruturas eléctricas durante anos, com a manifesta falta de investimento dos governos neoliberais.
«Quando assumimos o governo, a super-saturação eléctrica tinha níveis incríveis, quase à beira do colapso do sistema», afirmou Tejada, sublinhando que no período do governo anterior «não se comprou um só transformador, não se ampliou uma só subestação e não se injectou energia».
Por seu lado, a chefe de Estado reafirmou o empenho do seu executivo na recuperação do sector energético, e destacou que «este projecto não potencia apenas a energia», mas favorece o desenvolvimento de empresas e cria empregos.
«Temos 31 meses e ainda nos falta mais um pouco, e estou convencida de que vamos a alcançar mudanças substanciais para o povo hondurenho e para as grandes maiorias da nossa pátria», disse Xiomara Castro, citada pelo portal poderpopular.hn.
No final de Maio, durante a inauguração da subestação eléctrica Juticalpa II, em Olancho, a presidente hondurenha disse que o seu governo havia assumido o «compromisso de recuperar as empresas estatais como um bem público e como segurança nacional para as Honduras» e que não havia descansado nesse esforço.
Deu como exemplo a Lei da Energia, «na qual se estabelece que a energia é um direito humano, económico e social», e a renegociação dos «contratos leoninos que tornaram a energia das Honduras a mais cara da América Central».
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