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Governo iemenita denuncia ocupação de ilhas por sauditas, emiradenses e israelitas

O governo do Iémen condena a ocupação das suas ilhas no Mar Vermelho e Golfo de Áden, bem como o facto de turistas israelitas estarem a veranear na ilha estratégica de Socotra com vistos dos EAU.

A Unesco classificou Socotra como património natural da humanidade 
A Unesco classificou Socotra como património natural da humanidade Créditos / PressTV

Num comunicado emitido esta segunda-feira, o Ministério iemenita do Turismo afirma que a medida levada a cabo pelos Emirados Árabes Unidos (EAU) viola o direito internacional, uma vez que a Ilha de Socotra, de grande importância estratégica e valor natural, é um território iemenita ocupado por países agressores membros da coligação liderada pelos sauditas, informa a PressTV com base na agência Saba Net.

«A transferência de turistas para a Ilha de Socotra revela os planos e programas dos EAU ocupantes, que estão alinhados com os esquemas sionistas para dominar as ilhas iemenitas, bem como para progredir na normalização com o regime [israelita]», denunciou.

Há duas semanas, fontes iemenitas afirmaram que os EAU estavam a realizar voos directos semanais e viagens turísticas para Socotra sem autorização do governo do Iémen, tendo acrescentado que centenas de turistas tinham chegado ao arquipélago recentemente com vistos emitidos pelos emiradenses.

Este passo surge na sequência do restabelecimento das relações diplomáticas entre os Emirados e Israel, no contexto de um acordo apadrinhado pelo ex-presidente dos EUA Donald Trump.

A Ilha de Socotra localiza-se à entrada do Estreito de Bab al-Mandab, numa das grandes rotas de navegação mundiais, entre o Mar Vermelho, o Golfo de Áden e o Mar Arábico. O seu ecossistema é considerado único, pelo que a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) classificou o local como património natural da humanidade.

Denúncia de planos militares e da guerra de agressão

Na sequência de uma reunião ministerial no domingo passado, o governo do Iémen emitiu um comunicado, divulgado pela cadeia al-Masirah, em que denuncia igualmente os planos conjuntos de Israel e EAU para estabelecer bases de espionagem em Socotra.

No documento, o Governo de Salvação Nacional sublinha que isso «afectaria directamente não apenas a segurança do Iémen, mas seria uma ameaça para toda a região».

O governo condena ainda a campanha militar incessante levada a cabo pela Arábia Saudita contra o país, assim como o estabelecimento, pelos gressores, de uma base militar na Ilha de Mayyun, no Estreito de Bab al-Mandab.

A guerra de agressão contra o Iémen, iniciada em Março de 2015 e apoiada pelo Ocidente, provocou a morte de dezenas de milhares de iemenitas e mergulhou o mais pobre dos países árabes naquilo que as Nações Unidas classificam como «um dos piores desastres humanitários dos tempos modernos».

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