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Coligação saudita continua a bombardear a capital do Iémen

Aviões de guerra da coligação liderada pelos sauditas lançaram novos ataques contra Saná, esta quinta-feira, depois de terem bombardeado o aeroporto internacional há três dias.

Um trabalhador do aeroporto internacional de Saná segura, no dia 21 de Dezembro, o que afirma ser o fragmento de um míssil, no interior de um edifício atingido pelos bombardeamentos da coligação liderada pelos sauditas 
Um trabalhador do aeroporto internacional de Saná segura, no dia 21 de Dezembro, o que afirma ser o fragmento de um míssil, no interior de um edifício atingido pelos bombardeamentos da coligação liderada pelos sauditas Créditos / Middle East Eye

O canal de TV iemenita al-Masirah informou que a zona residencial de Sabeen, em Saná, foi hoje bombardeada pelo menos três vezes no espaço de minutos, refere a PressTV.

Por seu lado, a TV estatal saudita referiu que os ataques desta manhã tinham atingido um acampamento das forças de segurança Huti e destruído sete drones e armazéns com armamento lá situados, em resposta a um ataque com drones contra a cidade portuária de Jizan, no Sudoeste da Arábia Saudita, indica a mesma fonte.

No entanto, a al-Masirah contradiz a versão do ataque a um acampamento militar, dando conta de danos em casas civis. Em comunicado, o movimento Huti Ansarullah afirmou que as bombas também caíram num complexo prisional e num hospital. Na cadeia, refere a PressTV com base no documento, estão mais de 3000 prisioneiros da coligação.

Na segunda-feira, a coligação liderada pelos sauditas atacou o aeroporto internacional de Saná, alegando que estava a ser utilizado militarmente.

Um dia antes, a autoridade da aviação civil do Iémen tinha encerrado a infra-estrutura, em protesto contra o «bloqueio» que a coligação impõe ao país árabe, impedindo que ali chegue equipamento «essencial».

«Nós dissemos que precisamos de equipamento, mas a coligação começou a bombardear [o aeroporto] em vez de enviar o equipamento necessário», disse um funcionário da aviação civil ao Middle East Eye.

«Os ataques aéreos atingiram a pista e vários edifícios no aeroporto, incluindo o departamento da alfândega, e ocorreu um incêndio», disse o funcionário sob anonimato, acrescentando que os ataques fizeram os trabalhadores sentirem-se inseguros.

«A coligação está a impor um cerco ao Iémen e não quer saber dos iemenitas e dos seus interesses», criticou.

Mohammed Ali al-Houthi, membro do Conselho Político Supremo do Iémen, afirmou, no Twitter, que «os ataques repetidos contra o aeroporto internacional de Saná, que estava preparado para transportar doentes e passageiros iemenitas, constituem actos de terrorismo contra a República do Iémen».

O encerramento da infra-estrutura fez aumentar as preocupações relativas à entrega de ajuda humanitária ao país, incluindo alimentos e medicamentos, num contexto em que grande parte da população depende dessa ajuda para sobreviver e tendo em conta que o aeroporto de Saná continua a ser uma linha de salvação para os iemenitas.

O Conselho Norueguês de Refugiados foi uma das agências que confirmaram a situação e manifestaram preocupação, exigindo a reabertura do aeroporto.

Guerra de agressão há quase sete anos

Com o apoio de EUA, Reino Unido e outras potências ocidentais e regionais, a Arábia Saudita lançou, em Março de 2015, uma grande campanha militar de agressão contra o Iémen, tendo como objectivo suprimir a resistência do movimento Huti Ansarullah e recolocar no poder o antigo presidente Abd Rabbuh Mansur Hadi, aliado de Riade hoje residente na Arábia Saudita, mas sem sucesso.

A agressão militar provocou milhares de mortos, feridos e deslocados, e esteve na origem da mais grave crise humanitária dos tempos modernos, segundo as Nações Unidas.

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