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Funcionários municipais de Florianópolis mantêm greve apesar de ameaças

Num plenário realizado esta quarta-feira, os trabalhadores reafirmaram a continuidade da greve iniciada a 31 de Maio contra a terceirização na saúde, educação e outros sectores.

Trabalhadores do Município de Florianópolis, no Sul do Brasil, manifestam-se pelas ruas do centro da cidade, a 7 de Junho de 2023 
Trabalhadores do Município de Florianópolis, no Sul do Brasil, manifestam-se pelas ruas do centro da cidade, a 7 de Junho de 2023 Créditos / Sintrasem

Em plenário realizado na quarta-feira, os funcionários públicos municipais de Florianópolis, capital do estado de Santa Catarina (Sul do Brasil), decidiram manter greve que iniciaram no passado dia 31 de Maio.

Os trabalhadores procuram combater os planos de contratar os serviços de saúde e educação a terceiros, previstos pelo município liderado por Topázio Neto (Partido Social Democrático), e lutam pela valorização das carreiras e a reposição de perdas salariais, refere o Brasil de Fato. Isto, num contexto de ameaças de despedimentos.

No plenário, os trabalhadores rejeitaram a proposta do município, que «repetia a promessa de terceirizar os serviços, sem valorização salarial e com informações vagas sobre realização de concursos públicos».

Após a votação que aprovou a manutenção da greve, realizou-se uma mobilização pelas ruas de Florianópolis, com a participação de milhares de pessoas, apesar de tentativas da Polícia Militar para a impedir.

«Eles acabaram cedendo à pressão e a gente conseguiu fazer uma caminhada pelo centro da cidade para dialogar com a população. Terminámos o acto na frente da prefeitura, e a nossa mesa de negociação negociou com a Guarda Municipal, que estava bloqueando a entrada, para subir e entregar um ofício solicitando reabertura das negociações», disse ao Brasil de Fato o director do departamento jurídico do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis (Sintrasem), Kawe Campoli.

Depois da entrega do ofício, um representante da prefeitura entrou em contacto com a direcção do sindicato para confirmar a presença numa audiência de conciliação que será marcada na próxima semana. A prefeitura, refere a fonte, comprometeu-se ainda a procurar o diálogo antes mesmo da audiência.

A greve por tempo indeterminado que se mantém desde 31 de Maio foi a saída encontrada pelos trabalhadores depois de quase dois meses de negociações sem acordo com o município.

Ameaças de despedimentos e solidariedade

Apesar da aparente tentativa de diálogo, há uma semana, o Diário Oficial do Município de Florianópolis anunciou a criação de uma comissão de sindicância para apurar a actuação de pessoas participantes na greve e a sua eventual responsabilização, «inclusive, se for o caso, com a aplicação de demissão por justa causa».

Para o Sintrasem, o município recorreu a isso para tentar amedrontar os trabalhadores e afectar a greve, mas tal não se verificou. «A greve se mantém com o nível de estabilidade, e até crescimento em alguns sectores», destacou Kawe Campoli.

Entretanto, no seu portal, o Sintrasem destaca que «mais de uma centena de entidades de todo o país» se manifestaram contra a «criminalização dos trabalhadores da Prefeitura de Florianópolis em greve».

A lista inclui sindicatos, movimentos populares, conselhos profissionais, partidos políticos, associações, entre outras entidades.

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