O trabalhador da construção civil foi morto em Ashkelon, no Sul dos territórios ocupados em 1948, quando a Polícia israelita andava à procura de trabalhadores palestinianos sem autorização para trabalhar, segundo referem diversas fontes.
De acordo com o comunicado emitido pelas forças israelitas, o trabalhador recusou-se a mostrar a documentação e sacou de uma faca, ferindo um agente numa mão. Foi morto a tiro de imediato.
Este caso ocorre num contexto de tensão e violência crescentes nos territórios ocupados. No espaço de 24 horas, entre domingo e segunda-feira de manhã, quatro palestinianos foram mortos ao serem atingidos por disparos de militares israelitas – um deles faleceu por não resistir aos ferimentos.
Esta escalada segue-se às declarações do primeiro-ministro israelita, Naftali Bennet, que na sexta-feira afirmou que «não há e não haverá limites para esta guerra», acrescentando que o Exército teria «total liberdade de acção», tal como o Shin Bet (serviço de segurança interna israelita) e as restantes forças de segurança.
As declarações de Bennet, após um ataque perpetrado por um palestiniano em Telavive, que provocou a morte a três israelitas e mais de uma dezena de feridos, foram classificadas pelo Ministério palestiniano dos Negócios Estrangeiros como uma «autorização oficial para praticar execuções extra-judiciais», numa «violação flagrante das normas do direito internacional».
Duas dezenas de detidos na Cisjordânia e fortes confrontos em Jenin
O palestiniano que, na quinta-feira, realizou o ataque numa zona nocturna de Telavive, residia em Jenin, no Norte da Cisjordânia. Desde então, a cidade tem sido alvo de raides sucessivos por parte das forças de ocupação.
Segundo refere a Al Mayadeen, têm-se registado intensos confrontos em vários bairros da cidade, com grupos da resistência a fazerem frente às forças especiais israelitas, que usam carros com matrículas palestinianas e colocam franco-atiradores no cimo de diversas casas.
No âmbito da ofensiva de larga escala levada a cabo pelas forças de ocupação em toda a Margem Ocidental, pelo menos 40 palestinianos foram presos entre domingo à noite e esta manhã.
De domingo para segunda-feira, as forças israelitas prenderam 23 palestinianos, segundo refere a WAFA, incluindo cinco em Jerusalém, nas imediações da Mesquita de al-Aqsa e da Bab al-Amoud (Porta de Damasco), onde a Polícia israelita tem reprimido com grande violência as concentrações de palestinianos.
Nesta última madrugada, refere a mesma fonte, as forças de ocupação prenderam 17 palestinianos na Margem Ocidental, mantendo a operação repressiva.
Quatro foram detidos em Jenin e outros tantos em Nablus; em Belém, foram presos dois, tal como em al-Khalil (Hebron) e Tulkarem, havendo ainda registo de detenções em Tubas e Salfit.
Contribui para uma boa ideia
Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.
O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.
Contribui aqui