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Forças israelitas invadem campo de Balata e matam três palestinianos

Numa operação de grande envergadura, as forças de ocupação entraram, esta madrugada, em dezenas de casas no campo de refugiados de Balata, em Nablus, no Norte da Cisjordânia.

Palestinianos junto aos destroços de uma casa no campo de refugiados de Balata, em Nablus 
Créditos / arabnews.com

O Ministério palestiniano da Saúde anunciou que três palestinianos foram mortos a tiro no assalto desta segunda-feira ao campo de Balata e que pelo menos outros seis ficaram feridos, um deles com gravidade.

Em comunicado, o ministério identificou os falecidos como Fathi Jihad Rizq (30 anos), Abdullah Yousef Abu Hamdan (24 anos) e Mohammad Bilal Zeitoun (32).

Testemunhas relataram à agência Wafa que um grande contingente de tropas israelitas invadiu o campo de refugiados de madrugada, tendo colocado franco-atiradores nos telhados.

A mesma fonte refere que as forças de ocupação entraram em dezenas de casas, efectuando buscas e saqueando-as, no meio de intensos confrontos armados com elementos da resistência palestiniana.

As forças israelitas procederam ainda à destruição da casa da família Abu Shalal, ferindo dois menores com metralha e provocando danos em residências próximas.

Desde o início do ano, as tropas e os colonos israelitas mataram 156 palestinianos, incluindo 36 na Faixa de Gaza cercada.

Continuação da guerra total promovida por Israel

Nabil Abu Rudeineh, porta-voz da Presidência palestiniana, classificou o assalto ao campo de refugiados de Balata, em Nablus, como um «verdadeiro massacre» e, citado pela Wafa, disse tratar-se da «continuação da guerra total que Israel está a travar contra o povo palestiniano».

«A agressão contínua contra a cidade de Nablus» por parte das forças de ocupação e colonos extremistas «é um grande crime de guerra e uma punição colectiva que deve terminar imediatamente», sublinhou Rudeineh, responsabilizando inteiramente o governo israelita por «esta escalada perigosa».

Em seu entender, «a loucura israelita irá arrastar a região para uma explosão», pelo que instou a administração norte-americana a intervir e a acabar com o silêncio «sobre estes crimes», que «encoraja Israel a prosseguir a agressão».

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