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Delegação arménia conclui missão humanitária na província síria de Alepo

A delegação concluiu, esta segunda-feira, a desminagem de 50 mil metros quadrados na localidade de al-Zeraa, no Sul de Alepo. Pelo seu lado, os EUA deixam claro o reforço da linha intervencionista.

Uma equipa arménia levou a cabo uma operação de desminagem em mais de 50 mil metros quadrados no Sul de Alepo
Créditos / soyarmenio.com.ar

Antes de serem expulsos da região, os grupos terroristas colocaram ali inúmeras minas anti-tanque, minas anti-pessoais e outros artefactos explosivos. A missão da delegação arménia centrou-se na limpeza de 51 334 metros quadrados de terreno e também na prestação de cuidados de saúde à população.

Na cerimónia celebrada para marcar o fim do processo de desminagem, o cônsul da Arménia em Alepo, Armen Sargisyan, reafirmou o apoio do seu país à paz na Síria. Já o representante da missão humanitária no Consulado, Arkady Donoyan, destacou que o projecto incluiu médicos, além de especialistas em desminagem, refere a agância SANA.

O objectivo da missão, precisou, era humanitário, destinando-se a prestar ajuda ao povo sírio, que recebeu de braços abertos e integrou no país a população arménia que sobreviveu ao genocídio.

Ao intervir, o vice-governador de Alepo, Ahmad al-Yassin, sublinhou a importância da eliminação das minas deixadas pelos terroristas no Sul da província – que foi libertado pelo Exército Árabe Sírio com o apoio dos seus aliados –, na medida em que contribui para a recuperação de terrenos agrícolas e vai permitir que sejam novamente cultivados.

Sanções dos EUA vão aumentar, com aplicação exclusiva a regiões sob controlo de Damasco

William Roback, enviado dos EUA para o Leste e Norte da Síria, deslocou-se no final da semana passada ao país árabe, tendo-se reunido com dirigentes das chamadas Forças Democráticas Sírias (FDS) em Ain al-Arab (também conhecida pelo nome curdo Kobane), no Norte da província de Alepo, junto à fronteira com a Turquia.

De acordo com a RT e outros meios de comunicação, o enviado de Washington deixou claro que o bloqueio económico imposto pelos EUA à Síria é para continuar e intensificar, mas exclui as áreas fora do controlo governamental, nomeadamente as que os EUA ocupam conjuntamente com as FDS, nas províncias de Hasaka, Raqqa e Deir ez-Zor.

O funcionário norte-americano assegurou aos dirigentes das FDS que «haverá trabalho conjunto e coordenação, no quadro dos programas de apoio dos Estados Unidos». Pela sua parte, os representantes curdos disseram «esperar uma solução na Síria para construir um sistema político pluralista, descentralizado e democrático que preserve a privacidade do Norte e do Leste, e afirme legitimamente os direitos do povo curdo», informa a RT.

A entrada de Roback em território sírio deu-se a partir das chamadas zonas seguras controladas pela Turquia, revela a Prensa Latina, e a sua visita «incluiu ainda "percursos não profusamente divulgados" a outras áreas», em que, violando as leis internacionais, os Estados Unidos têm mais de uma dezena de bases militares, que reforçam constantemente com caravanas provenientes do Iraque.

A ocupação de território sírio, em conjunto com as FDS, o roubo de recursos naturais da Síria e o reforço do bloqueio económico asfixiante ao país árabe – isto é, às zonas que estão sob controlo governamental, como foi agora confirmado por um enviado ao terreno – mostram que as pretensões de Washington e dos seus aliados da NATO passam por prolongar o conflito, dividir a Síria e sabotar uma solução.

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