O anúncio foi feito ontem pelo Grupo Empresarial das Indústrias Biotecnológica e Farmacêutica de Cuba (BioCubaFarma), através da sua conta no Twitter. Ambas as formulações integram uma lista de 24 vacinas de subunidades que estão a ser desenvolvidas no mundo e fazem parte do grupo de 16 que actualmente progridem na terceira etapa dos seus ensaios, informa a agência Prensa Latina.
A mesma fonte revela que esta fase tem como principal objectivo avaliar a eficácia, a segurança e a imunogenicidade da vacinação contra o SARS-CoV-2, que provoca a doença, e caracteriza-se por ser multicêntrica, adaptativa, em grupos paralelos, randomizada, controlada com placebo e com a aplicação do método duplo-cego.
A Soberana 02, do Instituto Finlay de Vacinas, foi a primeira candidata a iniciar o estudo, no passado dia 8 de Março, na capital cubana, com 44 010 voluntários entre os 19 e 80 anos. O seu esquema de imunização é de zero, 28 e 56 dias.
Já a aplicação da primeira dose da Abdala, segunda candidata cubana a chegar a esta fase, desenvolvida pelo Centro de Engenharia Genética e Biotecnologia, teve início no passado dia 22 de Março.
O seu esquema de vacinações é mais curto (zero-14-28 dias), e a primeira dose foi aplicada em apenas dez dias a 48 mil voluntários nas províncias de Santiago de Cuba, Guantánamo e Granma, que têm tido grande incidência de contágios nos últimos tempos.
A este propósito, Francisco Hernández, doutor em Ciências, disse ao Granma que ter conseguido recrutar 48 mil voluntários em apenas dez dias e que todos tenham a primeira dose aplicada foi uma epopeia, fruto do trabalho integrado de muitas instituições e da participação e confiança da população.
María Eugenia Toledo Román, investigadora principal dos ensaios clínicos da Soberana 02, pronunciou-se no mesmo sentido, sublinhando que o êxito da etapa inicial se deveu, em grande medida, à disposição da população para participar nos estudos.
A administração da segunda dose da Soberana 02 e da Abdala, que agora se inicia, envolve mais de 92 mil pessoas. O objectivo da comunidade científica cubana é conseguir vacinar com uma vacina desenvolvida no país cerca de 70% da população da Ilha em Julho e Agosto.
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