Numa declaração a propósito do Primeiro de Maio, Dia Internacional do Trabalhador, a FSM alerta que a agudização da crise do capitalismo está a ter como resultado «a violação aberta dos direitos democráticos e sindicais, a deterioração das condições de trabalho e de vida, e um aumento dramático das desigualdades sociais, da pobreza e da exploração».
Neste contexto, «o grande capital e os seus representantes políticos utilizam o pretexto da crise capitalista de qualquer tipo para atacar até os direitos democráticos e sindicais mais fundamentais, como o direito à greve, de manifestação e de organização».
«O aumento descontrolado dos preços, especialmente dos bens de primeira necessidade, bem como a "pobreza energética", é uma outra forma de cortar salários e de proteger e aumentar os lucros», denuncia a federação, que alerta: «Querem, uma vez mais, que o povo e os trabalhadores paguem a sua crise.»
Sublinhando o reforço da luta contra as privatizações e políticas anti-laborais, a organização, que aglutina mais de 100 milhões de trabalhadores filiados em sindicatos de 133 países, aponta o dedo à burguesia pela agudização da actual crise, considerando que «pretende que os trabalhadores paguem o preço da guerra imperialista dos Estados Unidos, da NATO e da UE com a Rússia na Ucrânia».
Face à escalada bélica, a FSM reafirma a solidariedade internacionalista com os povos que sofrem, o fim de todas as guerras do imperialismo, o desmantelamento da Organização do Tratado do Atlântico Norte e de todas as alianças militares, bem como a abolição das armas nucleares.
Também advoga o fim das guerras económicas e das sanções, exige o fim do «embargo criminoso imposto a Cuba» e «do crime incessante contra o povo palestiniano».
«Intensificamos a nossa luta para garantir o direito dos povos a viver em paz e a determinar livre e independentemente o seu presente e futuro», refere o texto.
Neste Primeiro de Maio, a Federação Sindical Mundial declara o reforço da luta pela emancipação dos trabalhadores; contra as causas profundas da pobreza, da miséria, das guerras e dos refugiados; pela construção de uma sociedade centrada no humano e livre da barbárie capitalista e da exploração.
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