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|especulação financeira

Brisa: os lucros são privados mas os prejuízos são para todos

«O valor das portagens deverá aumentar, e com algum significado, no próximo ano», informa o CEO da Brisa, e antigo ministro passista, Pires de Lima. 91,8 milhões de lucro não impedem aumento para os utentes.

António Pires de Lima, presidente do conselho de administração da Brisa, com Nuno Melo, actual presidente do CDS-PP, em 2019 
António Pires de Lima, presidente do conselho de administração da Brisa, com Nuno Melo, actual presidente do CDS-PP, em 2019 CréditosAntónio Pedro Santos / Agência Lusa

A Brisa Concessão Rodoviária, empresa que faz a gestão das principais autoestradas em Portugal, registou, no primeiro semestre de 2022, lucros de 91,8 milhões de euros, o que representa uma subida de 76,4%  face aos 52 milhões apurados no mesmo período do ano passado. Em 2019, antes da pandemia, os resultados líquidos representaram um aumento de 10,2%.

Atrás dos lucros vêm lucros e outros lucros hão-de vir. Em entrevista à Antena 1 e ao Jornal de Negócios, António Pires de Lima, antigo ministro da Economia do Governo PSD/CDS-PP de Pedro Passos Coelho e actual presidente do conselho de administração da Brisa, assumiu a necessidade, irrevogável, de aumentar especulativamente os preços aos utilizadores das autoestradas portuguesas.

«As portagens estão directamente relacionadas com a inflação, é o indicador de inflação em Outubro que vai determinar o valor das portagens», mas há sempre uma alternativa: se não for o utilizador a pagar directamente à Brisa, podem sempre ser os contribuintes a financiar os lucros da empresa.

Os preços só não aumentarão se o Estado mostrar «abertura para encontrar mecanismos que compensem a Brisa desse aumento e o possa diluir no tempo, ou inclui-lo no grupo de trabalho de renegociação da concessão».

Não será de espantar que a administração da Brisa, sob a direcção de Pires de Lima, adira à velha máxima neoliberal: Os lucros são privados e os prejuízos são de todos. É apenas mais um caso em que, a reboque da escalada inflaccionista, as empresas se aproveitam do contexto económico para arrecadar ainda mais lucros e dividendos. Em quem paga é toda a população.                                                               

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