|Colômbia

Vice-presidente da principal central sindical colombiana assassinado com seis tiros

Walberto Quinetra Medina, vice-presidente da Central Unitária de Trabalhadores (CUT) da Subdireção Regional do Cesar, foi assassinado no passado dia 28 de Abril com seis tiros nas costas. 

A Central Unitária de Trabalhadores da Colômbia (CUT) denunciou, em comunicado, o assassinato do líder sindical Walberto Quintero Medina, vice-presidente da Subdireção Regional no Cesar e dirigente do sindicato Sinaltrainal. O crime ocorreu na noite de 28 de Abril, quando Quintero Medina foi alvejado enquanto estava com amigos num estabelecimento do bairro Sicarare, em Valledupar.

Segundo a CUT, o ataque foi brutal e premeditado: o assassino disparou seis tiros pelas costas da vítima, que foi levada para um hospital, mas não resistiu aos ferimentos, vindo a falecer na manhã de 29 de Abril. As autoridades já capturaram o suspeito, que, de acordo com a imprensa local, tinha um histórico criminal.

A central sindical colombiana classificou o homicídio como mais um ataque à liberdade sindical na Colômbia, país onde dirigentes sindicais e activistas são frequentemente alvos de violência. A estrutura sindical exigiu às autoridades competentes uma investigação exaustiva, rápida e eficaz que permita identificar os responsáveis materiais e morais deste assassinato, garantindo que este crime não fique impune.

Além disto, a CUT também apelou ao Governo colombiano para que implemente medidas efectivas de protecção à Direcção Nacional da Sinaltrainal e a todos os líderes sindicais e defensores dos direitos humanos no país.

«Este crime enluta o movimento sindical. Exigimos justiça e que não haja impunidade. Walberto dedicou sua vida à luta pelos direitos dos trabalhadores, e seu legado permanecerá vivo», pode ler-se no comunicado.

O mesmo documento encerrou com um emotivo tributo: «Walberto Quintero Medina, presente, presente, presente!», lema tradicional em homenagens a militantes assassinados na América Latina.

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro já falou sobre o assassinato e confirmou que o responsável é o Clã do Golfo, uma organização terrorista que actua no país. Petro anunciou uma ofensiva em grande escala contra os negócios e activos ilícitos da rede criminosa Clã do Golfo.

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