|Palestina

Cerca de 1200 presos palestinianos enfrentam «tortura sistemática» no Neguev

De acordo com a Comissão dos Assuntos dos Presos e ex-Presos, os cerca de 1200 detidos provenientes de Gaza na cadeia israelita do Neguev enfrentam «tortura sistemática, abusos e agressões horríveis».

Palestinianos no interior de uma cadeia israelita no Sul dos territórios ocupados (imagem de arquivo)
Palestinianos no interior de uma cadeia israelita no Sul dos territórios ocupados (imagem de arquivo) Créditos / PressTV

Novos testemunhos dos detidos provenientes de Gaza, reclusos no cárcere que a ocupação tem no deserto do Neguev, foram recolhidos pela Comissão, que destaca o facto de, «quase um ano depois do início da guerra genocida contra o povo palestiniano», Israel insistir no recurso a «todos os métodos e políticas para torturar os detidos nas suas prisões e campos de detenção, que se tornaram locais para operações de tortura».

Com base nos testemunhos, a Comissão revelou, esta terça-feira, que os detidos no deserto do Neguev provenientes de Gaza se encontram divididos em oito secções, cada qual com 150.

«Os detidos sofrem condições insuportáveis ​​em celas sobrelotadas que não possuem padrões básicos de saúde, incluindo a infestação de insectos e cobras, o que levou ao surto de doenças de pele contagiosas», afirma a Wafa, citando o relatório.

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Acumulam-se testemunhos de palestinianos sobre crimes nas cadeias israelitas

O advogado Khaled Mahajna conseguiu visitar o jornalista Saber Arab, detido há cem dias pelas forças israelitas em Gaza, e obter mais um testemunho dos «crimes horríveis» que os presos sofrem nos cárceres da ocupação.

Palestinianos detidos pelas forças de ocupação sionistas na Faixa de Gaza Créditos / euromedmonitor.org

O jornalista Mohammad Saber Arab, de 42 anos, trabalhava como correspondente do canal Al-Arabi quando foi detido pelas forças de ocupação sionistas na Faixa de Gaza, durante a agressão generalizada ao complexo hospitalar de al-Shifa, em Março último.

Num comunicado divulgado esta quarta-feira, a Comissão dos Assuntos dos Presos e ex-Presos e a Sociedade dos Prisioneiros Palestinianos informaram que o advogado Khaled Mahajna conseguiu visitar Arab e recolher o seu «depoimento», que se junta a outros, também «horríveis e aterradores», relatados pelos presos de Gaza entretanto libertados, sobre condições de detenção que degradam a dignidade humana, refere a agência Wafa.

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Tropas israelitas lançam primeiro assalto a Rafah

Horas depois de a resistência palestiniana ter anunciado que aceitava um cessar-fogo, forças israelitas lançaram uma operação contra a zona oriental de Rafah e assumiram o controlo da passagem fronteiriça.

Destruição em Rafah, depois dos bombardeamentos israelitas, a 7 de Maio de 2024 
CréditosHatem Khaled / Al Jazeera

A ofensiva militar, que teve lugar ontem à noite com meios aéreos e terrestres, seguiu-se à decisão do Gabinete de Guerra, liderado pelo primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, de levar a efeito a campanha militar, há muito anunciada, contra Rafah.

A concretização da campanha segue-se ao anúncio, por representantes do Hamas, de que aceitavam uma proposta de cessar-fogo apresentada por mediadores do Catar e do Egipto.

O anúncio ainda chegou a levar a festa às ruas do enclave costeiro, mas várias fontes israelitas deram logo sinal de que a proposta não seria aceite pela israelita, mesmo com notícias de que as pressões internas e diplomáticas sobre o governo de Netanyahu aumentavam, no sentido de aceitar um acordo e, sobretudo, de não avançar militarmente contra Rafah, onde se encontram cerca de 1,5 milhões de pessoas deslocadas.

Segundo refere a Al Jazeera, os bombardeamentos desta noite sobre Rafah provocaram pelo menos 12 mortos entre a população palestiniana. Já a Wafa refere-se a 20 mortos e dezenas feridos, ao longo da madrugada, confirmados pelo Hospital Kuwait.

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Israel decreta a evacuação da zona oriental de Rafah

Após uma noite de intensos bombardeamentos sobre Rafah, que provocaram pelo menos 22 mortos, Israel decretou a evacuação de uma parte da região. Repetem-se os alertas para a «catástrofe».

Rafah 
Créditos / Al Jazeera

Os ataques israelitas desta noite visaram 11 casas no Sul da Faixa de Gaza, e provocaram a morte a pelo menos 22 pessoas, incluindo oito crianças, revela a agência Wafa.

De acordo com as autoridades sanitárias palestinianas, o número de mortos desde o início da mais recente ofensiva israelita contra o enclave costeiro chega a 34 683 (sendo que há pelo menos mais dez mil mortes confirmadas, de pessoas desaparecidas debaixo dos escombros) e o número de feridos ultrapassa os 78 mil, sendo que a maioria das vítimas são mulheres e menores de idade.

Entretanto, as equipas de protecção civil continuam a não conseguir socorrer muitos dos feridos e resgatar os corpos espalhados nas estradas ou sob os escombros, refere a agência, uma vez que as forças de ocupação israelitas restringem a movimentação dessas equipas, bem como a das ambulâncias.

Ataque a Rafah seria «catastrófico»

Confrontadas com a ordem de evacuação dos palestinianos na região leste de Rafah, comunicada pelas forças israelitas antes de um ataque previsto em grande escala, várias organizações humanitárias e agências da ONU vieram a público reiterar os alertas para a «catástrofe», caso esse ataque se concretize.

Jonathan Fowler, representante da agência da ONU para os refugiados palestinianos (Unrwa), disse à Al Jazeera que a ordem de evacuação dada por Israel, antes de uma ofensiva no terreno, significa «mais sofrimento e morte».

«As consequências seriam devastadoras para a população em Rafah, que é seis vezes mais do que antes da guerra – e metade dos 1,4 milhões de pessoas são crianças», alertou, acrescentando que «a maior parte destas pessoas foram deslocadas muitas vezes».

«Os terrenos têm de ser limpos de munições por explodir antes de as pessoas poderem regressar a uma área e viver com segurança», disse, sublinhando que não há qualquer sítio seguro na Faixa de Gaza e que «os resultados de uma ofensiva seriam simplesmente catastróficos».

Ofensiva sobre Rafah «vai provocar atrocidades massivas»

Sobre o plano israelita de evacuação, que implica colocar dezenas de milhares de pessoas num pequeno enclave junto à costa, Samah Hadid, do Conselho Norueguês para os Refugiados, disse que é totalmente «inadequado».

Hadid afirmou que não há infra-estruturas básicas de apoio para a população deslocada que lá está, quanto mais para o grupo adicional de pessoas que querem lá colocar.

«Temos vindo a alertar que uma ofensiva militar em Rafah provocaria atrocidades massivas e inúmeras mortes de civis», disse, exortando o mundo e os aliados de Israel a «pôr fim a isto».

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As tropas israelitas, refere ainda a Al Jazeera, assumiram o controlo da passagem fronteiriça de Rafah, entre o Egipto e a Faixa de Gaza, cortando o abastecimento humanitário ao território e dando ordem de evacuação às organizações humanitárias ali presentes, depois de, na véspera, ter decretado a evacuação da zona oriental de Rafah, no extremo sul do enclave palestiniano.

Esta manhã, as autoridades sanitárias palestinianas informaram que o número de mortos confirmados desde a ofensiva sionista de 7 de Outubro subiu para 34 789 e o de feridos para 78 204.

Continuam os alertas contra uma operação em grande escala em Rafah

Organizações não governamentais, como a Save the Children, condenaram a decisão israelita de ordenar a evacuação da população palestiniana deslocada que se encontra apinhada em Rafah, bem como uma ofensiva em grande escala contra essa região, alertando para as consequências nefastas.

«Uma operação militar contra essa cidade obrigaria centenas de milhares de pessoas a fugir e colocaria entraves aos esforços de ajuda no enclave costeiro», alertou a Save the Children International, sublinhando que, em apenas 65 quilómetros quadrados, estão concentrados mais de 1,5 milhões de palestinianos, a maior dos quais foram forçados a fugir em busca de segurança.

Por seu lado, a agência das Nações Unidas para os refugiados palestinianos (Unrwa), afirmou que a interrupção da entrada de ajuda essencial e combustível na passagem fronteiriça de Rafah irá deter a resposta humanitária em toda a Faixa de Gaza.

«A fome castastrófica que as pessoas enfrentam irá agravar-se bastante mais se esta via de abastecimento for interrompida», alertou a Unrwa.

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Ambas as instituições afirmaram que, na visita, a primeira pergunta feita por Arab ao advogado foi: «Onde estou?», mostrando que o jornalista não sabia que estava detido no campo de Sde Teman.

«A administração do campo mantém os detidos algemados 24 horas por dia e com os olhos vendados», segundo o preso, que também se referiu a outros aspectos da detenção, como o facto de estarem cercados por cães-polícias a tempo inteiro ou o tempo restricto de acesso à casa de banho – quem exceder o tempo permitido é castigado.

Arab não mudava de roupa havia 50 dias, mas antes da visita foi autorizado a mudar de calças, continuando com o mesmo casaco que trazia vestido há 50 dias.

Denúncia de agressões sexuais e violações

O testemunho inclui também conversas sobre detidos que foram mortos e sobre as torturas, abusos e humilhações a que foram submetidos, incluindo violação, nalguns casos.

«Ao longo do tempo, são submetidos a tortura, abusos e diversas formas de agressão, incluindo agressões sexuais, incluindo violação, que levaram à morte de detidos. Os espancamentos, abusos, humilhações e insultos não param, e nenhum detido pode falar com nenhum outro; quem fala é severamente espancado», disse o jornalista, citado pelas organizações de apoio aos presos.

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Seminário na Venezuela condena o «novo holocausto do século XXI» na Palestina

Especialistas de uma dezena de países participaram no Seminário Internacional «Um novo holocausto no século XXI: o sionismo ameaça o mundo», que terminou sexta-feira em Caracas.

Jorge Elbaum, José Steinsleger e Breno Altman participam num dos painéis do Seminário, em Caracas Créditos / @Celarg

O evento, de dois dias, realizou-se no Centro de Estudos Latino-americanos e das Caraíbas Rómulo Gallegos (Celarg), na capital venezuelana, onde cerca de uma dezena de investigadores, docentes, jornalistas, diplomatas e outras personalidades analisaram, debateram e condenaram o genocídio do povo palestiniano perpetrado pela entidade sionista na Faixa de Gaza cercada há 17 anos.

Uma nota final, emitida na conclusão do seminário, repudia o silêncio das instâncias internacionais e faz um apelo à solidariedade com o povo palestiniano, à denúncia dos crimes que Israel está a cometer na Palestina e à busca de soluções.

O texto, que deverá ser entregue ao presidente venezuelano, Nicolás Maduro, exorta os países do mundo a construir uma grande aliança anti-imperialista, de modo a «elevar os níveis de organização, luta e unidade do movimento anti-imperialista e anti-sionista», indica a Prensa Latina.

A declaração final afirma que o Estado de Israel, recorrendo à ideologia sionista, surgiu como expressão do processo de expansão do sistema capitalista mundial.

O advogado argentino Gabriel Albarracín, o activista chileno Esteban Silva-Cuadra e o médico e jornalista colombiano Víctor de Currea-Lugo durante os trabalhos do Seminário / @Celarg

Denuncia ainda que a ocupação do território palestiniano há 75 anos teve lugar com o objectivo de criar um enclave que «garanta o controlo dos recursos energéticos da Ásia Ocidental».

Só a consciência dos povos evitará o desenlace terrível

Ao intervir esta sexta-feira no encontro organizado pelo Celarg, o ministro venezuelano da Cultura, Ernesto Villegas, afirmou que o seu país defende «a paz e o fim da agressão genocida contra o povo da Palestina».

Por seu lado, o embaixador do Irão em Caracas, Hojjatollah Soltani, afirmou que a causa da Palestina «toca hoje a alma de qualquer ser humano».

Já o presidente do Celarg, Pedro Calzadilla, referiu que «só a consciência dos povos evitará o desenlace terrível, o maior holocausto jamais imaginado» – que poderá dar-se «se não libertarmos as consciências para travar a máquina de guerra em movimento».

«Comunicação social deve saber o que significa a ocupação da Palestina por Israel»

Ao longo dos dois dias do Seminário, tiveram lugar quatro painéis. «Identidades Judias e Israel» contou com a participação dos jornalistas e escritores Jorge Elbaum (Argentina), José Steinsleger (México) e Breno Altman (Brasil).

O advogado Gabriel Albarracín (Argentina), o activista Esteban Silva-Cuadra (Chile) e o médico e jornalista Víctor de Currea-Lugo (Colômbia) intervieram em «Israel, entidade ilegal criada artificialmente».

Intervenientes no painel «A agressão em Gaza viola o direito internacional» / @Celarg

No painel «A causa palestiniana, causa da resistência» participaram o investigador Ángel Tortolero (Venezuela), a professora e investigadora Yanelexy Soto (Cuba) e o jornalista Carlos Almeida (Brasil).

Já «A agressão em Gaza viola o direito internacional» contou com a participação da escritora e advogada Ana Cristina Bracho (Venezuela), da activista e investigadora Ermelinde Malcotte (Bélgica) e da constitucionalista Olga Álvarez (Venezuela). 

Esta destacou a necessidade de que a comunicação social saiba «o que significa a ocupação ilegal de Israel há mais de 75 anos em território palestiniano».

Por seu lado, Malcotte referiu-se ao «fracasso do projecto europeu» e à «incapacidade dos EUA para enfrentar a Rússia, a China e o Irão», pontos que, em seu entender, «redimensionam as possibilidades do povo palestiniano».

Em declarações à TeleSur, defendeu que «a base de análise é o imperialismo». «Se há sionistas, é porque os imperialistas queriam conquistar e dominar a região hoje em dia denominada Ásia Ocidental, o Médio Oriente», disse.

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No que toca às condições de detenção dos doentes e feridos, referiu-se a alguns cujos membros foram amputados e a quem as balas foram retiradas sem anestesia.

O jornalista detido acrescentou que os detidos dormem no chão e usam os sapatos como almofadas, não podem dormir durante o dia e que a alimentação consiste em pedaços de labneh (espécie de queijo-creme) e de pepino ou tomate (sempre a mesma refeição).

Comissão dos Assuntos dos Presos e ex-Presos e a Sociedade dos Prisioneiros Palestinianos afirmaram que esta visita «trouxe uma nova confirmação do nível de crimes horríveis a que os prisioneiros estão expostos nas prisões e campos de ocupação».

Condenação de torturas e execuções extrajudiciais

Em declarações à agência Safa, Hassan Abd Rabbo, representante da Comissão dos Assuntos dos Presos e ex-Presos Palestinianos, criticou as autoridades israelitas por impedirem a publicação de qualquer informação sobre as condições em que se encontram os detidos.

Também condenou as torturas israelitas contra cidadãos detidos na Faixa de Gaza, bem como as execuções extrajudiciais levadas a cabo pelas forças sionistas.

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Ataque a escola da ONU é «terrorismo de Estado»

Na quinta-feira, pelo menos 40 palestinianos foram mortos e dezenas ficaram feridos quando as forças israelitas bombardearam uma escola da ONU que acolhia deslocados no campo de refugiados de Nuseirat.

Imagem da escola da Unrwa no campo de refugiados de Nuseirat, na Faixa de Gaza, que acolhia milhares de deslocados e foi bombardeada por Israel, a 6 de Junho de 2024 CréditosAli Jadallah / Anadolu

De acordo com a ONU, a escola gerida pela agência das Nações Unidas para os refugiados palestinianos acolhia cerca de 6000 deslocados quando foi bombardeada sem aviso.

«Acordei com gritos de mulheres e vi partes de corpos dilaceradas. Uma mulher perdeu dois ou três filhos», disse Om Mohammed Wasi, um palestiniano deslocado.

O jornalista da Al Jazeera Tareq Abu Azzoum, que se encontra no Hospital de al-Aqsa, em Deir al-Balah, disse que a maioria das vítimas são crianças, mulheres e idosos.

«Isto é terrorismo de Estado», afirmou Naiem Khalil, outro palestiniano deslocado.

«Israel está a atingir as instituições da ONU. Israel violou todas as leis internacionais, cruzou todas as linhas vermelhas. Durante 76 anos, os palestinianos apelaram ao mundo inteiro sem resposta. As resoluções da ONU são implementadas em todos os outros países, excepto em Israel. Isto é hipocrisia», denunciou.

ONU condena ataque

Através do seu porta-voz, Stéphane Dujarric, o secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou o ataque israelita contra a escola da Unrwa no campo de refugiados de Nuseirat, na região central do enclave.

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Mais de 500 palestinianos assassinados na Cisjordânia ocupada desde Outubro

O alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Türk, condenou esta terça-feira o «derramamento de sangue sem precedentes» na Margem Ocidental e pediu que os responsáveis prestem contas.

Crianças caminham em ruas parcialmente destruídas em Jenin, no Norte da Cisjordânia ocupada CréditosAlaa Badarneh / Unicef

Em comunicado, o funcionário das Nações Unidas renovou o apelo para acabar com o forte incremento de violência na Cisjordânia ocupada desde 7 de Outubro, onde mais de 500 palestinianos foram mortos por militares e colonos israelitas.

Aludindo ao massacre contínuo dos palestinianos na Faixa de Gaza nos últimos oito meses, Volker Türk lamentou que o povo da Cisjordânia ocupada também seja submetido «dia após dia a um derramamento de sangue sem precedentes».

«É incompreensível que tantas vidas tenham sido ceifadas de forma tão desenfreada», afirmou, sublinhando que «as matanças, a destruição e as violações generalizadas dos direitos humanos são inaceitáveis e devem cessar de imediato».

Impunidade generalizada dura há demasiado tempo

«Israel deve adoptar e fazer cumprir regras de confronto que estejam plenamente de acordo com as normas e padrões de direitos humanos aplicáveis», disse Türk, defendendo que «qualquer denúncia de homicídio ilegal deve ser investigada de forma exaustiva e independente» e que «os responsáveis devem prestar contas».

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Uma nova Nakba, 76 anos depois

Quando passam 76 anos da Nakba de 1948 e está em curso uma nova Nakba, o MPPM exige o fim da «barbárie israelita» e que «se salde a dívida internacional para com o povo palestiniano».

Palestinianos deslocados são evacuados do campo de refugiados de Tal al-Zaatar, no Norte da Faixa de Gaza, em Maio de 2024 Créditos / MPPM

O dia 15 de Maio é o Dia da Nakba, da «Catástrofe», em árabe, da limpeza étnica do povo palestiniano que, «seguindo um plano que começou a ser concretizado antes ainda dessa data, se intensificou a partir da criação, em 1948, do Estado de Israel», afirma em comunicado o Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM).

«Nas semanas e meses seguintes, o terror sionista expulsou cerca de 800 mil palestinianos das suas casas, das suas aldeias, dos seus bairros e das suas terras», lembra, acrescentando que muitos dos sobreviventes da Catástrofe de então «passaram as suas vidas nos campos de refugiados, no território da Palestina que não chegou então a ser ocupado, nos países vizinhos ou na diáspora».

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Nos 70 anos da Nakba: «liberdade para a Palestina» e «paz no Médio Oriente»

Lisboa e Porto vão acolher actos de solidariedade com a Palestina, condenando a política israelita de colonização, ocupação e repressão, e o reconhecimento pelos EUA de Jerusalém como capital de Israel.

Refugiados palestinianos durante a Nakba de 1948
Créditos / agenciapacourondo.com.ar

À iniciativa, que é promovida pelo Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC), o Movimento Democrático de Mulheres (MDM), o Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM) e a CGTP-IN, estão a aderir muitas outras organizações, segundo revela o MPPM numa nota publicada na sua página de Facebook.

Em Lisboa – dia 14, às 18h – e no Porto – no dia seguinte, à mesma hora –, os propósitos que as organizações promotoras pretendem vincar são os mesmos, tendo presente que, no próximo dia 15 de Maio, se assinala o 70.º aniversário da Nakba – a «catástrofe», como é designada pelo povo palestiniano (associada ao processo de criação do Estado de Israel).

De acordo com a nota divulgada pelos promotores, nos 70 anos da Nakba, pretende-se: «condenar a política de colonização, limpeza étnica, ocupação e repressão» que é praticada por Israel contra o povo palestiniano há 70 anos; exigir a paz no Médio Oriente; denunciar o reconhecimento, pelos Estados Unidos, de Jerusalém como capital de Israel, bem como a transferência da sua embaixada para essa cidade.

Os promotores querem, para além disso: reclamar ao Governo português que «defenda o direito internacional e as resoluções da ONU respeitantes à Palestina», e que «reconheça formalmente o Estado da Palestina», tendo a sua capital em Jerusalém Oriental; expressar a sua solidariedade com «a justa luta do povo palestiniano pelos seus inalienáveis direitos nacionais, pela edificação do Estado da Palestina livre, independente, soberano e viável nas fronteiras anteriores a 1967, com capital em Jerusalém Oriental», e exigir «uma solução justa para a situação dos refugiados palestinianos».

A «catástrofe» prossegue

A Nakba refere-se à «campanha premeditada que acompanhou o processo de criação de Israel em 1948», em que as milícias sionistas destruíram mais de 500 aldeias, cometeram inúmeros massacres e expulsaram das suas casas cerca de 750 mil palestinianos», afirma-se no texto.

Contudo, a Nakba não terminou e uma «prova eloquente» disso são «os massacres cometidos pelas forças armadas de Israel desde o dia 30 de Março», na Faixa de Gaza cercada, no contexto das manifestações pacíficas da Grande Marcha do Retorno.

Os promotores consideram ainda «inaceitável e ultrajante que os EUA, pela voz do seu presidente, Donald Trump, tenham decidido reconhecer Jerusalém como capital de Israel e transferir para aí a sua embaixada precisamente quando se assinalam os 70 anos» da Nakba.

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«Muitos outros viriam a ser, nas décadas seguintes, novamente vítimas da violência e do terror israelita e dos processos de expulsão sistemática do povo palestiniano que marcaram sempre a existência do Estado», explica.

Uma nova Nakba, 76 anos depois

Depois da que se iniciou em 1948, «uma nova Nakba abate-se sobre o povo palestiniano». Neste sentido, alerta o documento, «o genocídio que desde há sete meses Israel desencadeou na Faixa de Gaza não tem paralelo, nem com a Catástrofe de 1948».

Referindo-se a dados, o organismo solidário destaca que «são mais de 35 mil mortos, quase 80 mil feridos, na sua maioria mulheres e crianças», e que «a maioria do parque habitacional de Gaza foi reduzido a escombros e há cerca de 1,7 milhões de desalojados, 75% da população».

A barbárie à solta

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Israel intensifica os ataques à Faixa de Gaza

Depois de uma noite de fortes bombardeamentos sobre várias partes do enclave costeiro, as tropas israelitas avançam no campo de refugiados de Jabalia, a norte, e em Rafah, a sul.

Destruição em Khan Younis, no Sul da Faixa de Gaza, em Abril de 2024 
CréditosDoaa Rouqa / Al Jazeera

Segundo refere a Al Jazeera, registam-se combates intensos entre as forças de ocupação e grupos da resistência palestiniana no campo de Jabalia, no Norte da Faixa de Gaza, onde as tropas israelitas têm estado a avançar com tanques.

A mesma fonte indica que a situação é particularmente preocupante, uma vez que as forças israelitas conseguiram cercar seis centros de evacuação em áreas densamente habitadas.

Em Rafah, no extremo Sul do território, registam-se intensos combates na zona oriental da província, que as forças israelitas de ocupação têm estado a atacar por via terrestre e aérea.

Dada a dimensão dos ataques aéreos nos últimos seis dias, fontes médicas revelaram que os feridos continuam a chegar ao hospital, mesmo com todas as dificuldades que as equipas de socorro enfrentam no terreno.

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Israel decreta a evacuação da zona oriental de Rafah

Após uma noite de intensos bombardeamentos sobre Rafah, que provocaram pelo menos 22 mortos, Israel decretou a evacuação de uma parte da região. Repetem-se os alertas para a «catástrofe».

Rafah 
Créditos / Al Jazeera

Os ataques israelitas desta noite visaram 11 casas no Sul da Faixa de Gaza, e provocaram a morte a pelo menos 22 pessoas, incluindo oito crianças, revela a agência Wafa.

De acordo com as autoridades sanitárias palestinianas, o número de mortos desde o início da mais recente ofensiva israelita contra o enclave costeiro chega a 34 683 (sendo que há pelo menos mais dez mil mortes confirmadas, de pessoas desaparecidas debaixo dos escombros) e o número de feridos ultrapassa os 78 mil, sendo que a maioria das vítimas são mulheres e menores de idade.

Entretanto, as equipas de protecção civil continuam a não conseguir socorrer muitos dos feridos e resgatar os corpos espalhados nas estradas ou sob os escombros, refere a agência, uma vez que as forças de ocupação israelitas restringem a movimentação dessas equipas, bem como a das ambulâncias.

Ataque a Rafah seria «catastrófico»

Confrontadas com a ordem de evacuação dos palestinianos na região leste de Rafah, comunicada pelas forças israelitas antes de um ataque previsto em grande escala, várias organizações humanitárias e agências da ONU vieram a público reiterar os alertas para a «catástrofe», caso esse ataque se concretize.

Jonathan Fowler, representante da agência da ONU para os refugiados palestinianos (Unrwa), disse à Al Jazeera que a ordem de evacuação dada por Israel, antes de uma ofensiva no terreno, significa «mais sofrimento e morte».

«As consequências seriam devastadoras para a população em Rafah, que é seis vezes mais do que antes da guerra – e metade dos 1,4 milhões de pessoas são crianças», alertou, acrescentando que «a maior parte destas pessoas foram deslocadas muitas vezes».

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Ofensiva sobre Rafah «vai provocar atrocidades massivas»

Sobre o plano israelita de evacuação, que implica colocar dezenas de milhares de pessoas num pequeno enclave junto à costa, Samah Hadid, do Conselho Norueguês para os Refugiados, disse que é totalmente «inadequado».

Hadid afirmou que não há infra-estruturas básicas de apoio para a população deslocada que lá está, quanto mais para o grupo adicional de pessoas que querem lá colocar.

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Desde que Israel mandou evacuar a zona oriental de Rafah, a 6 de Maio último, cerca de 360 mil pessoas fugiram daquela região, revelaram fontes das Nações Unidas, criticando a «deslocação forçada e desumana dos palestinianos», e sublinhando que não existe no enclave qualquer local seguro para onde ir.

Recorde-se que, em Rafah, estavam cerca de 1,4 milhões de pessoas, na sua grande maioria deslocados em busca de refúgio, no contexto da mais recente guerra de agressão israelita contra o território palestiniano cercado.

Ao longo desta noite, indica a Wafa, também se registaram bombardeamentos sobre partes da Cidade de Gaza e a zona central do enclave, que provocaram vítimas mortais e feridos.

Outros aspecto denunciado pelas autoridades palestinianas, por representantes das Nações Unidas e agências humanitárias é o encerramento da passagem fronteiriça de Rafah por parte as forças israelitas, impedindo a circulação de feridos e doentes para o Egipto, bem como a entrada de ajuda humanitária.

De acordo com as autoridades de saúde em Gaza, a ofensiva israelita contra o enclave costeiro provocou mais de 35 mil mortos e cerca de 78 mil feridos.

Mais cadáveres encontrados em valas comuns

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Descoberta nova vala comum em hospital de Gaza atacado por tropas israelitas

Equipas especializadas e pessoal médico recuperaram 49 cadáveres de uma terceira vala comum descoberta dentro do complexo hospitalar al-Shifa, na Cidade de Gaza, após o assalto militar israelita.

Elementos da protecção civil em Gaza retiram corpos de uma enorme vala comum do Hospital Nasser, em Khan Younis, a 21 de Abril de 2024. Até ao momento foram encontrados 283 corpos, entre os quais, afirmam, se encontram pacientes, pessoal médico e refugiados, alguns com marcas de tortura e execução 
Créditos / PressTV

A agência Wafa explicou, esta quarta-feira, que as operações de recuperação dos cadáveres ainda não terminaram, pelo que as autoridades palestinianas não colocam de lado a possibilidade de que o número de corpos aumente nos próximos dias.

Com esta descoberta, sobe para sete o número de valas comuns detectadas pelas equipas – uma no Hospital Kamal Adwan (Norte de Gaza), três no Al-Shifa (Cidade de Gaza) e outras três no Nasser (Khan Younis), todos cercados e atacados pelas forças israelitas nos últimos meses. Ao todo, foram dali recuperados 520 corpos.

Numa nota publicada nas redes sociais, o Ministério palestiniano da Saúde em Gaza condenou «nos termos mais veementes os crimes de genocídio e a matança contínua perpetrados pelo exército de ocupação contra o povo palestiniano».

Pelas valas comuns, o ministério responsabilizou inteiramente a ocupação, a comunidade internacional e a administração norte-americana, tendo ainda confirmado que, entre os primeiros 49 cadáveres agora recuperados, havia vários sem cabeça.

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Forças israelitas intensificam ataques a campos de refugiados em Gaza

Vários pontos do enclave costeiro foram alvo de ataques israelitas nas últimas 24 horas. Em Khan Younis, prosseguem os trabalhos de exumação dos restos encontrados em valas comuns no Hospital Nasser.

Até ao momento, as equipas de protecção civil recuperaram 210 corpos de duas valas comuns no Hospital Nasser, em Khan Younis 
Créditos / @HoyPalestina

Um número indeterminado de palestinianos foi morto na madrugada desta segunda-feira, na sequência de bombardeamentos israelitas a vários pontos da Faixa de Gaza, sobretudo no Centro e no Sul, refere a Wafa.

A agência dá conta de diversos ataques aos campos de refugiados de al-Maghazi, Bureij e Nuseirat, bem como às imediações das localidades de Khan Younis e Deir al-Balah, e a vários bairros da Cidade de Gaza.

Entretanto, em Rafah, no extremo Sul do território, onde se estima que se encontrem refugiados cerca de 1,5 milhões de palestinianos, é denunciada a presença de drones de reconhecimento israelitas, como prenúncio de uma eventual invasão em grande escala, há muito «iminente».

Nas últimas 24 horas, ataques israelitas a zonas residenciais de Rafah provocaram pelo menos 26 mortos, incluindo 16 crianças, revela a agência estatal.

Vala comum em Khan Younis é «prova do genocídio e dos crimes de guerra mais impensáveis»

As equipas de protecção civil continuam a exumar restos mortais de uma enorme vala comum no Hospital Nasser, em Khan Younis. Até ao momento, foram recuperados 210 corpos, disseram trabalhadores à Al Jazeera.

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Novos massacres israelitas na Faixa de Gaza

Pelo menos 11 palestinianos perderam a vida e dezenas ficaram feridos na sequência de ataques israelitas a zonas residenciais no campo de refugiados de al-Maghazi, esta terça-feira.

Um grupo de palestinianos caminha pelo meio de edifícios destruídos pelos bombardeamentos israelitas em Khan Younis 
Créditos / Al Jazeera

De acordo com a informação divulgada pela agência Wafa, as forças israelitas realizaram uma série de ataques aéreos, ontem ao fim do dia, contra áreas residenciais no campo de refugiados de al-Maghazi, na região central do enclave costeiro, e a maior parte das vítimas mortais registadas são crianças.

Mais tarde, o canal da Al Jazeera em árabe reportou a existência de vários mortos palestinianos na sequência de ataques israelitas a um edifício residencial na cidade de Rafah, no extremo Sul da Faixa de Gaza.

A protecção civil no território afirmou que o ataque teve lugar no campo de refugiados de Yabna e que as suas equipas estavam ainda a tentar retirar os mortos e feridos debaixo dos escombros.

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«Não podemos calar-nos perante o massacre atroz» de Israel em Gaza

MPPM, CPPC, CGTP-IN e Projecto Ruído unem-se novamente no apelo à solidariedade com o povo palestiniano, organizando um acto público, em Lisboa, no próximo dia 6.

Grupo de palestinianos com o corpo de um dos mortos no ataque israelita às pessoas que esperavam por ajuda na Cidade de Gaza, a 29 de Fevereiro de 2024 
Créditos / Al Jazeera

Com os lemas «Paz no Médio Oriente! Palestina independente! Fim à agressão! Fim ao massacre!», o acto público pela Palestina tem lugar às 18h de quarta-feira, dia 6, no Rossio, em Lisboa.

Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC), Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM), CGTP-IN e Projecto Ruído – entidades promotoras – exigem o fim da «agressão genocida de Israel contra o povo palestiniano em Gaza, na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental», sublinhando que «não podemos calar-nos perante o massacre atroz levado a cabo por Israel em Gaza, em toda a Palestina».

Neste sentido, reclamam o cessar-fogo permanente e o livre acesso da ajuda humanitária à Faixa de Gaza, bem como a sua reconstrução e «o fim do intolerável cerco que lhe é imposto há já 17 anos».

mppm-palestina.org

Numa declaração divulgada a propósito do acto público, as organizações exigem igualmente que Israel seja responsabilizado «pelos seus crimes e pelo seu sistemático desrespeito pela legalidade internacional», assim como o fim da conivência dos Estados Unidos da América, do Reino Unido e da União Europeia com Israel e com os seus crimes.

Outro aspecto apontado diz respeito ao «ataque orquestrado contra a ONU e as suas instituições, e especificamente a UNRWA, a agência de apoio aos refugiados palestinianos», a que urge pôr fim, tal como à escalada de guerra que «ameaça estender a catástrofe do povo palestiniano a todo o Médio Oriente».

Nessa região, sublinha o texto, é preciso acabar igualmente com os sistemáticos bombardeamentos e a presença ilegal de tropas de ocupação na Síria, Líbano, Iraque e outros países, e travar a lógica de confrontação em curso com o Irão.

«Está nas mãos dos povos, está nas nossas mãos exigir que o imperioso fim do massacre contra Gaza e a Cisjordânia seja também o momento em que se abram condições para finalmente resolver a questão palestiniana, no respeito pelos direitos inalienáveis do seu povo», lê-se no texto de apelo à mobilização em Lisboa.

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A barbárie de Israel «fica na História como um crime maior»

Condenando a «agressão genocida» de Israel contra a Palestina, o MPPM apela a um cessar-fogo imediato e saúda a resistência do povo palestiniano e todas as forças que o apoiam na luta pelos seus direitos inalienáveis.

Khan Younis, Sul da Faixa de Gaza, Janeiro de 2024 
Créditos / mppm-palestina.org

«A barbárie que Israel desencadeou sobre Gaza e sobre toda a Palestina há mais de 100 dias fica na História como um crime maior», denuncia o MPPM – Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente num comunicado emitido esta quarta-feira.

Os bombardeamentos e operações militares israelitas na Faixa de Gaza já provocaram «cerca de 100 mil vítimas – entre mortos, feridos e desaparecidos», o que representa «aproximadamente 5% da população desse martirizado e sitiado território», afirma, ao elencar aspectos vários do massacre.

«A grande maioria das vítimas são crianças e mulheres. Mais de 10 mil crianças já foram mortas. Bairros inteiros foram arrasados e dois milhões de pessoas, cerca de 85% da população, estão sem abrigo – deslocadas e sem casas às quais possam regressar», recorda.

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Agressão israelita a Gaza com impacto devastador na educação

Mais de 625 mil estudantes e cerca de 22 500 professores em Gaza foram privados do acesso à educação e de um local seguro, devido à actual ofensiva israelita, afirmou a UNRWA.

Pessoas deslocadas no interior de uma escola da UNRWA transformada em centro de acolhimento 
CréditosAshraf Amra / unrwa.org

Num comunicado emitido a propósito do Dia Internacional da Educação, que ontem se assinalou, a UNRWA (Agência das Nações Unidas para os Refugiados da Palestina) informou que todas as suas escolas no enclave palestiniano permanecem encerradas e que a maioria alberga pessoas deslocadas – que o organismo estima em mais de 1,2 milhões.

Desde o início do massacre israelita à Faixa de Gaza, há mais de três meses, mais de 625 mil estudantes e 22 564 professores no território foram privados do acesso à educação e de um local seguro, alertou a UNRWA.

Três em cada quatro edifícios escolares foram atingidos na Faixa de Gaza, bem como inúmeras instituições do ensino superior, destaca a agência das Nações Unidas, que se refere igualmente às dificuldades crescentes de acesso à educação na Margem Ocidental ocupada.

De acordo com o documento, pelo menos 782 mil estudantes na Cisjordânia ocupada foram afectados por restrições de movimentos, aumento da violência e receio de ataques por parte dos colonos e das forças israelitas desde Outubro.

Por seu lado, o Ministério palestiniano da Educação refere, via Wafa, que 4551 estudantes foram mortos e 8193 ficaram feridos no contexto da mais recente agressão israelita aos territórios palestinianos, a grande maioria dos quais na Faixa de Gaza.

Imagem de uma das instalações da UNRWA em Khan Younis, na sequência de um bombardeamento israelita, a 24 de Janeiro de 2024 / PressTV

A tutela refere ainda que, no enclave costeiro, foram mortos 231 professores e administradores escolares, enquanto 756 ficaram feridos. Nesse mesmo período, desde 7 de Outubro, o ministério registou seis docentes palestinianos feridos e 71 detidos pelas forças de ocupação na Cisjordânia.

Alerta para a situação em Khan Younis

Num outro comunicado, já emitido esta quinta-feira, a UNRWA afirma que os «ataques persistentes a espaços civis em Khan Younis [Sul da Faixa de Gaza] são totalmente inaceitáveis e devem parar imediatamente».

A agência das Nações Unidas denuncia a situação de combate nas imediações dos hospitais e dos abrigos que acolhem os deslocados, com as pessoas presas lá dentro e as operações de salvamento impedidas.

Bombardeamentos israelitas a um centro da UNRWA, onde estão abrigadas milhares de pessoas deslocadas, provocaram pelo menos 12 mortos e 75 feridos, confirmou o organismo, que ontem, pela voz do seu comissário-geral, Philippe Lazzarini, classificou o ataque como um «desrespeito flagrante pelas regras básicas da guerra».

«O complexo é uma instalação da ONU claramente assinalada e as suas coordenadas foram partilhadas com as autoridades israelitas, tal como fazemos com todas as nossas instalações», sublinhou o responsável, de acordo com o qual pelo menos 30 mil pessoas se encontram no local.

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Neste mesmo contexto, lembra que «hospitais, ambulâncias, escolas, centros de acolhimento de refugiados e jornalistas são directamente alvo de ataques militares israelitas» e que «centena e meia de funcionários das agências humanitárias da ONU foram mortos, o maior número em qualquer conflito».

À sombra destes «terríveis acontecimentos em Gaza, os militares e colonos israelitas impõem, na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, um reino de terror, com assassinatos, detenções em massa, deslocações forçadas e a destruição de equipamentos de saúde e outras infra-estruturas físicas», lê-se no texto, que afirma a urgência de que, em toda a Palestina, «a matança tem de ser travada, e travada já».

Nesse sentido, acrescenta: «O cessar-fogo permanente e o livre acesso da ajuda humanitária são as exigências imediatas e inadiáveis. Têm de ser acompanhados pela reconstrução de Gaza e pelo fim do intolerável cerco que lhe é imposto há já 17 anos.»

Acções intencionais para completar a limpeza étnica

O MPPM entende que a «catástrofe do povo palestiniano é o resultado de acções intencionais» e que «o objectivo israelita é a sua expulsão de todo o território histórico da Palestina, completando assim a limpeza étnica dos palestinos que acompanhou a criação do Estado de Israel em 1948».

A este propósito, o MPPM lembra as declarações, «com linguagem abertamente racista, de numerosos dirigentes israelitas». A título de exemplo, o «ministro da Agricultura gaba-se da "Nakba de Gaza"» e «o ministro do Património defende o uso de uma bomba nuclear em Gaza».

Saudando o governo sul-africano pela decisão de instar o Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) da Haia a pronunciar-se sobre a violação por Israel da Convenção para a Prevenção e Repressão do Crime de Genocídio, de 1948, bem como as «medidas provisórias» decretadas pelo TIJ, o organismo solidário afirma que «Israel tem de ser obrigado a respeitar a legalidade internacional e responsabilizado pelos seus crimes».

Impunidade de Israel e apoio das potências ocidentais

«Os crimes de Israel apenas são possíveis graças à impunidade de que goza, graças ao apoio incondicional que recebe, em primeiro lugar dos Estados Unidos da América, mas também do Reino Unido e das principais potências da União Europeia» (UE), declara o MPPM.

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Albanese reclama acções enérgicas para travar o genocídio em Gaza

A relatora especial da ONU para os territórios palestinianos ocupados, Francesca Albanese, disse esta quinta-feira que «as atrocidades por parte do Exército de Israel devem parar».

Rapaz junto à sua casa destruída pelos bombardeamentos israelitas em Khan Younis, no Sul da Faixa de Gaza 
Créditos / PressTV

Numa conferência de imprensa em Madrid, a relatora das Nações Unidas disse não ter perfil para obrigar a ONU a exercer maior pressão sobre a chamada comunidade internacional, mas «as atrocidades cometidas contra crianças, idosos, mulheres e civis em geral por parte do Exército de Israel devem cessar».

«Sinto-me devastada perante o maior conflito que testemunhei na minha vida e é mais urgente que nunca abordá-lo na base dos crimes de guerra, da brutalidade injustificável do Exército israelita, disse Albanese.

«Nada justifica o que Israel fez», frisou a relatora das Nações Unidas na cidade espanhola. «Israel fez uma série de coisas que são profundamente ilegais», declarou, sublinhando que a entidade sionista tem o dever de respeitar o direito internacional humanitário «para proteger as pessoas que não estão activamente envolvidas em combate, civis, prisioneiros de guerra, doentes e feridos».

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Dezenas de mortos noutra noite de bombardeamentos israelitas em Gaza

Pelo menos 80 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas como consequência dos bombardeamentos israelitas no enclave costeiro palestiniano nas últimas horas.

Área bombardeada na Faixa de Gaza 
Créditos / Wafa

A Faixa de Gaza, debaixo de fogo há 103 dias, foi alvo de ataques em diversos pontos do território na noite de ontem e madrugada de hoje. Fontes médicas revelaram que as equipas de protecção civil e as ambulâncias conseguiram recuperar 25 cadáveres e dezenas de pessoas feridas após os ataques aéreos israelitas contra o Bairro de Daraj, na Cidade de Gaza.

Outras equipas conseguiram recuperar os corpos de sete vítimas de um ataque a Khan Younis, refere a agência Wafa.

A artilharia israelita atacou os bairros de al-Manara e Batn al-Sameen, bem como o centro e sul de Khan Yunis, além do campo de refugiados de Jabalia, acrescentou a fonte, que dá conta de outros ataques, por toda a geografia do território, do Porto de Gaza, no Norte, a Rafah, no Sul, onde se concentram centenas de milhares de pessoas deslocadas, à espera de comida e ajuda humanitária.

A agência alerta que um grande número de vítimas permanece sob os escombros dos edifícios e nas estradas, sem que as ambulâncias e as equipas de protecção civil lhes consigam aceder.

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Cuba não estará «entre os indiferentes ao genocídio» do povo palestiniano

O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, afirmou esta quinta-feira que o seu país jamais estará «entre os indiferentes perante o genocídio» do povo palestiniano por Israel.

Um grupo de homens verifica, em Rafah, no Sul da Faixa de Gaza, os escombros da casa da família palestiniana Nofal, morta por bombardeamentos israelitas a 10 de Janeiro de 2024 
Créditos / PressTV

Na sua conta de Twitter (X), o chefe de Estado reafirmou «o firme apoio» da Ilha ao processo apresentado pela África do Sul no Tribunal de Internacional de Justiça, em Haia, contra Israel «pelos crimes e actos genocidas cometidos contra o povo palestiniano».

À sua breve mensagem, o presidente cubano anexou a declaração emitida também esta quinta-feira pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros (Minrex) do país caribenho, de apoio a um processo jurídico que «deve ser entendido e atendido como um apelo urgente a travar os horríveis crimes internacionais de genocídio, contra a humanidade e apartheid» perpetrados pelo Estado sionista de Israel.

No texto, a diplomacia cubana manifesta a sua «profunda preocupação com a contínua escalada de violência por parte de Israel nos territórios palestinianos ilegalmente ocupados, em flagrante violação da Carta das Nações Unidas e do Direito Internacional».

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Mais de mil crianças com pernas amputadas pelas bombas israelitas em Gaza

Desde 7 de Outubro, devido aos bombardeamentos israelitas, mais de mil crianças palestinianas perderam uma ou as duas pernas, na Faixa de Gaza, revelou a organização Save the Children.

De acordo com a Save the Children, em média, dez ou mais crianças perderam uma ou as duas pernas por dia, nos últimos três meses, na Faixa de Gaza, devido aos bombardeamentos israelitas (imagem de arquivo) 
Créditos / euronews.com

Muitas destas amputações foram realizadas sem anestesia, uma vez que o sistema de saúde se encontra paralisado pelo conflito e existe uma enorme escassez de médicos e enfermeiros, bem como de material médico, como anestesia e antibióticos, alertou a organização não governamental em nota de imprensa ontem publicada.

«Vi médicos e enfermeiros completamente esmagados quando as crianças chegam com ferimentos de explosões», disse Jason Lee, director da Save the Children para os territórios palestinianos ocupados.

«O impacto de ver crianças com tantas dores e não ter equipamentos, medicamentos para as tratar ou aliviar a dor é demais mesmo para profissionais experientes», assinalou.

Jason Lee disse que as crianças pequenas apanhadas em explosões são particularmente vulneráveis a lesões graves, que mudam as suas vidas para sempre.

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Crescente Vermelho reclama intervenção internacional urgente em Gaza

O Crescente Vermelho da Palestina instou a comunidade internacional e as organizações humanitárias a intervir para travar os ataques israelitas contra as suas instalações e o Hospital al-Amal.

Um grupo de pessoas e equipas de socorro sobre os escombros de edifícios bombardeados na Faixa de Gaza pelas forças israelitas (imagem de arquivo) 
Créditos / Wafa

Em comunicado, o organismo instou o mundo a proteger o pessoal médico, os pacientes e os cerca de 14 mil deslocados que se encontram refugiados no centro hospitalar de al-Amal, na cidade de Khan Younis, no meio dos intensos bombardeamentos israelitas.

O Crescente Vermelho disse que as forças de ocupação atacaram vários andares da sua sede nos últimos três dias, com o mais recente bombardeamento a ocorrer hoje, refere a agência Wafa.

A este propósito, precisou que o ataque contra a sede provocou a morte de sete pessoas deslocadas, incluindo um bebé de cinco dias, e deixou feridas mais 11 pessoas.

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Mais de 4000 estudantes palestinianos mortos durante a agressão israelita

O Ministério palestiniano da Educação informou, esta terça-feira, que 4156 estudantes perderam a vida e 7818 ficaram feridos, em Gaza e na Cisjordânia, desde o início da mais recente agressão sionista.

Créditos / english.palinfo.com

Um comunicado emitido ontem pela tutela palestiniana da Educação precisa que, desde 7 de Outubro, 4119 estudantes foram mortos e 7536 ficaram feridos, na Faixa de Gaza, como resultado da agressão israelita.

Já na Margem Ocidental ocupada, perderam a vida 37 estudantes, 282 ficaram feridos e 85 foram detidos pelas forças israelitas no mesmo período.

O Ministério referiu ainda que, no enclave costeiro, foram mortos 201 professores e administradores escolares, enquanto 703 ficaram feridos. No mesmo período, a tutela registou cinco docentes palestinianos feridos e 71 detidos pelas forças de ocupação na Cisjordânia.

O documento, a que várias agências dão eco, destacou o facto de a ocupação ter bombardeado 343 escolas na Faixa de Gaza, incluindo 278 infra-estruturas de ensino governamentais e 65 da UNRWA (Agência das Nações Unidas para os Refugiados da Palestina).

Destas, sete foram completamente arrasadas e 83 sofreram danos de monta. Já na Margem Ocidental, as forças de ocupação invadiram e atacaram 38 escolas.

De acordo com o Ministério palestiniano da Educação, os bombardeamentos israelitas afectaram 90% das escolas governamentais e infra-estruturas educativas na Faixa de Gaza, que nalguns casos foram atacadas directamente e noutros sofreram danos colaterais.

O documento refere ainda que 133 escolas estão a ser utilizadas como centros de refúgio na Faixa de Gaza.

Bombardeamentos israelitas em vários pontos de Gaza

Dezenas de civis palestinianos foram mortos ou ficaram feridos, na madrugada e manhã desta quarta-feira, na sequência de ataques israelitas no enclave costeiro, informa a agência Wafa.

Os bombardeamentos foram particularmente intensos nas zonas Centro e Sul da Faixa de Gaza, refere a agência, que dá conta de ataques a Rafah e Khan Younis, bem como aos campos de refugiados de Nuseirat, al-Maghazi e Bureij.

Greve geral na Cisjordânia ocupada, a 3 de Dezembro de 2024, em protesto contra o ataque israelita, na véspera, ao Sul de Beirute, que provocou a morte a um alto dirigente do Hamas // Mussa Qawasma / Al Jazeera 

Entretanto, a escalada de tensão aumentou na Cisjordânia ocupada, na sequência do ataque israelita com drone a um subúrbio do Sul de Beirute, no Líbano, que provocou a morte a sete pessoas, incluindo Saleh al-Arouri, vice-presidente do Hamas.

Em várias cidades da Margem Ocidental ocupada houve manifestações e confrontos com as forças israelitas, e, hoje, a região amanheceu em situação greve de geral, refere a Prensa Latina, depois de partidos, facções e governo palestinianos terem condenado o assassinato, entre afirmações de «reforço da determinação de resistir» e alertas para as consequências que «o acto terrorista» terá para a região.

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Há cerca de duas semanas, o Crescente Vermelho denunciou também os ataques sistemáticos das tropas israelitas às suas ambulâncias e equipas de salvamento nos territórios ocupados.

Em declarações à imprensa, o director do Departamento de Ambulâncias e Emergências do Crescente Vermelho palestiniano na Cisjordânia ocupada, Ahmed Jibril, alertou que essa estratégia não é nova, mas que se intensificou.

Bombardeamentos israelitas provocam dezenas de mortos em Gaza

Tendo como base fontes locais e hospitalares, a agência Wafa dá conta de intensos bombardeamentos israelitas por ar, terra e mar contra o enclave costeiro, entre ontem à noite e esta manhã.

Apesar de alguns ataques registados na Cidade de Gaza e arredores, a ofensiva israelita centrou-se sobretudo no Centro e no Sul do território, visando cidades como Khan Younis e Rafah (Sul), bem como al-Zawaida, Deir al-Balah e os campos de refugiados de Nuseirat, al-Maghazi e Bureij (Centro), que provocaram dezenas de mortos.

No campo de al-Maghazi, denunciou o Crescente Vermelho, as forças israelitas atacaram a casa do director do Centro de Ambulâncias da Província Central, Anwar Abu Houli, provocando pelo menos dois mortos e cinco feridos, com várias pessoas ainda sob os escombros.

Dados preliminares indicam que a mais recente agressão israelita à Faixa de Gaza provocou mais de 22 400 mortos, incluindo 9730 menores e 6830 mulheres. Mais de 7000 pessoas encontram-se desaparecidas e o número de feridos é superior a 57 600.

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«Têm o pescoço e o torso mais frágeis, pelo que é necessária menos força para causar uma lesão cerebral. Os seus crânios ainda não estão totalmente formados e os seus músculos subdesenvolvidos oferecem menos protecção, pelo que é mais provável que uma explosão destrua órgãos no seu abdómen, mesmo quando não há danos visíveis», referiu.

«O sofrimento das crianças neste conflito é inimaginável e ainda mais porque é desnecessário e completamente evitável», disse Lee, sublinhando que «este sofrimento, o assassinato e a mutilação de crianças são condenados como uma violação grave».

Neste sentido, defendeu que os seus perpetradores devem ser responsabilizados. «A menos que a comunidade internacional tome medidas para defender as suas responsabilidades ao abrigo do Direito Internacional Humanitário e para prevenir os crimes mais graves a nível internacional, a história irá e deverá julgar-nos a todos», afirmou.

Dados preliminares ontem divulgados indicam que a mais recente agressão israelita à Faixa de Gaza provocou pelo menos 22 835 mortos, 70% dos quais são menores e mulheres. Mais de 7000 pessoas encontram-se desaparecidas e o número de feridos é superior a 58 300, refere a Wafa.

De acordo com a agência estatal, os ataques israelitas ao enclave costeiro nas últimas horas provocaram pelo menos 73 mortos e cerca de 100 feridos, sobretudo nas regiões Centro e Sul do território.

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Expressa ainda, mais uma vez, a condenação enérgica dos «assassinatos de civis, especialmente de mulheres, crianças e trabalhadores humanitários do sistema das Nações Unidas», bem como dos «bombardeamentos indiscriminados contra a população civil palestiniana» e da «destruição de casas, hospitais e infra-estruturas civis».

«Israel continua a actuar com total impunidade porque conta com a protecção cúmplice dos Estados Unidos, que obstrui e veta de forma reiterada a acção do Conselho de Segurança, o que mina a paz, a segurança e a estabilidade no Médio Oriente e a nível mundial», destaca.

O documento recorda igualmente que «a República de Cuba é Estado Parte, desde 1953, da Convenção para a Prevenção e Repressão do Crime de Genocídio, e, em conformidade com os compromissos adquiridos nesse contexto, tem a obrigação de prevenir e punir o genocídio».

A declaração do Minrex sublinha que, «apesar dos reiterados apelos à paz nos territórios ilegalmente ocupados, desde há 75 anos que a prática de um crime de genocídio tem vindo claramente a ganhar forma, que actualmente adquire proporções extremas».

O actual contexto, afirma a diplomacia, «exige a acção conjunta dos povos e governos do mundo, para travar de imediato o extermínio indiscriminado de crianças, mulheres e população civil em geral».

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Pelo sexto dia consecutivo, mantém-se o corte total dos serviços de telecomunicações e Internet na Faixa de Gaza, devido à agressão israelita em curso. Segundo refere a agência palestiniana, é a sétima vez que os serviços de comunicações são cortados por completo no enclave desde 7 de Outubro.

Entretanto, já esta manhã, o Ministério palestiniano da Saúde revelou que, nas últimas 24 horas, foram mortas 163 pessoas e 350 ficaram feridas em Gaza.

De acordo com a entidade, desde 7 de Outubro, como consequência da agressão israelita, foram mortas no território pelo menos 24 448 pessoas e ficaram feridas 61 504.

Sector da Educação bastante afectado

Ontem, o Ministério palestiniano da Educação emitiu um comunicado, no qual informa que 4368 estudantes foram mortos e 8101 ficaram feridos desde o início dos mais recentes ataques israelitas, tanto na Faixa de Gaza como na Cisjordânia ocupada.

A tutela referiu ainda que foram mortos 231 professores e administradores escolares, nesse período, enquanto 756 ficaram feridos e 71 foram detidos (na Margem Ocidental).

O documento destaca o facto de a ocupação ter bombardeado ou vandalizado 346 escolas na Faixa de Gaza, incluindo 281 infra-estruturas de ensino governamentais e 65 da UNRWA (Agência das Nações Unidas para os Refugiados da Palestina).

Destas, sete foram completamente arrasadas e 83 sofreram danos de monta. Já na Margem Ocidental, as forças de ocupação invadiram e atacaram 42 escolas.

Quatro palestinianos mortos por um drone israelita em Tulkarem

Segundo refere a Wafa, quatro palestinianos foram mortos e vários outros ficaram feridos num ataque ao Bairro de al-Tammam, em Tulkarem (Norte da Cisjordânia ocupada).

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Mais de mil crianças com pernas amputadas pelas bombas israelitas em Gaza

Desde 7 de Outubro, devido aos bombardeamentos israelitas, mais de mil crianças palestinianas perderam uma ou as duas pernas, na Faixa de Gaza, revelou a organização Save the Children.

De acordo com a Save the Children, em média, dez ou mais crianças perderam uma ou as duas pernas por dia, nos últimos três meses, na Faixa de Gaza, devido aos bombardeamentos israelitas (imagem de arquivo) 
Créditos / euronews.com

Muitas destas amputações foram realizadas sem anestesia, uma vez que o sistema de saúde se encontra paralisado pelo conflito e existe uma enorme escassez de médicos e enfermeiros, bem como de material médico, como anestesia e antibióticos, alertou a organização não governamental em nota de imprensa ontem publicada.

«Vi médicos e enfermeiros completamente esmagados quando as crianças chegam com ferimentos de explosões», disse Jason Lee, director da Save the Children para os territórios palestinianos ocupados.

«O impacto de ver crianças com tantas dores e não ter equipamentos, medicamentos para as tratar ou aliviar a dor é demais mesmo para profissionais experientes», assinalou.

Jason Lee disse que as crianças pequenas apanhadas em explosões são particularmente vulneráveis a lesões graves, que mudam as suas vidas para sempre.

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Crescente Vermelho reclama intervenção internacional urgente em Gaza

O Crescente Vermelho da Palestina instou a comunidade internacional e as organizações humanitárias a intervir para travar os ataques israelitas contra as suas instalações e o Hospital al-Amal.

Um grupo de pessoas e equipas de socorro sobre os escombros de edifícios bombardeados na Faixa de Gaza pelas forças israelitas (imagem de arquivo) 
Créditos / Wafa

Em comunicado, o organismo instou o mundo a proteger o pessoal médico, os pacientes e os cerca de 14 mil deslocados que se encontram refugiados no centro hospitalar de al-Amal, na cidade de Khan Younis, no meio dos intensos bombardeamentos israelitas.

O Crescente Vermelho disse que as forças de ocupação atacaram vários andares da sua sede nos últimos três dias, com o mais recente bombardeamento a ocorrer hoje, refere a agência Wafa.

A este propósito, precisou que o ataque contra a sede provocou a morte de sete pessoas deslocadas, incluindo um bebé de cinco dias, e deixou feridas mais 11 pessoas.

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Mais de 4000 estudantes palestinianos mortos durante a agressão israelita

O Ministério palestiniano da Educação informou, esta terça-feira, que 4156 estudantes perderam a vida e 7818 ficaram feridos, em Gaza e na Cisjordânia, desde o início da mais recente agressão sionista.

Créditos / english.palinfo.com

Um comunicado emitido ontem pela tutela palestiniana da Educação precisa que, desde 7 de Outubro, 4119 estudantes foram mortos e 7536 ficaram feridos, na Faixa de Gaza, como resultado da agressão israelita.

Já na Margem Ocidental ocupada, perderam a vida 37 estudantes, 282 ficaram feridos e 85 foram detidos pelas forças israelitas no mesmo período.

O Ministério referiu ainda que, no enclave costeiro, foram mortos 201 professores e administradores escolares, enquanto 703 ficaram feridos. No mesmo período, a tutela registou cinco docentes palestinianos feridos e 71 detidos pelas forças de ocupação na Cisjordânia.

O documento, a que várias agências dão eco, destacou o facto de a ocupação ter bombardeado 343 escolas na Faixa de Gaza, incluindo 278 infra-estruturas de ensino governamentais e 65 da UNRWA (Agência das Nações Unidas para os Refugiados da Palestina).

Destas, sete foram completamente arrasadas e 83 sofreram danos de monta. Já na Margem Ocidental, as forças de ocupação invadiram e atacaram 38 escolas.

De acordo com o Ministério palestiniano da Educação, os bombardeamentos israelitas afectaram 90% das escolas governamentais e infra-estruturas educativas na Faixa de Gaza, que nalguns casos foram atacadas directamente e noutros sofreram danos colaterais.

O documento refere ainda que 133 escolas estão a ser utilizadas como centros de refúgio na Faixa de Gaza.

Bombardeamentos israelitas em vários pontos de Gaza

Dezenas de civis palestinianos foram mortos ou ficaram feridos, na madrugada e manhã desta quarta-feira, na sequência de ataques israelitas no enclave costeiro, informa a agência Wafa.

Os bombardeamentos foram particularmente intensos nas zonas Centro e Sul da Faixa de Gaza, refere a agência, que dá conta de ataques a Rafah e Khan Younis, bem como aos campos de refugiados de Nuseirat, al-Maghazi e Bureij.

Greve geral na Cisjordânia ocupada, a 3 de Dezembro de 2024, em protesto contra o ataque israelita, na véspera, ao Sul de Beirute, que provocou a morte a um alto dirigente do Hamas // Mussa Qawasma / Al Jazeera 

Entretanto, a escalada de tensão aumentou na Cisjordânia ocupada, na sequência do ataque israelita com drone a um subúrbio do Sul de Beirute, no Líbano, que provocou a morte a sete pessoas, incluindo Saleh al-Arouri, vice-presidente do Hamas.

Em várias cidades da Margem Ocidental ocupada houve manifestações e confrontos com as forças israelitas, e, hoje, a região amanheceu em situação greve de geral, refere a Prensa Latina, depois de partidos, facções e governo palestinianos terem condenado o assassinato, entre afirmações de «reforço da determinação de resistir» e alertas para as consequências que «o acto terrorista» terá para a região.

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Há cerca de duas semanas, o Crescente Vermelho denunciou também os ataques sistemáticos das tropas israelitas às suas ambulâncias e equipas de salvamento nos territórios ocupados.

Em declarações à imprensa, o director do Departamento de Ambulâncias e Emergências do Crescente Vermelho palestiniano na Cisjordânia ocupada, Ahmed Jibril, alertou que essa estratégia não é nova, mas que se intensificou.

Bombardeamentos israelitas provocam dezenas de mortos em Gaza

Tendo como base fontes locais e hospitalares, a agência Wafa dá conta de intensos bombardeamentos israelitas por ar, terra e mar contra o enclave costeiro, entre ontem à noite e esta manhã.

Apesar de alguns ataques registados na Cidade de Gaza e arredores, a ofensiva israelita centrou-se sobretudo no Centro e no Sul do território, visando cidades como Khan Younis e Rafah (Sul), bem como al-Zawaida, Deir al-Balah e os campos de refugiados de Nuseirat, al-Maghazi e Bureij (Centro), que provocaram dezenas de mortos.

No campo de al-Maghazi, denunciou o Crescente Vermelho, as forças israelitas atacaram a casa do director do Centro de Ambulâncias da Província Central, Anwar Abu Houli, provocando pelo menos dois mortos e cinco feridos, com várias pessoas ainda sob os escombros.

Dados preliminares indicam que a mais recente agressão israelita à Faixa de Gaza provocou mais de 22 400 mortos, incluindo 9730 menores e 6830 mulheres. Mais de 7000 pessoas encontram-se desaparecidas e o número de feridos é superior a 57 600.

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«Têm o pescoço e o torso mais frágeis, pelo que é necessária menos força para causar uma lesão cerebral. Os seus crânios ainda não estão totalmente formados e os seus músculos subdesenvolvidos oferecem menos protecção, pelo que é mais provável que uma explosão destrua órgãos no seu abdómen, mesmo quando não há danos visíveis», referiu.

«O sofrimento das crianças neste conflito é inimaginável e ainda mais porque é desnecessário e completamente evitável», disse Lee, sublinhando que «este sofrimento, o assassinato e a mutilação de crianças são condenados como uma violação grave».

Neste sentido, defendeu que os seus perpetradores devem ser responsabilizados. «A menos que a comunidade internacional tome medidas para defender as suas responsabilidades ao abrigo do Direito Internacional Humanitário e para prevenir os crimes mais graves a nível internacional, a história irá e deverá julgar-nos a todos», afirmou.

Dados preliminares ontem divulgados indicam que a mais recente agressão israelita à Faixa de Gaza provocou pelo menos 22 835 mortos, 70% dos quais são menores e mulheres. Mais de 7000 pessoas encontram-se desaparecidas e o número de feridos é superior a 58 300, refere a Wafa.

De acordo com a agência estatal, os ataques israelitas ao enclave costeiro nas últimas horas provocaram pelo menos 73 mortos e cerca de 100 feridos, sobretudo nas regiões Centro e Sul do território.

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O Crescente Vermelho palestiniano confirmou que recuperou os corpos das quatro vítimas mortais do ataque israelita, que se inseriu numa operação de grande envergadura, desde as 4h30 da madrugada, contra a cidade de Tulkarem e o seu campo de refugiados.

Durante a operação, refere a Wafa, soldados israelitas vandalizaram e destruíram propriedades e infra-estruturas de palestinianos, e registaram-se intensos confrontos entre os residentes e as forças de ocupação.

Também esta madrugada, indica a Al Jazeera, outros três palestinianos foram mortos pelas forças sionistas no campo de refugiados de Balata, em Nablus, no meio de um intenso dispositivo, que incluía mais de 30 viaturas militares.

Nos raides desta madrugada, pelo menos 85 palestinianos foram detidos, indica a mesma fonte. Entre estes, encontram-se 40 trabalhadores oriundos de Gaza a trabalhar na Cisjordânia ocupada.

Com estas detenções, que tiveram lugar em Ramallah, Qalqilya, al-Khalil (Hebron), Jerusalém, Tulkarem, Jericó e Belém, sobe para quase 6000 o número de palestinianos presos na Margem Ocidental ocupada desde 7 de Outubro.

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«Em vez disso, o que aconteceu foram mais de 100 dias de bombardeamentos implacáveis – utilizando 6000 bombas por semana nas primeiras duas semanas, bombas de 1000 quilos, em zonas densamente povoadas», disse, citada pela PressTV.

«A maior parte dos hospitais tornou-se disfuncional. Um bom número deles, os principais, foram fechados, bombardeados ou tomados pelo Exército», acrescentou Albanese, alertando que «as pessoas estão a morrer agora não apenas por causa das bombas, mas também porque não existem infra-estruturas de saúde suficientes para curar as suas feridas».

«É chocante o número de crianças que são amputadas todos os dias, um ou dois membros. Durante os primeiros dois meses desta [guerra], 1000 crianças foram amputadas sem anestesia. É uma monstruosidade», denunciou.

A relatora independente chamou ainda a atenção para as condições infra-humanas em que vive a população deslocada no enclave palestiniano, para a fome, a sede, o frio, os cortes de electricidade que têm de enfrentar, além das humilhações próprias das práticas israelitas de colonização.

Defendeu que a maior parte dos países ocidentais não assume a responsabilidade de proteger Gaza, limitando-se a equiparar a agressão israelita aos ataques da resistência palestiniana, num contexto em que os ataques israelitas mataram pelo menos 24 620 pessoas (incluindo mais de uma centena de jornalistas) e deixaram feridas pelo menos 61 830, segundo dados divulgados ontem pelo Ministério palestiniano da Saúde.

Francesca Albanese, junto ao deputado comunista espanhol Manu Pineda, que intervém na sessão «Palestina, o direito a existir», em Madrid, a 18 de Janeiro de 2024 / @ManuPineda

Neste sentido, ao intervir na sede do Parlamento Europeu em Madrid, Albanese criticou a passividade da Europa e admitiu que «a realidade política será muito difícil de mudar» se os países com capacidade de pressionar Israel (especialmente os Estados Unidos) não derem um passo para exercer maior pressão.

Também dirigiu críticas ao Egipto, de onde chegam informações bastante preocupantes, como a cobrança de milhares de dólares a alguns palestinianos que tentam atravessar a fronteira.

Em seguida, indica a Prensa Latina, Albanese participou numa iniciativa com Manu Pineda, deputado comunista espanhol que preside à Delegação para as Relações com a Palestina no Parlamento Europeu.

Com o lema «Palestina, o direito a existir», a iniciativa contou também com as intervenções da ministra espanhola da Juventude e Infância, Sira Rego, e da directora do diário espanhol Público, Virginia Pérez Alonso.

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Tal apoio, denuncia, ficou patente de «forma chocante durante estas semanas de violência genocida» nos sistemáticos vetos dos EUA à mera exigência pelo Conselho de Segurança da ONU de um cessar-fogo humanitário; nas proibições e perseguições em múltiplos países da UE à expressão de solidariedade com o povo e a causa palestiniana; no apoio militar dos EUA e seus aliados a Israel; nas declarações dos EUA e de grandes potências europeias contra a iniciativa da África do Sul junto do TIJ; na persistente recusa em tomar medidas efectivas para travar os crimes de Israel; no fazer de contas que não se ouvem as declarações abertamente racistas e genocidas do governo fascizante de Israel.

«E patente também na criminosa decisão de vários países de cortar o financiamento à UNRWA, a agência da ONU para os refugiados palestinianos que assegura parte importante do trabalho humanitário no terreno e da qual depende hoje quase toda a população de Gaza», sublinha o texto.

«Este ataque à UNRWA, para mais no contexto de catástrofe que se vive nos territórios palestinianos ocupados, é não apenas um novo castigo colectivo sobre todo um povo, como é um acto de aberta cumplicidade com o genocídio e a tentativa de limpeza étnica que Israel está a levar a cabo, por parte dos EUA, Alemanha, Itália, Reino Unido, Holanda, Finlândia e outros países que anunciaram a cessação do financiamento», acrescenta.

«Não estamos perante impotência, mas perante cumplicidade», aponta o MPPM, sublinhando como «é chocante, e revelador, o contraste com a vaga de sanções, bloqueios, pressões que estas mesmas potências aplicaram e aplicam de forma generalizada noutros contextos».

Impedir o alastrar da guerra a toda a região

No documento, declara-se a necessidade de «travar a escalada de guerra e impedir que a catástrofe do povo palestiniano se estenda a todo o Médio Oriente», pondo fim aos sistemáticos bombardeamentos e à presença ilegal de tropas de ocupação na Síria, Líbano, Iraque e outros países da região, e travando a lógica de confrontação em curso com o Irão.

A propósito das operações militares ilegais, desencadeadas por EUA e Reino Unido, com bombardeamentos sobre o Iémen, «cujo povo já sofreu os efeitos devastadores de uma guerra de muitos anos, conduzida com o apoio dessas mesmas potências», o texto sublinha que a operação naval no Mar Vermelho não apenas é incapaz de alcançar os objectivos proclamados, como ilude a questão de fundo: a de que os ataques a navios no Mar Vermelho são consequência directa da chacina israelita em Gaza e da conivência com essa chacina.

Reafirmando a necessidade de um cessar-fogo permanente, do fim do cerco a Gaza e do início da sua reconstrução, o MPPM sublinha que «a catástrofe que se abateu sobre o povo palestiniano desde Outubro de 2023 vem na sequência da catástrofe que esse povo vive desde 1948».

«Se há algo que fica provado pelos acontecimentos destes meses, é que não haverá paz no Médio Oriente sem o reconhecimento dos legítimos e inalienáveis direito do povo palestiniano a ter um Estado soberano e independente em território da Palestina», afirma, sendo para tal necessário dar andamento a um real processo político que respeite os direitos nacionais do povo palestiniano.

Nada pode ficar igual a partir de agora

«O genocídio que está a ser cometido por Israel contra o povo palestiniano e os riscos de guerra generalizada no Médio Oriente exigem que nada fique igual a partir de agora», declara o documento, defendendo que «todos os governos, todos os países, têm de assumir as consequências dos factos que vivemos» – não apenas em termos das suas relações com Israel, mas de forma mais geral.

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Israel matou 112 trabalhadores da imprensa na agressão a Gaza, afirma sindicato

As forças israelitas mataram 112 jornalistas e trabalhadores da imprensa palestinianos nos primeiros 100 dias da agressão à Faixa de Gaza, revelou este domingo fonte sindical.

Um grupo de palestinianos rodeia os corpos sem vida dos jornalistas Hassouna Sleem e Sary Mansour, mortos num ataque israelita contra uma casa, num hospital da região central da Faixa de Gaza 
Créditos / PressTV

Em comunicado, o Sindicato dos Jornalistas Palestinianos afirmou que as forças de ocupação israelitas continuam a atacar jornalistas palestinianos com a intenção de os matar.

De acordo com o comité de liberdades da organização, a mais recente vítima foi o fotógrafo e operador de câmara Yazan al-Zuweidi, que trabalhava para o canal egípcio Al-Ghad e foi morto, este domingo, pela ocupação israelita no enclave costeiro.

O organismo afirma que o assassinato de jornalistas por parte das forças militares de ocupação é parte das suas «tentativas de destruir a verdade do genocídio cometido contra o povo palestiniano em geral, particularmente na Faixa de Gaza», revela a Wafa.

Lista de jornalistas e trabalhadores da imprensa assassinados por Israel entre 7 de Outubro de 2023 e 14 de Janeiro de 2024 em Gaza // Sindicato dos Jornalistas Palestinianos / Wafa

Destaca, além disso, os elevados riscos que os trabalhadores do sector correm, as condições extremamente complexas e difíceis em que vivem, bem como o facto de as suas famílias não serem poupadas.

Neste contexto, alertou para as tentativas de Israel de «falsificar e fabricar acusações contra eles», de modo a justificar os seus assassinatos e a colocar entraves a qualquer processo judicial futuro, a nível internacional, que «responsabilize Israel por estes crimes».

Intensos bombardeamentos sobre a Faixa de Gaza

Os ataques israelitas das últimas horas contra o enclave costeiro palestiniano provocaram dezenas de mortos entre a população civil, revela a Wafa com base em fontes médicas e da imprensa.

Os bombardeamentos tiveram impacto nas zonas Norte, Centro e Sul do território, com particular incidência em Khan Younis e, na região central, em Deir al-Balah e nos campos de refugiados de al-Bureij, al-Maghazi e Nuseirat, indica a Al Jazeera.

Esta última fonte dá eco ao mais recente relatório do Ministério da Saúde, de acordo com o qual pelo menos 132 pessoas foram mortas e 252 ficaram feridas na Faixa de Gaza nas últimas 24 horas, como consequência dos ataques.

Dados preliminaries apontam para 24 100 mortos e 60 834 feridos desde 7 de Outubro, no contexto da mais recente agressão israelita contra o território palestiniano.

Milhares de detidos por Israel na Cisjordânia ocupada

Segundo revelou este domingo o Clube dos Prisioneiros Palestinianos, o Exército e a Polícia israelitas prenderam 5875 palestinianos na Margem Ocidental ocupada desde 7 de Outubro último.

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Israel está a usar a fome como arma de guerra em Gaza, acusam organizações

O Conselho para as Relações Americano-Islâmicas, nos EUA, e a organização israelita de defesa dos direitos humanos B’Tselem acusam Israel de assumir uma «política declarada» de fome na Faixa de Gaza.

Grupo de crianças palestinianas segura recipientes numa fila para receber comida em Rafah, no Sul da Faixa de Gaza, em Dezembro de 2023 
Créditos / PressTV

Nihad Awad, director executivo nacional do Conselho para as Relações Americano-Islâmicas (CAIR, na sigla em inglês), afirmou esta segunda-feira, em comunicado, que as «imagens chocantes» de mulheres e crianças famintas «vão ficar para sempre como uma mancha na história da Humanidade».

«É inadmissível que a administração de Biden continue a apoiar a política declarada do governo israelita de extrema-direita de matar à fome toda a população de Gaza, uma táctica horrível que é uma clara violação do direito internacional», disse Awad, citado pela PressTV.

Por seu lado, o Centro de Informação Israelita para os Direitos Humanos nos Territórios Ocupados – B’Tselem alertou, num relatório publicado esta segunda-feira, que «Israel está a matar Gaza à fome».

«Todos em Gaza estão a passar fome. Cerca de 2,2 milhões de pessoas sobrevivem diariamente com quase nada, e privam-se regularmente de refeições», lê-se no texto divulgado no portal da organização.

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Deslocados em Gaza sob condições «catastróficas e avassaladoras»

O Ministério da Saúde na Faixa de Gaza alerta para a situação dos deslocados, incluindo 50 mil mulheres grávidas que sofrem de má-nutrição. O massacre israelita provocou 22 mil mortos, revela a entidade.

Palestinianos procuram sobreviventes e corpos sob os escombros de uma casa destruída por um ataque israelita em Khan Younis, no Sul da Faixa de Gaza, a 31 de Dezembro de 2023 
Créditos / PressTV

Numa nota divulgada esta segunda-feira, a pasta da Saúde na Faixa de Gaza informou que o número de mortos nos ataques perpetrados pelas forças israelitas desde 7 de Outubro tinha subido para 21 978 e o número de feridos chegara a 57 697.

A mesma fonte refere que 70% das vítimas são crianças e mulheres e que, como consequência dos ataques sionistas durante esse período, cerca de 7000 pessoas estão debaixo dos escombros ou desaparecidas.

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Prossegue o massacre israelita em Gaza

Nas últimas 24 horas, pelo menos 241 pessoas foram mortas no enclave, reportou o Ministério palestiniano da Saúde. A ONU manifestou preocupação com os «bombardeamentos continuados» israelitas.

Zona arrasada pelos bombardeamentos israelitas na Faixa de Gaza; há pelo menos 7000 pessoas desaparecidas 
Créditos / PressTV

Seif Magango, representante do Gabinete das Nações Unidas para os Direitos Humanos, expressou preocupação com a continuação dos bombardeamentos, pelas forças israelitas, nas regiões Centro e Sul da Faixa de Gaza.

Magango afirmou em nota, ontem, que era «alarmante que o intenso bombardeamento» ocorresse após as forças israelitas terem ordenado «aos residentes do Sul de Wadi Gaza que se mudassem para o Sul de Gaza e Tal al-Sultan, em Rafah».

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«A guerra contra Gaza desmascarou o Ocidente», afirma a Síria

O ministro sírio dos Negócios Estrangeiros disse esta quarta-feira que os acontecimentos recentes na região mostram a «hipocrisia» dos governos ocidentais e as suas «falsas alegações» de democracia e liberdade.

Destruição provocada pelos bombardeamentos israelitas em Rafah, no Sul da Faixa de Gaza 
Créditos / Al Mayadeen

«A luz verde que estes governos deram a Israel para que prossiga a sua brutal guerra contra os palestinianos em Gaza desmascarou-os junto dos seus povos e mostrou a falsidade das suas afirmações sobre o respeito dos direitos humanos», declarou Faisal Mekdad, depois de receber o seu homólogo da autoproclamada República da Abecásia, Inal Batovich Ardzinba.

Mekdad condenou o uso do veto por parte dos Estados Unidos contra uma resolução do Conselho de Segurança que exigia o fim dos massacres perpetrados pelo regime sionista de Telavive contra a população civil palestiniana.

O chefe da diplomacia síria reafirmou a condenação destes massacres na Faixa de Gaza e apelou ao reforço da acção internacional conjunta para «acabar com estes crimes sem precedentes», indica a Prensa Latina.

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Sionistas não tiram a capital síria da mira

Unidades da defesa anti-aérea do Exército sírio entraram em acção ontem ao fim da noite, para repelir um novo ataque com mísseis israelita contra vários pontos a sudeste de Damasco.

Defesa anti-aérea síria responde ao ataque israelita em Damasco
Créditos / Twitter

Uma nota de imprensa do Ministério sírio da Defesa, divulgada pela agência Sana, refere que a aviação inimiga lançou a partir dos Montes Golã ocupados, pelas 23h05 (hora local), um ataque contra diversos pontos nos arredores de Damasco.

Afirmando que vários mísseis foram interceptados, a fonte militar reconheceu que o impacto de alguns projécteis provocou danos materiais.

Fontes castrenses consultadas pelos correspondentes da Prensa Latina precisaram que dois pontos conjuntos do Exército Árabe Sírio e do seu aliado Hezbollah foram atacados na localidade de Sayeda Zeinab, havendo a registar também danos materiais em casas.

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Síria pede ao Conselho de Segurança que trave agressões israelitas

O representante da Síria junto das Nações Unidas reafirmou, esta terça-feira, o pedido feito na véspera pelo seu governo, a propósito de mais um ataque israelita contra o Aeroporto Internacional de Damasco.

O ataque israelita contra o aeroporto de Damasco provocou danos consideráveis, mas não vítimas 
Créditos / Prensa Latina

A Síria denunciou as repetidas agressões israelitas contra o Aeroporto Internacional de Damasco e pediu ao Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU) que tome medidas imediatas para acabar com estas «flagrantes violações do direito internacional».

Este posicionamento, refere a agência Sana, foi expresso ontem pelo encarregado de negócios em funções na delegação permanente do país árabe junto das Nações Unidas, al-Hakam Dandi, durante uma sessão do CSNU dedicada à situação no Médio Oriente.

Na véspera, o Ministério sírio dos Negócios Estrangeiros já se tinha dirigido às Nações Unidas e ao seu Conselho de Segurança, por meio de missivas, nas quais exigia a ambos os organismos que assumissem as suas responsabilidades e agissem de modo a travar os repetidos ataques israelitas contra aeroportos civis sírios, considerando que essas agressões representam uma «ameaça à paz e à segurança na região e no mundo».

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Quatro soldados sírios mortos em ataque israelita contra Damasco

Quatro soldados mortos e outros tantos feridos é o saldo preliminar de um ataque com mísseis perpetrado, esta madrugada, a partir dos Montes Golã ocupados contra as imediações da capital síria.

Defesa anti-aérea síria responde ao ataque israelita em Damasco
Defesa anti-aérea síria responde ao ataque israelita em Damasco (imagem de arquivo) Créditos / Twitter

Num comunicado, o Ministério sírio da Defesa afirma que os projécteis foram disparados da direcção dos Montes Golã ocupados por volta das 2h20 desta segunda-feira, tendo como alvo vários pontos nas imediações de Damasco.

Na mesma nota, divulgada pela Sana, afirma-se que os meios de defesa aérea foram accionados e interceptaram alguns dos mísseis, enquanto o impacto de outros provocou danos materiais, além das vítimas referidas.

Órgãos de comunicação sírios referidos pela TeleSur deram conta de «violentas explosões» nos arredores da capital, enquanto as defesas aéreas tentavam travar o ataque.

De acordo com a fonte, o ataque desta madrugada é o vigésimo perpetrado por Israel contra a Síria no corrente ano. Já o portal The Cradle refere 21 ataques, enquanto a Prensa Latina contabiliza 17 agressões militares israelitas contra território sírio ao longo de 2023.

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Dois soldados feridos em novo ataque israelita contra território sírio

Um ataque israelita com mísseis foi perpetrado, esta madrugada, contra vários locais nas imediações de Damasco, provocando danos materiais e deixando dois militares feridos, informou o Ministério da Defesa.

Defesa anti-aérea síria responde ao ataque israelita em Damasco
Créditos / Twitter

«Por volta da 1h20 desta quinta-feira, 30 de Março, o inimigo israelita levou a cabo uma agressão aérea com mísseis disparados a partir dos Montes Golã sírios ocupados contra alguns pontos nas imediações da cidade de Damasco», informou o Ministério sírio da Defesa.

Na nota de imprensa divulgada pela Sana, acrescenta que as unidades de defesa aérea interceptaram alguns mísseis e que o impacto dos restantes teve como resultado dois militares feridos e alguns danos materiais.

Trata-se do quarto ataque militar perpetrado por Israel contra território sírio desde que o país árabe foi atingido pelo devastador terremoto de 6 de Fevereiro, que provocou mais de 6000 mortos e deixou 414 mil pessoas (registadas) sem casa.

Há uma semana, um ataque israelita com mísseis teve como alvo o Aeroporto Internacional de Alepo, deixando-o inoperacional. O mesmo já havia ocorrido a 7 de Março, com aviões de combate israelitas a bombardearem o aeroporto e a danificarem as pistas de aterragem.

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Ataque israelita ao aeroporto de Alepo é «bárbaro» e «desumano»

Para a diplomacia síria, o «crime» é duplo, já que tomou como alvo um aeroporto civil e, além disso, uma das principais vias de entrega de ajuda humanitária após o terremoto de 6 de Fevereiro.

Ataque israelita ao aeroporto de Alepo na madrugada de terça-feira, 7 de Março 
Créditos / @TheCradleMedia

Na madrugada de terça-feira, aviões de combate israelitas bombardearam as pistas de aterragem do Aeroporto Internacional de Alepo, tornando-o inoperacional devido aos danos materiais.

Condenando o ataque, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Síria afirma em comunicado que a agressão «reflecte as formas mais feias da barbárie e da desumanidade do regime de Telavive», e é «mais um exemplo das suas violações mais atrozes e flagrantes do direito internacional humanitário».

Para a diplomacia de Damasco, o bombardeamento do aeroporto de Alepo constitui um crime duplo, na medida em que, por um lado, atingiu um aeroporto civil e, por outro, atacou uma das principais vias de entrega de ajuda humanitária às vítimas dos terremotos que atingiram a Síria desde 6 de Fevereiro.

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Síria pede «acção internacional urgente» para travar ataques de Israel

O Ministério sírio dos Negócios Estrangeiros condenou o ataque israelita deste domingo contra Damasco, que provocou a morte a pelo menos cinco pessoas, e pediu «acção internacional urgente».

Grupo de pessoas inspecciona edifício atingido no ataque israelita com mísseis, na madrugada de domingo, 19 de Fevereiro de 2023 
Créditos / PressTV

«Num momento em que a Síria tentava sanar as suas feridas, enterrava os mortos e recebia condolências, apoio e ajuda internacional devido ao terremoto devastador, Israel atacou esta madrugada bairros residenciais em Damasco, provocando, num primeiro balanço, a morte de cinco pessoas, deixando outras 15 feridas e destruindo vários edifícios», afirmou o Ministério numa nota emitida este domingo.

O documento, citado pela agência Sana, denuncia que tal acção «faz parte dos ataques sistemáticos israelitas contra alvos civis sírios, incluindo casas, centros de serviços, aeroportos e portos, intimidando os sírios, que ainda estão a sofrer os efeitos catastróficos do terremoto».

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Síria volta a exigir à ONU que Israel «preste contas» pelos seus ataques

Na sequência de um novo ataque contra o Aeroporto de Damasco, o Ministério sírio dos Negócios Estrangeiros pediu às Nações Unidas que condenem e responsabilizem Telavive pelas suas agressões.

Aeroporto Internacional de Damasco 
Créditos / Skytrax

A mensagem da Síria foi expressa em duas missivas idênticas enviadas pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros ao Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) e ao presidente do Conselho de Segurança do organismo.

O ataque com mísseis levado a cabo esta segunda-feira contra o Aeroporto Internacional de Damasco faz parte de um historial de Israel «repleto de agressões e violações do Direito Internacional e da Carta das Nações Unidas», lê-se no texto das missivas, divulgado pela agência Sana.

O Ministério pede aos destinatários que «condenem estes crimes» e «tomem medidas urgentes para garantir que Israel presta contas» por eles, bem como para impedir a sua repetição.

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Terceiro ataque israelita contra Damasco numa semana

As baterias de defesa anti-aérea repeliram a maioria dos mísseis israelitas disparados, esta madrugada, contra diversos pontos nas imediações da capital síria.

Imagem do ataque israelita com mísseis e das defesas anti-aéreas em acção no céu nocturno de Damasco, a 27 de Outubro de 2022 
Créditos / Al Mayadeen

De acordo com uma nota do Ministério da Defesa do país levantino, os mísseis foram disparados a partir dos territórios palestinianos ocupados em 1948, por volta das 0h30 (hora local).

A mesma fonte, citada pela agência Sana, acrescentou que a maior parte dos mísseis foi derrubada. Ainda assim, alguns provocaram danos materiais limitados nos arredores de Damasco. Não há registo de vítimas.

Só este ano, as forças militares de Telavive levaram a cabo mais de duas dezenas e meia de ataques contra território sírio – três dos quais desde sexta-feira passada.

Na segunda-feira, uma rara agressão de dia deixou um soldado sírio ferido e provocou danos materiais nos subúrbios de Damasco .

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Baterias anti-aéreas enfrentam ataque diurno israelita em Damasco

Fontes militares sírias revelaram que o sistema de defesa fez frente, esta segunda-feira, ao segundo ataque israelita em três dias contra território sírio. Pelo menos um soldado ficou ferido.

Defesa anti-aérea em acção em Damasco 
Créditos / Al Mayadeen

A agência Sana, citando uma fonte militar, informa que vários mísseis foram disparados, cerca das 14h (locais), a partir do Norte dos territórios palestinianos ocupados, tendo como alvo os subúrbios de Damasco.

As baterias anti-aéreas destruíram a maior parte dos projécteis, de acordo com a fonte, precisando que a agressão militar deixou um soldado sírio ferido e provocou danos materiais.

Referindo-se a este raro ataque israelita durante o dia, diversas fontes com correspondentes no local e a TV síria deram conta de várias explosões nos céus de Damasco.

O canal de notícias estatal em língua árabe al-Ikhbariyah reportou a existência de duas grandes explosões, tendo referido que os mísseis israelitas visavam posições do Exército Árabe Sírio nos arredores da capital.

Na sexta-feira à noite, quatro caças israelitas F-16 levaram a cabo um ataque, a partir dos territórios da Palestina ocupados em 1948, com mísseis de cruzeiro e bombas aéreas guiadas contra o Aeroporto Internacional de Damasco e o aeroporto de Dimas, nas imediações da capital.

No passado dia 17 de Setembro, pouco depois da meia-noite, um outro ataque israelita contra o Aeroporto de Damasco provocou a morte a cinco soldados sírios.

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As agressões frequentes de Israel contra a Síria são «crimes de guerra»

Na sequência do segundo ataque israelita contra o Aeroporto Internacional de Alepo em menos de uma semana, o governo sírio reafirmou que Israel deve prestar contas pelos «crimes de guerra» que comete.

Imagem do Aeroporto Internacional de Alepo após a sua reabertura, depois de ter estado encerrado vários anos, em Fevereiro de 2020 
Créditos / PressTV

O ataque com mísseis, a partir do Mediterrâneo, na terça-feira à noite atingiu a pista de aterragem do aeroporto de Alepo, no Noroeste da Síria, deixando a infra-estratura inoperacional.

Trata-se do segundo ataque com mísseis, perpetrado pelas forças militares israelitas, no espaço de uma semana contra o aeroporto referido, tendo ambos provocado danos materiais, segundo informou o Ministério sírio da Defesa.

«Os repetidos ataques israelitas, particularmente o ataque sistemático e deliberado a alvos civis na Síria, o último dos quais visou, ontem, o Aeroporto Internacional de Alepo, constituem um crime de agressão e um crime de guerra, de acordo com o direito internacional, e Israel deve ser responsabilizado por isso», afirmou, esta quarta-feira, o Ministério sírio dos Negócios Estrangeiros, citado pela SANA.

«O regime de ocupação israelita está novamente a ameaçar a paz e a segurança na região, pondo em perigo e intimidando civis, e ameaçando a segurança da aviação civil na Síria e na região», acrescentou o Ministério.