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BRICS: apostar na cooperação e desenvolvimento, fazer frente à hegemonia

O presidente chinês fará a abertura da 14.ª Cimeira do BRICS, em Pequim, no dia 23. O tema central do evento é «Promover parceria BRICS de alta qualidade, inaugurar uma nova era para o desenvolvimento global».

Bandeiras dos cinco países-membros do BRICS: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul 
Bandeiras dos cinco países-membros do BRICS: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul Créditos / Global Times

No âmbito do encontro, dia 24 de Junho, Xi Jinping será o anfitrião do Diálogo de Alto Nível sobre Desenvolvimento Global, em Pequim, que contará com a presença de líderes de países do bloco e de países em desenvolvimento e de mercados emergentes, revela o portal do periódico Global Times.

Como a China preside actualmente ao bloco que integra também o Brasil, a Rússia, a Índia e a África do Sul, Xi Jinping vai ainda participar na cerimónia de abertura do Fórum Empresarial do BRICS, em formato virtual, e dará uma palestra, esta quarta-feira.

O anúncio desta agenda foi feito por Wang Wenbin, representante do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, numa conferência de imprensa na capital chinesa, sexta-feira passada.

Na ocasião, Wang destacou que os países do BRICS resistiram ao teste da mudança da situação internacional e tornaram-se uma força importante que não pode ser ignorada no cenário internacional.

À medida que o mundo entra num novo período de turbulência e mudança, assume maior destaque a importância de aprofundar ainda mais a cooperação deste bloco, e os mercados emergentes e países em desenvolvimento demonstram maior vontade de participar nesta cooperação.

Wang disse ainda que a China espera trabalhar com os outros países do BRICS para, através da cimeira, aprofundar a cooperação e dar um maior contributo para manter a paz e a estabilidade, e promover o desenvolvimento.

Uma nova abordagem, distante da hegemonia

Nas reuniões do bloco estarão não apenas representantes dos cinco países-membros, mas também de países emergentes como a Indonésia e a Argentina, o que, segundo o Global Times, indica que o BRICS representa um «conceito comum de países em desenvolvimento e novas forças na reforma da governação mundial», que persegue uma diplomacia independente e vias de desenvolvimento, em vez de seguir o Ocidente económica e politicamente.

Isto também porque, acrescenta, o bloco explora «uma ordem internacional mais justa e mutuamente benéfica», e porque ficar «preso à velha ordem de confrontação e jogos de "soma zero", dominada pelo Ocidente», só pode conduzir a conflitos e crises intermináveis.

A este propósito, o professor Wang Wen, do Instituto Chongyang de Estudos Financeiros da Universidade Renmin da China, disse ao Global Times que o Ocidente está «a tentar lucrar ao transformar a segurança e os conflitos na principal questão mundial», e a Cimeira do BRICS na China deve trazer uma «nova atmosfera» ao mundo, que inclua um sistema de governação mundial igualitário, em vez de um dominado pela hegemonia dos EUA; um novo enfoque da reforma financeira, colocando-o ao serviço da entidade económica, em de vez a militarizar; e a reparação da cadeia de abastecimento mundial, que foi minada pelos EUA.

Face à tenativa de instaurar a Guerra Fria, uma plataforma de desenvolvimento

Num contexto em que os Estados Unidos têm estado a tentar isolar a Rússia e conter a China, em que o tema primordial da paz e do desenvolvimento foi seriamente questionado pelas alianças lideradas pelos EUA e em que muitos dos países em desenvolvimento enfrentam desafios sérios associados aos efeitos da guerra na Ucrânia – como segurança alimentar, inflação e especulação –, a 14.ª Cimeira do BRICS, na China, constitui-se como uma plataforma para «construir um consenso sobre a forma de abordar os desafios sérios colocados ao desenvolvimento», refere o periódico.

As reuniões no âmbito da cimeira centrar-se-ão na segurança e no desenvolvimento, disse ao Global Times Zhu Tianxiang, director do Centro de Segurança Política do Instituto de Investigação BRICS da Universidade de Estudos Internacionais de Sichuan.

A forma de alcançar um cessar-fogo célere no conflito em curso na Ucrânia e o avanço nas negociações de paz, tendo como base as preocupações legítimas das partes, serão discutidos pelos países-membros, notou.

Outras questões na agenda serão a energia global, a segurança alimentar, bem como os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU 2030.

Os membros do bloco devem também responder aos anseios de países que o querem integrar, e devem debater se apoiam a expansão da plataforma, discutindo os princípios, padrões e procedimentos para esse efeito, disse ainda Zhu Tianxiang.

Com mais de 40% da população mundial, os países do BRICS, sublinha o Global Times, representam 24% do PIB mundial e 16% do comércio global.

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