|Indústria

Transferências na indústria aeronáutica prejudicam trabalhadores

A Lauak e a Mecahers anunciaram o encerramento de toda a sua produção em Setúbal, transferindo-a para Grândola e Évora, respectivamente. No total, as duas empresas empregam cerca de 500 trabalhadores.

O processo de transferência da produção irá ser executado até ao final de 2022, no caso da Lauak. No caso da Mecahers, a administração da empresa já comunicou que será concluída até ao final de Novembro de 2021.

No entanto, e apesar de o anúncio da transferência ter sido efectuado há já alguns meses, os trabalhadores da Lauak e da Mecahers desconhecem os planos da transferência e continuam actualmente com a sua vida suspensa, afirma a CGTP-IN em comunicado.

Para aqueles trabalhadores que não têm condições de acompanhar a transferência de produção, devido ao prejuízo que tal lhes causará, não existem até ao momento quaisquer soluções, acrescenta a central sindical.

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Despedimentos na Lauak enfrentam resistência

Os trabalhadores manifestaram a sua posição contra o despedimento colectivo desencadeado há cerca de um mês pela multinacional francesa da indústria aeronáutica, durante uma visita da DGERT.

Os responsáveis da Direcção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT) que se deslocaram à Lauak, em Setúbal, para uma reunião com a administração e o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Sul (SITE Sul/CGTP-IN), foram recebidos pelos trabalhadores, que, reunidos nessa altura em plenário, decidiram sair à rua.

A 18 de Maio, foi anunciada a intenção de despedir 249 dos 702 trabalhadores da Lauak em Portugal (531 em Setúbal e 171 em Grândola). O SITE Sul contestou esta medida, salientando que existem alternativas para conservar os postos de trabalho e que a multinacional, até pelos resultados obtidos em Portugal (com significativos apoios públicos), tem condições para suportar o actual período de quebra de encomendas.


Nas primeiras reuniões do processo de despedimento colectivo as empresas da Lauak reduziram o número de trabalhadores que pretendem despedir: de 52 para 36, em Grândola, e de 197 para 164, em Setúbal, refere o sindicato em nota.

O SITE Sul, que dinamiza outro plenário de preparação das próximas reuniões com a direcção, reafirma que tem uma «grande preocupação» com os efeitos sociais dos despedimentos anunciados.

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Por sua vez, a União de Sindicatos de Setúbal (USS/CGTP-IN) acusa a administração da Lauak de «conviver mal com a democracia», uma vez que ameaçou de represálias um conjunto de trabalhadores, através da chefia, caso aderissem à greve convocada para esta sexta-feira.

«Além de toda esta situação ser de clara coacção, efectuada pela empresa aos trabalhadores, esta revela um caracter intimidatório muito pouco digno de existir em qualquer empresa que se prese de ter responsabilidade social», pode ler-se na nota.

Os trabalhadores da Lauak e da Mechaers estiveram concentrados à porta do parque empresarial esta manhã e contaram com a presença solidária da secretária-geral da CGTP-IN, Isabel Camarinha.

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