No final de Março de 2023, a Federação dos Sindicatos de Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal (Fesaht/CGTP-IN) realizou uma terceira reunião de negociação da revisão do Acordo de Empresa da Fundação INATEL. O objectivo era negociar a actualização dos salários e a melhoria das condições de trabalho na instituição.
No entanto, após esta reunião, o INATEL decidiu, «unilateralmente», anunciar um aumento nos salários base de 2,3%, o que corresponde a um aumento de cerca 58 cêntimos diários. Esta decisão é de «total insensibilidade em relação a todo o esforço feito pelos trabalhadores e ao seu contributo para os bons resultados nos últimos anos», considera a Fesaht.
«Ao invés de valorizar os rendimentos dos trabalhadores, dignificar a profissão e melhoria das condições de trabalho na empresa, opta pelos baixos salários». A inflação no ano de 2022 foi de 7,8%, a previsão para 2023 é de 5,5%, mas o aumento dos salários na Fundação INATEL, na soma dos dois anos, «não chegou aos 5%».
A situação é ainda mais revoltante tendo em conta que «1 em cada 4 trabalhadores da Fundação INATEL, recebem o Salário Mínimo Nacional, havendo inclusivamente trabalhadores que possuem mais de 20 anos de antiguidade e recebem o SMN».
A Administração justifica-se com a actual situação económica, em portugal no mundo, «para continuar a explorar a mão-de-obra». A Feshat informa que «os sindicatos estão a realizar reuniões de trabalhadores nos locais de trabalho para discutir com os trabalhadores formas de luta que obriguem a empresa a valorizar os salários sem perdas de direitos».
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