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|salários de miséria

Fesaht: porque é que o Governo PS sustenta os salários mínimos da Saúde privada?

Enquanto a Hospitalização Privada não negociar a contratação colectiva, o Governo tem de parar de «transferir milhares de milhões de euros todos os anos apenas para aumentar os lucros das empresas», defende a Fesaht/CGTP.

António Costa, primeiro-ministro e secretário-geral do Partido Socialista (PS), acompanhado por Manuel Pizarro, antigo presidente da Federação Distrital do PS no Porto e actual ministro da Saúde, na apresentação do Orçamento do Estado 2022 aos militantes do PS. Vila Nova de Gaia, 5 de Maio de 2022 
António Costa, primeiro-ministro e secretário-geral do Partido Socialista (PS), acompanhado por Manuel Pizarro, antigo presidente da Federação Distrital do PS no Porto e actual ministro da Saúde, na apresentação do Orçamento do Estado 2022 aos militantes do PS. Vila Nova de Gaia, 5 de Maio de 2022 CréditosEstela Silva / Agência Lusa

«Neste momento, sem tabelas salariais negociadas, mais de 80% dos trabalhadores [da Hospitalização Privada] recebem o Salário Mínimo Nacional, têm horários horríveis impostos pelas empresas de 10 e 12 horas diárias, bancos de horas ilegais e adaptabilidades, vivem uma total instabilidade nos horários, que são alterados de um dia para o outro e que impedem a conciliação mínima entre a atividade profissional e a vida pessoal e familiar».

Esta é a realidade vivida por 80% dos mais de 25 mil trabalhadores deste sector. Ainda assim, na primeira reunião negocial para 2024 realizada entre a Federação dos Sindicatos de Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal (Fesaht/CGTP-IN) e a Associação Portuguesa da Hospitalização Privada (APHP), o patronato rejeitou «todas as propostas sindicais» exigidas pelos trabalhadores.

Em causa está, por exemplo, a proposta sindical de «15% de aumento na tabela salarial, com um mínimo de 150 euros para cada trabalhador». Em contrapartida, os patrões do negócio da Saúde lá aceitaram apresentar uns aumentos «miseráveis» (como classifica a Fesaht) aumentos de 2 a 5%, muito inferiores à inflação registada desde 2022.

O Governo PS, «a quem compete, nos termos da Lei, a promoção da contratação colectiva, não pode ignorar a situação social que se vive no sector da hospitalização privada», considera a federação sindical: por isso mesmo, «não pode continuar a transferir milhares de milhões de euros todos os anos apenas para aumentar os lucros das empresas sem as obrigar a mudar de política e garantirem salários e condições de trabalho dignas».

A Fesaht vai continuar a reclamar melhores condições de trabalho e de vida na próxima reunião com a associação patronal, agendada para o dia 22 de Janeiro, reclamando que, até lá, o Governo PS ainda em funções «suspenda as transferências do Orçamento do Estado para as empresas da hospitalização privada até que a APHP e as empresas garantam aumentos salariais dignos e a melhoria das condições de trabalho para os mais de 25 mil trabalhadores existentes no sector».

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