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Trabalhadores da IP lançam novas greves perante intransigência

Os trabalhadores da Infraestruturas de Portugal decidiram, em plenário nacional, avançar com novas greves para 10 e 11 de Maio. Exigem aumentos salariais mas a administração boicota as negociações.

Comboios parados na estação de Santa Apolónia no decorrer da última greve
Comboios parados na estação de Santa Apolónia no decorrer da última greveCréditosJOSÉ SENA GOULÂO / LUSA

Reunidos hoje de manhã, em plenário nacional, na estação de Santa Apolónia, os trabalhadores das várias empresas do grupo Infraestruturas de Portugal (IP) afirmaram estar dispostos a manter a contestação pelos aumentos salariais, que não acontecem desde 2009, e a aplicação da contratação colectiva a todos.

Em declarações à Lusa, José Manuel Oliveira, da Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans/CGTP-IN) explicou os moldes dos novos protestos que dão continuidade às greves de 12 de Março e 2 de Abril, ambas com grande impacto.

«No dia 10 [uma quinta-feira] todos os trabalhadores paralisarão uma hora no seu turno de trabalho, mas a uma hora fixa: entre a meia-noite e a 1h; entre as 8h e as 9h; das 16h às 17h; e depois uma greve no dia 11 de 24 horas», afirmou.

Administração recusa negociar

Enquanto na CP houve acordo para aumentos, que resultou na desconvocação da sua greve, da parte da administração da IP não parece haver a mesma vontade. Os trabalhadores acusam esta de ser «pouco séria» e de ter sabotado um acordo que esteve prestes a ser alcançado em vésperas da última greve. 

Á altura, a frente sindical afirmou que «quando foi para passar a discussão de dois dias para o papel, fomos confrontados com uma proposta redigida de forma dúbia e pouca clara». Após terem sido chamados à atenção, os representantes da administração e do Governo afirmaram que «há coisas que têm de ser baseadas na confiança entre pessoas». 

Segundo José Manuel Oliveira, desde então a administração não procurou reabrir negociações. «Não temos interlocutor por parte da administração. Desde da véspera da Páscoa [31 de março] que não foi tomada mais nenhuma iniciativa para retomar as negociações e procurarmos as soluções que não quiseram aceitar naquele sábado», concluiu.


Com Agência Lusa

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