Mensagem de erro

User warning: The following module is missing from the file system: standard. For information about how to fix this, see the documentation page. in _drupal_trigger_error_with_delayed_logging() (line 1143 of /home/abrilabril/public_html/includes/bootstrap.inc).

|debate

A situação do sector social em debate, no Porto

A iniciativa, promovida pela Comissão para a Igualdade da CGTP-IN, contará com a participação de centenas de trabalhadoras de diversas instituições do sector. Às 10h30, 10 de Novembro, na Casa Sindical do Porto.

Concentração de trabalhadores das IPSS, Misericórdias e Mutualidades, em dia de greve nacional do sector, em frente ao Ministério do Trabalho, em Lisboa. 21 de Outubro de 2022 
Concentração de trabalhadores das IPSS, Misericórdias e Mutualidades, em dia de greve nacional do sector, em frente ao Ministério do Trabalho, em Lisboa. 21 de Outubro de 2022 Créditos / AbrilAbril

Sobram razões para promover esta discussão no distrito do Porto. Como explica, em comunicado enviado ao AbrilAbril, a Comissão para a Igualdade da CGTP-IN, «o sector das Actividades de saúde humana e apoio social foi o segundo sector com maior número de doenças profissionais certificadas» em 2021.

Foi exactamente no Porto que estas trabalhadoras mais se evidenciaram, com «39,9% do total nacional, em número de mortes devidas a doenças profissionais».

A iniciativa, que se realiza amanhã, às 10h30, na Casa Sindical do Porto, contará com cerca de 200 participantes, incluindo trabalhadoras oriundas de diversas instituições do sector, de todo o país, assim como os contributos de Esteban Tromel, especialista sénior da Organização Internacional do Trabalho, na área da deficiência, Alcides Monteiro, professor e sociólogo, da Universidade da Beira Interior, e Silva Santos, médico na área da Saúde Ocupacional.

«A importância do trabalho do cuidado para o funcionamento da sociedade» e a desvalorização dos seus profissionais

O sucessivo desinvestimento na Rede de Equipamentos e de Respostas Sociais, na sua globalidade, conduziu ao enfraquecimento da sua componente pública ao longo dos anos, fragilizando-se as funções sociais atribuídas ao Estado, refere a Comissão para a Igualdade entre Mulheres e Homens (CIMH/CGTP-IN), nas suas redes sociais.

Em geral, as responsabilidades do Estado têm sido «quase totalmente transferidas para as IPSS e entidades similares ou da responsabilidade de privados».

As condições de trabalho recentem essa realidade: «o sector social é altamente feminizado e nele grassam os baixos salários, incluindo o salário mínimo nacional, que tem nestas actividades uma percentagem elevada, os longos tempos de trabalho, as duras condições físicas e psíquicas em que se desenvolve o trabalho, a falta de valorização das carreiras profissionais e de formação profissional adequada».

As trabalhadoras que cuidam de pessoas idosas, de pessoas com deficiência e de pessoas doentes, que cuidam e educam as crianças e jovens, precisam, urgentemente, de «melhores condições para fazer esses trabalhos tão essenciais, nomeadamente de equipamento adequado às elevadas exigências profissionais».

«Quem recebe cuidados tem o direito de receber serviços de qualidade, uma qualidade que só pode ser garantida se o trabalho do cuidado for devidamente qualificado e valorizado pelo governo e pelas entidades envolvidas».

Tópico

Contribui para uma boa ideia

Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.

O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.

Contribui aqui