Segundo informação divulgada pela CGTP-IN, os trabalhadores destes sectores de actividade estiveram em greve, por todo o país, tendo participado activamente nos piquetes de greve e participado nas manifestações que a Intersindical agendou.
Algumas lojas tiveram de encerrar, enquanto outras, permanecendo abertas, funcionaram com grandes limitações, refere a central sindical, acrescentando que muitas instituições estiveram a trabalhar em serviços mínimos.
Nas empresas de distribuição, os trabalhadores estiveram em luta pelo direito a não trabalhar no Primeiro de Maio, pelo aumento dos salários de todos os trabalhadores e pela negociação do contrato colectivo de trabalho, sem bancos de horas nem retirada de direitos, anunciou o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP/CGTP-IN) em nota de imprensa.
No que respeita aos trabalhadores das instituições particulares de solidariedade social (IPSS) e misericórdias, o CESP lembra que foram «o rosto esquecido» da luta contra a pandemia, sendo que muitos foram confinados ao interior das instalações com os utentes por 24 horas, 15 dias consecutivos, enquanto outros trabalharam 12 horas por dia, sete e 14 dias consecutivos.
Neste sentido, afirma a estrutura sindical, «é inaceitável que os trabalhadores das IPSS, misericórdias e mutualidades continuem a receber o salário mínimo nacional e a trabalhar no limite das suas forças por falta de trabalhadores».
O trabalho é «máximo», mas o salário é o «mínimo» e, como tal, os trabalhadores exigem o aumento dos salários de todos os trabalhadores do sector social, bem como a valorização das suas categorias e carreiras profissionais, que «é urgente e fundamental».
No pré-aviso de greve apresentado pela Federação Portuguesa dos Sindicatos do Comércio, Escritórios e Serviços (CGTP-IN) para o Dia do Trabalhador, foram definidos como objectivos: o aumento do salário de todos os trabalhadores em 90 euros e a fixação do salário mínimo nacional em 850 euros a curto prazo; o encerramento do comércio no Primeiro de Maio e em todos os domingos e dias feriados; a valorização das carreiras e categorias profissionais; a fixação do horário de trabalho nas 35 horas semanais; a estabilidade no emprego, contra a precariedade.
«É urgente que os patrões aceitem negociar os contratos colectivos de trabalho com valorização dos salários e carreiras, sem retirada de direitos, nem desregulação dos horários de trabalho», sublinha a Intersindical.