A 18 de Novembro de 2024, o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Norte (SITE Norte/CGTP-IN) foi mandatado por mais de 500 trabalhadores da Faurécia/Forvia para negociar o caderno reivindicativo. Nenhuma das exigências estava fora de mão para uma empresa que apresenta lucros crescentes: 14 milhões de euros, em 2022; 17 milhões, em 2023; e 18 milhões, em 2024: 49 milhões em apenas 3 anos.
O sindicato sentou-se à mesa com a administração a partir de 24 de Janeiro de 2025. E o que encontraram? «Uma nova administração que despreza as reivindicações dos trabalhadores, que recusa aumentos salariais dignos e a melhoria dos subsídios de transporte, alimentação, limpeza e manutenção de farda, ignora as diuturnidades e tenta atropelar o direito a férias».
Perante a total intransigência do patronato, os trabalhadores, reunidos em plenário, tomaram a decisão de avançar com dois dias de greve a 22 de Julho e 21 de Agosto. A Faurécia «não apresentou qualquer proposta concreta para evitar a greve» e «demonstrou indiferença perante o descontentamento generalizado». Ou seja, a produção vai paralisar esta quinta-feira não por falta de aviso, mas por opção da própria empresa.
Se os lucros sobem, os salários também têm de subir, considera o SITE Norte, na nota enviada ao AbrilAbril. «Não aceitamos aumentos de tostões! Não aceitamos avaliações enviesadas para justificar salários baixos! Não aceitamos que se desvalorize quem, com o seu trabalho, garante a produção e o lucro desta empresa». Para além da greve, de 24 horas, os trabalhadores vão realizar uma concentração à porta da fábrica, às 11h.
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