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|Teatro Nacional de São Carlos

Segundo dia de greve no Teatro de São Carlos cala «La Bohème»

Incumprimento do acordo recentemente assinado indigna trabalhadores e causa greve no Teatro Nacional de São Carlos e na Companhia Nacional de Bailado. Cumprir a lei custa metade das perdas de bilheteira.

Teatro Nacional de São Carlos. Foto de arquivo.
Teatro Nacional de São Carlos. Foto de arquivo. CréditosJoão Carvalho / cc commons

A récita de La Bohème, que já fora cancelada a 7 de Junho, no primeiro dia de greve dos trabalhadores do OPART EPE – a empresa pública que gere as estruturas do Teatro Nacional de São Carlos (TNSC) e da Companhia Nacional de Bailado (CNB) –, voltou a sê-lo ontem, dia 9 de Junho. No sítio do TNSC são dadas instruções para a devolução dos bilhetes e ressarcimento dos seus compradores.

Mantém-se o pré-aviso de greve para a ópera La Bohème, a 11 e 14 de Junho no Teatro Nacional de São Carlos, em Lisboa, para o bailado Dom Quixote, entre 11 e 13 de Julho no Teatro Rivoli, no Porto, e para os espectáculos incluídos no Festival ao Largo, que decorre habitualmente em Julho no Largo de São Carlos, Lisboa.

As greves foram decididas por «quebra de confiança em relação à administração e à tutela [Ministério da Cultura]», por não cumprirem os compromissos assumidos no acordo assinado no passado mês de Março, estando apenas a ser cumprida «a parte relativa à higiene e segurança».

Em comunicado emitido pouco antes de entrar em acção o piquete de greve, o Sindicato dos Trabalhadores de Espectáculo, do Audiovisual e dos Músicos (CENA-STE/CGTP-in) verbera a «inoperância e incapacidade demonstradas pelas tutelas da Cultura e Finanças e pelo presidente da empresa para resolver a situação» e anuncia que «irá solicitar audiência ao primeiro-ministro, Dr. António Costa», manifestando-se convicto de que terá de passar por este «o encontro de uma solução para a harmonização salarial entre técnicos do TNSC e da CNB».

No mesmo comunicado o CENA/STE dá conta do «espanto e indignação sentido pelos trabalhadores da empresa ao saberem que o presidente do OPART, Dr. Carlos Vargas», tenha aceite «integrar a comitiva nacional que estará presente no Festival de Cultura Portuguesa na China» quando se vive uma situação complexa, que afecta «o normal funcionamento do único teatro de ópera do país e da única companhia nacional de bailado».

Segundo a Agência Lusa, a ministra da Cultura de Portugal, Graça Fonseca, chegou ontem a Pequim para uma visita oficial que se prolongará até quarta-feira, dia 12 de Junho, oficial no âmbito do Festival de Cultura Portuguesa na China.

O CENA-STE espera que, em virtude de os dois responsáveis pelo incumprimento do acordo de Março [Ministério da Cultura e Presidência da OPART] se encontrarem na mesma comitiva, «encontrem tempo para, em conjunto, se decidirem pela harmonização salarial imediata dos técnicos do TNSC, garantindo assim o retomar de negociações entre o Grupo de Trabalho criado para discussão do Regulamento Interno de Pessoal».

«O valor de bilheteira perdido pelo OPART nestas duas récitas», lembra o CENA-STE, «corresponde a cerca do dobro do valor necessário para esta harmonização e para sanar uma situação ilegal».

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