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|repressão política

Presidente da UF de Ramada e Caneças censura intervenção sindical

O ultimato foi claro: ou proibiam a delegada sindical do STAL de intervir na Assembleia da União de Freguesias de Ramada e Caneças, ou o presidente, eleito pelo PS, abandonava a reunião (e o seu dever para com a população).

Manuel António Varela da Conceição, presidente da União de Freguesias de Ramada e Caneças, em sessão pública da sua candidatura pelo PS à autarquia. A sessão contou com a participação do actual presidente da Câmara Municipal de Odivelas, Hugo Martins, do PS. 
Manuel António Varela da Conceição, presidente da União de Freguesias de Ramada e CaneçasCréditos / Secção PS Ramada Caneças

A Assembleia da União de Freguesias de Ramada e Caneças (UFRC) de dia 27 de Dezembro de 2022, decorria normalmente. Antes do início da ordem de trabalho, foi dada a palavra a todos os membros do público que se tivessem inscrito para interpelar os membros do executivo da Junta de Freguesia (eleitos pelo PS). Cumprindo esse processo, a delegada sindical do Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional (STAL/CGTP-IN) preparou a sua intervenção.

A situação, no entanto, encontrou um contratempo: Manuel António Varela da Conceição, presidente da Junta do PS, «ficou muito incomodado e, num tom de exaltado, logo interrompeu a dirigente, afirmando que se o sindicato queria expor problemas dos trabalhadores, deveria marcar uma reunião» para o efeito.

As práticas antidemocráticas do autarca são espelhadas no fraco valor da sua palavra. Quando o STAL fez chegar ao seu gabinete, dois dias depois, a intervenção por escrito e um pedido de reunião (como o presidente exigira), Manuel António Varela Da Conceição recusou-se a voltar a encontrar com aquele sindicato. Por razões estritamente mesquinhas, os trabalhadores da UFRC são abandonados pelo executivo PS.

«Não satisfeito com esta inaceitável e condenável atitude prepotente», para além de baseada em mentiras, «o mesmo autarca ameaçou ainda», em plena assembleia, que, «caso o presidente da Mesa da Assembleia de Freguesia autorizasse que a dirigente do STAL prosseguisse com a sua intervenção» conforme está estipulado na lei do regime democrático, o autarca «abandonaria a sessão», o que veio a suceder quando o presidente da mesa não cedeu à chantagem e à ilegalidade.

O STAL apenas «decidiu abdicar da sua intervenção para que o executivo da UFRC e os eleitos do PS retomassem os trabalhos» porque os documentos que seriam discutidos naquela mesma reunião «interferiam directamente com os trabalhadores»: o Mapa de Pessoal e o Orçamento para 2023. Esta decisão do STAL evitou que estes saíssem ainda mais prejudicados pelos eleitos do PS «do que já são», neste momento.

«As vãs tentativas de amedrontamento ou silenciamento por parte do actual presidente da UFRC não passam disso mesmo: reforçam a necessidade de reafirmar, sempre e em cada momento, o respeito pela liberdade da actividade sindical, e que a luta e a união dos trabalhadores são o garante da defesa dos seus direitos, da liberdade e da democracia». Práticas que, infelizmente, não abundam por aqueles lados, lamenta o STAL.

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