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|Assédio Laboral

Câmara de Nisa substitui trabalhadores em greve

Os trabalhadores da recolha de Resíduos e Higiene Urbana deste concelho do Alto Alentejo, em greve a 11 e 12 de Agosto, foram substituídos ilegalmente. É o culminar de uma já longa lista de abusos da autarquia do PS.

Idalina Trindade, presidente da Câmara Municipal de Nisa (PS), foi alvo de uma queixa do STAL por ter impedido o acesso de delegados sindicais aos trabalhadores da autarquia, o que constitui uma violação dos direitos, liberdades e garantias definidos na Constituição da República Portuguesa.
Idalina Trindade, presidente da Câmara Municipal de Nisa (PS), foi alvo de uma queixa do STAL por ter impedido o acesso de delegados sindicais aos trabalhadores da autarquia, o que constitui uma violação dos direitos, liberdades e garantias definidos na Constituição da República Portuguesa.Créditos / Tribuna Alentejo

A greve ao trabalho normal e suplementar, convocada pelos trabalhadores da recolha de Resíduos e Higiene Urbana da Câmara Municipal de Nisa (CMN) para os dias 11 e 12 de Agosto, foi boicotada pela acção despótica e ilegal da autarquia liderada pelo PS.

Segundo relato do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL/CGTP-IN), que fez chegar a denuncia ao AbrilAbril, a autarquia «violou os preceitos legais do direito à greve», substituindo trabalhadores em greve por um encarregado, «o que é ilegal e politicamente inaceitável». Especialmente, ressalva o sindicato, «quando se está prestes a assinalar os 50 anos da Revolução de Abril, que consagrou, na Constituição, o Direito à Greve como uma das suas principais conquistas».

Nesta acção de luta, os trabalhadores exigiram a «negociação e aplicação de horário de trabalho adequado ao exercício da função de recolha de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU), cumprido integralmente fora das horas de maior calor»; a negociação atempada dos horários de trabalho, com o STAL, e o respeito pelo tempo de descanso.

Face à atitude «ilegal, prepotente e inaceitável» da autarquia de Nisa, em Portalegre, liderada pelo PS, o STAL assegura que irá proceder em conformidade, «repudiando, veemente, esta e todas as tentativas de intimidação aos trabalhadores e os ataques à actividade sindical».

Câmara Municipal de Nisa muda horários dos trabalhadores da recolha do lixo (unilateralmente) durante o verão: das 5h às 11h para as 7h às 13h (ou até das 13h às 19h), quando as temperaturas atingem os 40.ºC

Os novos horários «colocam os trabalhadores ao serviço nas horas de calor mais intenso, a manusear contentores de metal "em brasa", a exposição a maior número de insectos, causado pelo cheiro muito intenso, e a um esforço físico muito violento ao estarem sujeitos a esta magnitude de calor», refere comunicado do STAL, divulgado em Julho de 2023.

O assédio laboral já se constitui como prática comum aplicada pelos executivo PS, liderado pela presidente Idaliana Trindade. É um executivo com cadastro: só em 2023, a autarquia de Nisa proibiu os seus trabalhadores de entrarem com contacto com o STAL/CGTP-IN (Janeiro); rejeitou, sem justificação, qualquer negociação com o sindicato (que representa muitos trabalhadores) e condicionou o direito de reunião em local de trabalho (Maio); alterou horários de trabalho sem falar com os trabalhadores (Julho) e substituiu grevistas (Agosto).

A autarquia, em vez de «procurar resolver os reais problemas dos trabalhadores», opta, ao invés, por uma estratégia de intimidação, não só dos muitos funcionários que aderiram à greve e se organizaram em piquete, como a todos os trabalhadores da Câmara Municipal de Nisa, vítimas de desmandos dos tiranetes locais.

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